sexta-feira, 7 de maio de 2010

Imprensa mineira quer ser mais realista do que o rei

Na ânsia de agradar ao governo Aécio-Anastasia, a imprensa mineira está dizendo que o candidato Serra sofreu agressões físicas dos educadores em greve. Mas, o próprio candidato Serra declarou inúmeras vezes que não sofreu nenhuma agressão e até demorou um tempo para perceber que o movimento se tratava de um protesto.

A nossa imprensa tem se revelado - claro que ressalvando exceções ilustres, por parte de jornalistas sérios, que mencionarei no próximo artigo -, uma imprensa sem caráter, vendida, bandida e mesquinha. Incapaz de praticar um jornalismo sério e independente. Não foi para ter esse tipo de imprensa covarde e mercenária que centenas de pessoas deram a vida, foram presas, torturadas para conquistar a democracia e um pouco mais de liberdade no Brasil e em Minas.

Essa imprensa canalha está rasgando as páginas de uma história que todos nós conquistamos a duras penas. Então, tem alguns comentaristas que se julgam acima de um poder divino. Não passam de pilantras, de imbecis, que zombam da inteligência alheia.

Mas, a questão central é: conseguiriam vocês, senhores comentaristas de rádio e TV (não estou me referindo àqueles jornalistas com caráter, que mencionarei em outra parte deste blog) sobreviver com um teto salarial de 900 reais a partir de maio e um salário líquido de R$ 800? Será que o governador atual e o anterior - o neto, que viveu a maior parte da sua vida surfando nas ondas de Ipanema - conseguiriam viver um dia sequer com este salário? E o desembargador que disse estar preocupado com as crianças? Me poupem né, gente!

Minas não merece esse tipo de gente governando, interpretando leis e dominando as comunicações. Por isso a nossa greve tem que continuar, firme, forte e vitoriosa!

Um comentário:

  1. O movimento de greve dos profissionais da educação do Estado de Minas Gerais é ligítimo e está forte. Porém, deve-se abandonar alguns vícios ou resquícios dos movimentos grevistas das décadas passadas. Muitos dos grevistas ao pronunciarem discussos e investindo sobre determinado candidato ou partido estão, sim, fazendo entender que o movimento é político-partidário. Agindo com certa afronta contra a polícia ou caindo na sua armadilha de promover confusão e mesmo impedindo autoridades de transitarem, os grevistas estão dando munição ao inimigo para atirar neles próprios. Devem ser mais espertos e inteligentes, resguardar posições ditas revolucionárias e anarquistas, conceitos e atitudes que a sociedade hoje como um todo, no geral, repudia. O movimento precisa da opinião pública a seu favor, tendo em vista que o Estado é mais forte. Então, qualquer atitude por demais exaltada, desordenada e agressiva, ainda que leves, só tem a prejudicar os profissionais da educação de Minas Gerais.

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