A foto acima é de uma grande manifestação dos educadores de São Paulo durante a greve que lá durou um mês. Encerrou justamente no dia em que a nossa teve início. Eu olhava para esta foto e pensava: que pena que em Minas a categoria está tão desmotivada, até para lutar. Qual o quê! Após 08 de abril, os colegas de SP é que devem olhar para Minas quase com o mesmo sentimento que eu tive. Mas, ainda haveremos de reunir todas as forças e parar o Brasil. (Euler)
Antes de transcrevermos o texto, quero dizer que a nossa greve teve a característica de revelar um número muito grande de lideranças, que tomaram iniciativas as mais diversas para reunir os colegas e pressionar o governo, a mídia e toda a comunidade. Igor foi uma dessas lideranças. Seu e-mail, que transcrevemos a seguir, corresponde à expectativa que uma parcela expressiva da categoria alimenta, de que a luta continuará e que a nossa greve foi um marco para alterar a qualidade dessa luta. Então, vamos ao e-mail do Igor:
"Houve conquistas isso é inegável
A NOSSA LUTA APENAS COMEÇOU. EM BREVE SERÃO NECESSÁRIOS NOVOS EMBATES, PARA QUE NOS PRÓXIMOS ANOS POSSAMOS RECUPERAR O QUE PERDEMOS EM 8 ANOS DE AÉCIO-ANASTAZIA.
Muitos podem falar que não ganhamos nada do que reinvidicamos, mas a luta não acabou. Mesmo que não saia nada nestes 20 dias que a comissão trabalhará (digamos que é certo que saia alguma coisa, só não sabemos se será pouco ou alguma coisa razoável), muita coisa foi conquistada:
1- Mostramos que a educação vai mal, bem mal e que não estamos satisfeitos, contrariando as propagandas governamentais dos últimos anos;
2- Mostramos a toda sociedade que o profissional da educação em MG não é valorizado, sendo a greve o assunto mais comentado nas notícias dos sites jornalísticos; divulgamos nosso salário-base, o que colocou a sociedade a nosso favor.
3- Mostramos a força de uma categoria que não se subjugou à prepotência do governo, à incoerência da justiça (uma vergonha!), as mentiras de uma mídia comprada; enfrentamos tudo que não se via há muito tempo com as ameaças do Governo.
4- Fizemos o governador e equipe recuarem por algumas vezes (NÃO NEGOCIAMOS COM GREVISTAS/DEMITIREMOS OS PROFESSORES EM GREVE/ OS PROFESSORES NÃO RECEBERÃO PAGAMENTOS);
5- Revelamos algumas mentiras proferidas pelo governo (OS PROFESSORES JÁ RECEBEM O PISO/ GRANDE PARTE DAS ESCOLAS NÃO ESTÃO EM GREVE/ NENHUM ESTADO DO BRASIL PAGA O VALOR DE R$ 1.312,00);
6- Mostramos que tanto a imprensa quanto a justiça estão a serviço do governo; enfrentamos a todos e fizemos alguns meios de comunicação, mesmo que de forma forçada, a cobrir o nosso movimento de forma correta.
7- Colocamos o medo no governador, que até fugiu de compromissos em que estaríamos presentes; sua agenda passou a não ser divulgada, e até no EXPOMINAS no debate com os presidenciáveis ele não compareceu.
8- fortalecemos nossa categoria, sabendo que agora nossos novos governantes nos tratarão com no mínimo, mais respeito.
9- Há oito anos não se tinha uma greve tão longa e sem corte de ponto, revertemos isso e o Governo para nos convencer recuou e o pagamento foi mantido. Os deputados da base do Governo tiveram que assumir seu compromisso com a categoria, foram as nossas assembleias e confrontaram o Governo que eles sempre apoiaram a nosso favor.
VAMOS FICAR VIGILANTES E ACOMPANHAR A COMISSÃO, BEM COMO O PROJETO DE LEI QUE DESSA COMISSÃO SERÁ ENVIADO PARA A ALMG E VOTADO ATÉ O COMEÇO DE JULHO
Igor Andrade"
Caro Colega,
ResponderExcluirEstou aqui aos pedaços esperando dá 00:00 horas.
Só para verificar o que terei de salário. Eles
descontaram o período de greve. Fico imaginando
como farei para pagar minhas contas... Já que a
tal folha suplementar será lá pra 20 ou 30/06.
Chego aqui para conversar um pouco com Euler e
com todos vocês e encontro palavras que me
fazem sentir especial. Pois lutei.E estou pronta
para os próximos confrontos.
Falarei aos meus credores: "Devo não nego.
Pagarei no futuro."
Abraços a todos.
É isso aí , nós vencemos , com todas as dificuldades , humilhações e ,agora, obstáculos financeiros , veremos o resultado da nossa luta.Espero q continuemos assim , para q no futuro possamos ter orgulho de ser professores.
ResponderExcluirCompanheiros, jamais podemos deixar que o desalento nos vença. Acompanhemos os trabalhos da comissão, (aliás, era uma boa o SIND-UTE também divulgá-los aqui), a votação dos deputados, e acima de tudo, a votação do orçamento para 2011. Também precisamos começar as negociações com o governador que for eleito, antes mesmo de ele tomar posse. Fica, pois a sugestão. João Paulo Ferreira de Assis, Professor da EE Deputado Patrús de Sousa, Carandaí, SRE de Barbacena.
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