segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Lei do subsídio e as questões pendentes: valerá a pena?


A partir do quinto dia útil de fevereiro os educadores de Minas Gerais começam a receber os salários pelo novo sistema de subsídio. Ao contrário da forma anterior, composta de vencimento básico e gratificações como quinquênios, biênios, pó-de-giz e outros penduricalhos, o subsídio incorporou todas essas gratificações.

Contudo, ao implantar tal sistema, o governo desconsiderou o tempo de serviço no posicionamneto dos servidores mais antigos na nova tabela, e com isso praticamente igualou os salários de todos os servidores. Um iniciante na carreira receberá o mesmo salário do que um servidor que tenha, por exempĺo, 10 anos de casa. E mesmo aqueles que têm 20 anos ou mais de serviço prestado receberão um salário não muito diferente do iniciante.

O histórico de descaso com o pessoal da Educação vem de longa data, de sucessivos governos. Na longa gestão do faraó, houve muitas perdas e criou-se tratamento diferenciado. Aqueles que ingressaram na carreira a partir de 2003, por exemplo, perderam direito aos quinquênios e biênios, que foram mantidos para os antigos servidores. Agora, com o subsídio, o governo alega que estes problemas serão corrigidos, trazendo maior equidade entre os servidores de uma mesma carreira.

Uma coisa, porém, é assegurar isonomia de tratamento para todos os servidores de uma mesma carreira. Outra coisa, bem diferente, é confiscar direitos adquiridos sem oferecer nada em troca. Ao incorporar os biênios e quinquênios ao subsídio, o governo deveria pelo menos ter posicionado os servidores com tempo de casa em grau correspondente a este tempo - o que não ocorreu. Além disso, o governo reduziu os percentuais de promoção (antes em 22%) para 10% apenas, e de progressão (antes em 3%) para 2,5% apenas. Tal medida vai contra a estrutura dos planos de carreira criado pelo próprio governo para todos os servidores de Minas Gerais. Por que apenas os educadores tiveram este tratamento diferenciado para pior?

É fato que o novo subsídio trará de imediato um reajuste de cerca de 41% sobre o antigo teto salarial, que passará, para os professores, por exemplo, dos atuais R$ 935,00 para R$ 1.320,00. Simbolicamente, o governo estabeleceu um novo valor nominalmente próximo do piso salarial reivindicado durante a greve dos educadores - a nossa maravilhosa revolta greve de 47 dias, ocorrida em 2010. Contudo, o valor do piso reivindicado pelos educadores era para o vencimento básico na carreira inicial, de ensino médio.

A questão do piso salarial do magistério tornou-se uma grande piada nacional, uma vez que, tal como ficou formulada a lei, qualquer interpretação pode ser dada pelos governos. Foi uma lei criada para enganar os educadores, pois estabeleceu um piso baixíssimo tendo como referência a maior jornada de trabalho praticada no país - 40 horas semanais. Uma verdadeira sacanagem o que fizeram os congressistas, com o respaldo do MEC e dos governos estaduais.

Ainda assim alguns governantes ingressaram com ação no STF pela inconstitucionalidade do piso (constitucional é o aumento de 60% nos salários dos congressistas e também o salário de R$ 26.000,00 mais penduricalhos para a cúpula dos poderes constituídos - judiciário, legislativo e executivo). Essa ação tramita vagarosamente naquela Casa judiciária, que deverá votar o mérito acerca do piso: se piso é vencimento básico, ou se é a soma de vencimento mais penduricalhos. Ainda que a primeira alternativa seja considerada a correta, ficará em aberto a questão do pagamento proporcional de acordo com a jornada de trabalho praticada em cada rede. No caso de Minas, cuja jornada para os professores é de 24 horas semanais para um cargo completo, o valor proporcional ficaria abaixo do piso aprovado, seja ele qual for - já que a lei do piso aprovada no Congresso e sancionada pelo ex- presidente faculta tal prática aos governantes estaduais e municipais.

Se o MEC e o governo Federal tivessem real interesse em aplicar o piso aprovado no Congresso teriam baixado portaria orientando os governantes a praticá-lo assegurando o repasse complementar, por parte da União, caso os entes da federação comprovassem a impossibilidade de pagar o piso. Mas, houve aí uma cumplicidade na conivência entre as esferas federal, estaduais e municipais. Infelizmente, até mesmo as entidades sindicais participaram deste pacto contra os educadores, uma vez que nada fizeram para realizar uma grande mobilização nacional dos educadores, cobrando a valorização dos educadores, mantendo e instigando a pulverização e consequente isolamento das lutas.

Agora, em Minas Gerais, com a nova lei do subsídio, os servidores da Educação terão 90 dias após o pagamento do primeiro salário - quinto dia útil de fevereiro - para decidir se ficarão com o plano antigo, de vencimento básico mais penduricalhos, ou se ficarão com o novo sistema. Para os antigos servidores, a mudança de sistema é pouco vantajosa, uma vez que o governo confiscou o tempo de serviço dos mesmos. Para os novatos (alguns nem tão novatos assim), que já não contam com biênios e quinquênios, o subsídio somente seria desvantajoso se a interpretação do STF obrigasse os governos a pagarem o piso como valor básico, sem penduricalhos.

Se o governo mineiro for inteligente, atenderá as demandas da categoria para atrair os servidores para o novo sistema do subsídio. Entre essas demandas, citamos aqui pelo menos três itens como essenciais, sem desfazer das demais reivindicações: a) o posicionamento dos servidores no Grau correspondente ao tempo de serviço prestado, b) o retorno dos antigos percentuais de promoção e progressão (respectivamente 22% e 3%) , e c) um terço de tempo extraclasse para a jornada de 24 horas para professores. Além disso, dado ao crescimento na arrecadação de impostos em Minas, seria oportuno ao novo governo conceder um reajuste nas novas tabelas do subsídio ainda em 2011.

Vamos aguardar o desenrolar das negociações entre o sindicato e o governo para traçar novas análises acerca do que fazer em relação ao subsídio. Por enquanto, ainda temos 90 dias para estudar nossas estratégias de ação e pressionar os governos estadual e federal a olharem com mais atenção a realidade dos educadores e da Educação pública em Minas e no Brasil. O tempo dos discursos e das promessas deve dar lugar agora à real materialização de políticas de valorização dos educadores, com salários decentes, formação continuada e condições adequadas de trabalho. É o que esperamos. E vamos cobrar.

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"mora:

Por mais que tenhamos clareza que o desgoverno mineiro pretendia (e conseguiu) dividir a categoria quando fez a ALMG aprovar a absurda Lei Complementar nº100, não dá mais para tapar os olhos diante das situações criadas com essa legislação. Além de precarizar ainda mais o ensino no Estado, proporcionando a ocupação de diversos cargos por "professores" sem o mínimo de qualificação acadêmica ou deslocados de suas áreas de formação, a referida lei impede a transferência do EFETIVO, garantindo a permanência eterna do efetivado em 2007. Em audiência pública realizada na ALMG em 17/12/10, a diretora do SINDUTE, Beatriz Cerqueira, cobrou das representantes da SEE a volta das Mudanças de Lotação. No entanto, percebe-se que isso não ocorreu e de acordo com a SRE Metropolitana A não ocorrerá futuramente. Ou seja, o cara que passou em concurso está sendo penalizado. Aliás,nesse sentido, a própria Resolução 1733 de 21/12/10 está sendo usurpada, pois os critérios de atribuição de aulas e turmas não estão sendo cumpridos.

Em tempo: o RS, um dos estados signatários da ADI 4167 contra o PISO, retirou rúbrica do processo em 21/01/11. www.stf.jus.br
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Comentário do Blog: Cara colega Mora, devemos ter o cuidado para não gneralizar nas nossas críticas. Não acredito que o governo tenha conseguido "dividir" a categoria ao criar a Lei 100 - cuja lei, aliás, conforme esclarecemos anteriormente, nasceu da necessidade de resolver um problema de caixa do governo junto à previdência. Os colegas da Lei 100, na sua maioria, participaram da nossa greve e lutam por direitos comuns. Além disso, os efetivados não têm direito às promoções e progressões na carreira, nem à jornada de 30 horas - quando for implantada - e estão sujeitos à demissão caso não haja vaga na escola em que trabalham. Enfim, o que ocorreu foi uma efetivação precária. Além disso, a maioria dos efetivados - pelo menos os que eu conheço - são habilitados e têm formação adequada, com comprovada competência. Claro que há exceções. E claro também que o ideal teria sido a realização de concursos periódicos - o que não aconteceu. O nosso blog apresentou recentemente uma solução a médio prazo para este problema e espero que o governo analise esta proposta: a realização de concursos para o preenchimento dos cargos vagos existentes mais um pequeno percentual das vagas da Lei 100, excetuando-se quem tenha três anos ou mais de serviço prestado ao estado à epoca da criação da Lei 100 (2007), habilitação adequada e compravada competência profissional. Assim, paulatinamente os efetivados conseguiriam regularizar sua situação, além de abrir novas vagas para outros profissionais que não tiveram a oportunidade de participar de concursos anteriores na rede estadual de Minas.

"Anônimo:

Caro Euler:

Amanhã temos uma reunião na escola, a sensação que tenho dessas mudanças, é que mais uma vez o governo divide a categoria, efetivos e efetivados, novatos e antigos na carreira.
Ele resolve um problema, que é a grande diferença salarial que existe na carreira antiga, e cria outro problema agora com essa nova carreira, que é não valorizar a dedicação de anos de professores que aguardavam uma correçao nos salários que foram congelados por anos.

Um abraço!
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Comentário do Blog: Caro colega Anônimo, temos que aprender a fazer do limão uma limonada (ainda mais neste calor, cairá muito bem,rsrs). Primeiro, não concordo que as diferentes realidades salariais e funcionais sejam fator determinante para dividir a categoria. Estas realidades já existiam anteriormente e fizemos uma maravilhosa greve de 47 dias reunindo efetivos antigos, com direito a quinquenios e biênios, efetivos novos, sem direito a essas gratificações, efetivados da lei 100 e contratados. Acho que podemos construir uma pauta comum que unifique a categoria ainda mais e consiga conquistar salários melhores, condições adequadas de trabalho, etc. A mini-pauta que temos apresentado aqui é uma das propostas para unificar a todos em torno de demandas como: reposicionamento pelo tempo de serviço, retorno de percentuais de promoção e progressão, um terço de tempo extraclasse, concurso público, etc. Devemos dialogar com os colegas em torno dos pontos que nos unem e entender o outro como um colega de classe e não como umadversário ou inimigo a serviço do governo. Somos todos vítimas, mas temos a força e a capacidade de provocar mudanças, quando unidos.

"Ivone:

Dividir a categoria??? Sinceramente, nunca senti ao longo de mais de 3 décadas, união da classe dos "SOfressores". Percebo grupos, tipo efetivos antes de 2003, efetivos pós 2003, efetivados pela lei 100, contratados, a turminha que faz "bico" como professor enquanto não aparece nada melhor....e por aí vai. Por isso quando deparei com esse blog, me empolguei. Pelos menos por aqui senti certa força e união.

Lembro ainda a vocês que:

1-Quem não recebe quinquênios e biênios, recebem parcelas remuneratórias, que os primeiros não recebem.

2-Os professores com 15 ou um pouco mais de serviço, tem chance de subir de letra... porém o percentual é tão pequeno que não fará grande diferença.

3- Não vou me prolongar mais ainda... Mais uma vez lamento chegar minha hora de aposentar, com mais de 3 décadas de serviços (e bons serviços por sinal) prestados, estando posicionada na letra "C".

ALERTA:Na citada lei ficou claro que se o professor tivesse recebido algum benefício extra em dezembro, não seria contado no posicionamento. O mesmo não deveria valer para os descontos extras? QUEM ESTAVA DE LICENÇA SAÚDE, TEVE DESCONTo DO "PÓ DE GIZ" EM DEZEMBRO....e no momento do posicionamento, isso não foi levado em conta. Considerou-se o salário com o desconto.

Enviei esse questionamento no link postado nesse site e ainda estou aguardando resposta. Pode ser que tenha mais algum colega nessa situação e que nem tenha percebido!!!!

Um bom retorno às atividades à todos colegas e que esse ano traga algo de bom.

Abraços a todos e OBRIGADA PROFESSOR EULER, POR ESSE ESPAÇO!!!!
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Comentário do Blog: combativa colega Ivone, espero que você aposente com um merecido salário, bem acima do atual. E vamos lutar para isso, juntamente com você. Concordo com o seu alerta a respeito dos descontos salariais em dezembro, que não deveriam ser considerados para efeito de posicionamento na nova tabela. Quanto ao espaço do blog, não precisa agradecer; aliás, sou eu quem agradeço a todos os que nos dão a honra de visitar este espaço e enriquecê-lo com os comentários e análises. Um abraço e força na luta!

"Anônimo:

CARO PROFESSOR EULER, PARA SER SINCERO E COM TODO RESPEITO, ESTA MARAVILHOSA GREVE QUE VOCÊ SE REFERE E EU PARTICIPEI NÃO GEROU BENEFICIOS NENHUM A CATEGORIA, PELO CONTRARIO, QUEM TEM MAIS TEMPO DE SERVIÇO FOI LESADO EM SEUS DIREITOS, E ISSO TUDO COM A CONIVÊNCIA DO SINDUTE QUE AGORA SE CALA, NEM MESMO A RETROATIVIDADE NO PAGAMENTO DO REPOSICIONAMENTO POR TEMPO DE SERVIÇO QUE SERIA PAGO EM JANEIRO O GOVERNADOR ESTA CUMPRINDO, E QUANDO VOCÊ VAI NA PAGINA DO SINDUTE NA INTERNET, O QUE VOCE VE ? NOTICIAS DO ANO PASSADO, O DESRESPEITO DO SINDUTE É TÃO GRANDE QUE SE NÃO FOSSE ATRAVES DO SEU BLOG, E QUE "IRONIA" DA PAGINA DA SEC. EDUCAÇAO NÓS NÃO IRIAMOS FICAR NEM SABENDO QUE OUVE DOIS ENCONTROS ENTRE O SINDUTE E A SECRETARIA, NÃO CONSIGO VER QUALQUER BENEFICIO CONQUISTADO PELO SINDUTE PRINCIPALMENTE PARA OS EFETIVOS, QUE NA SUA GRANDE MAIORIA TEM MAIS DE DEZ ANOS DE ESTADO, E OS QUE COM CERTEZA A GRANDE MAIORIA É FILIADO AO SINDICATO. FAÇA UMA PESQUISA NA SUA ESCOLA E VEJA QUANTOS EFETIVADOS QUE PAGAM O SINDICATO ? É RARIDADE ! E É PARA ELES QUE O SIND LUTA PARA OS ANTIGOS NADA, ESTOU DESCRENTE, DEPOIS DE VINTE E DOIS ANOS EFETIVO, CONTRIBUINDO COM O SINDUTE, VOU CANCELAR A MINHA CONTRIBUIÇAO.
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Comentário do Blog: Caro colega Anônimo, respeito sua opinião, mas não concordo com algumas análises. O que de ruim acontece com a categoria hoje não foi por conta da nossa maravilhosa greve de 47 dias. Pelo contrário. Sem aquele movimento talvez chegássemos ao final de 2010 humilhados e sem qualquer perspectiva de luta futura. Nem sempre conseguimos conquistar todos os direitos numa luta. Às vezes perdemos materialmente, até, mas ganhamos moralmente. E isso é fundamental para nós, enquanto trabalhadores assalariados e enquanto seres humanos. Além disso, foi graças à nossa greve que o antigo teto salarial dos professores subiu de R$ 935,00 para R$ 1.320,00 (41% de reajuste), já creditado no nosso contracheque de janeiro, tanto para efetivos, quanto para efetivados e contratados.

Como dissemos aqui anteriormente, muitos direitos dos educadores foram confiscados ao longo dos últimos governos, ante à incapacidade da categoria de se mobilizar e de se unir para lutar. Concordo com você que em vários momentos ao longo das últimas décadas a direção sindical foi omissa, agindo como se o sindicato só tivesse conseguido conquistas, sem qualquer autocrítica na condução do movimento.

Contudo, a nova direção, na pessoa da colega Beatriz e das colegas que atuaram na comissão de negociação da greve agiram com firmeza em defesa dos interesses da categoria. Podem ter tido avaliações diferentes das nossas, mas submeteram todas as questões às assembléias e foi a categoria quem decidiu pelo começo e pelo fim do movimento. Um final, que aliás, foi marcado por uma quase divisão, com o pátio da ALMG lotado, com cerca de 20 mil educadores. E cuja batalha se estendeu depois na ALMG em madrugadas de luta e pressão contra a base do governo.

A luta social é assim mesmo, caro colega. Não creio que afastar-se do sindicato resolverá o seu e o nosso problema. É o instrumento que temos para negociar organizadamente com o governo. Aliás, se o governo agora chama o sindicato para conversar logo no início do mandato significa que alguma coisa mudou na relação entre as partes. A greve teve aí a sua força moral.

Concordo com você sobre o site do Sind-UTE - e diversas vezes denunciamos aqui a morosidade na atualização e a priorização de temas que nem sempre correspondem às expectativas da categoria. Não concordo com essa babação de ovos do sindicato em relação à CNTE, entidade que considero um braço chapa branca do governo federal, e que representa um entrave para a organização nacional dos educadores.

Mas, isso faz parte da luta; suas críticas são importantes, quando colocadas para provocar mudanças no interior do sindicato, não para nos afastarmos e nos desunirmos. Afinal, como vamos negociar com o governo aquilo que nos foi confiscado?

Um abraço e força na luta!

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Anônimo:

Parabéns à colega Mara [Mora], concordo com você em gênero, número e grau... Euler é uma pena q vc não conhece a realidade do interior, dos rincões distantes da capital, é sofrível. Talvez seja por isso q quem está na luta há mais de vinte anos tem q ver uma desvalorização total, o tal reposicionamento é doloroso, muitos somente estão nas escolas fazendo bicos. "

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mora:

Caro Euler, talvez por você ser de uma cidade pequena da Grande BH, não tenha o conhecimento da realidade dos grandes municípios. Eu trabalho em uma das maiores escolas do Estado (situada na capital) e nessa instituição as aberrações prorporcionadas pela absurda Lei 100 são gritantes. Por exemplo, fonoaudióloga dando aulas de (pasme!!!!) Sociologia; "professora" de Matemática dando aulas de Física (aos montes). Além disso, na outra escola onde também sou EFETIVO (porta da frente), o cara que ministra aulas de Filosofia é formado em Contabilidade (putz.Parece brincadeira, né??? Quanto à greve, também não é verdade que os efetivados se engajaram na luta. Vários se colocaram contra a paralisação e outros tantos permaneceram nas escolas. Nunca é demais lembrar que, durante o período eleitoral, os contemplados com a citada legislação abraçaram a causa tucana e apareceram no programa da AZIA felizes e sorridentes. Por fim, fazer LOBBY de uma lei tão ridícula e inconstitucional não fica bem...
Portanto, volto a insistir que as mudanças de lotação estão suspensas em função dos efetivados que, aliás, ganharam companhia à altura: aqueles que possuem vínculo (!!!!!!????????!!!!!!). Não por acaso o concurso que deveria ter o seu edital publicado em Julho/10 não acontece nem por...decreto.

Em tempo: sugiro a leitura da carta enviada ao jornal OTEMPO, edição de hoje, pelo professor João Goulart. Inté.
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Comentário do Blog: Cara ou caro Mora, Vespasiano não é uma cidade tão pequena assim, tem mais de 100 mil habitantes e tem escolas estaduais com grande número de alunos, em três turnos, com todas as realidades descritas por você. A carência de professores de Matemática, Física, Química e Biologia é comum não apenas em Minas, mas em todo o Brasil, e se deve à desvalorização da carreira ao longo de muitas décadas. Não fiz qualquer lobby em favor de lei nenhuma, mas apenas apresentei sugestão para corrigir problemas criados por sucessivos governos. A questão é que eu não quero transformar nenhum colega de classe - seja efetivo, efetivado ou contratado - em culpado por problemas criados pelos governos. Quem faz o jogo do governo são aqueles que tentam dividir a categoria, tratando os colegas de trabalho como se fossem de segunda categoria. Não concordo de maneira nenhuma com isso. Quase todos nós já vivemos a situação de contratados, inclusive em épocas anteriores de maneira humilhante, quando tínhamos que correr por toda parte, no início de cada ano, sem saber se haveria ou não vaga. E se na sua escola os colegas da lei 100 furaram a greve, realidade diferente aconteceu na minha escola e em todas as demais de Vespasiano e São José, onde vários colegas efetivados não só aderiram à greve como participaram das assembléias, passeatas e outras mobilizações. Alguns efetivos sequer deram as caras. Por isso não dá para generalizar. E é bom ter como princípio que somos todos, independentemente da ocasional situação funcional, colegas de classe. Acho que temos que lutar sim, para que haja concursos periodicamente - e acho inclusive que os bons profissionais da Lei 100 querem isso, pois não tiveram oportunidade de prestar concurso para regularizar sua situação. Por isso, por mais que individualmente possa haver mágoa de um ou outro colega por não ter conseguido remoção - por mais justa que seja a sua indignação -, penso que não devemos transformar essa questão num ponto de discórdia e divisão da categoria. Pelo menos no interior de cada escola, os critérios para escolha de turmas são claros: primeiro os efetivos - e entre estes os com mais tempo de casa -, depois os efetivados, e finalmente, as vagas restantes vão para a designação (contratação), incluindo aí o vínculo, outra coisa que podemos não concordar, mas que obedece a critério de permanência do profissional no cargo - que teoricamente demonstrou competência no exercício da função -, até que este cargo vago seja preenchido, por remoção ou por concurso público. Mesmo não conhecendo a realidade de 800 e poucos minicípios mineiros, todos nós podemos opinar sobre problemas que são comuns para que encontremos as melhores propostas, sem dividir a categoria.

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Marcos:

Caro Euler,

Pelo visto ninguém se atreveu-se a responder a pergunta que deixei e que você enfatizou: "Qual a verdadeira face das entidades que dizem nos representar?".

A Lei do subsídio na minha opinião é tudo o que o governo quer para diminuir ainda mais o peso da educação na folha de pagamentos do estado. Eu não espero nada de bondade nas ações de governos tucanos. Eles são representantes do capital e nada melhor para o capital, um estado mínimo pagando para empresários e banqueiros realizarem serviços que o estado poderia realizar, mas dar lucros para os capitalistas.

Com relação ao Sind-UTE, não tenho grandes esperanças, como disse a Dep. Cidinha Campos, neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=q21rM03_R18

A corrupção está no DNA das pessoas, alguém já parou para questionar como é aplicado o dinheiro das contribuições do Sind-UTE? Eu fui coordenador de uma subsede e criei um site para esta subsede, no qual eu divulgava mensalmente a prestação de contas e por isso fui alvo de investidas por parte da direção estadual da época. Quando saí da subsede fecharam o site.

Nós não reclamamos tanta transparência, mas cobre de nós ...

Não vou aderir ao subsídio e acho que todos deveriam estar muitos atentos a essa investida do governo. Pois, passados os 90 dias não tem como voltar atrás.
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Margareth:

Euler,

Como vai? Sou sua discípula desde a "maravilhosa greve de 47 dias" e gostaria de sua sábia opinião. Hoje recebi a notificação da minha avaliação de desempenho e percebi que perdi ponto em relação a avaliação anterior. Uma colega que pertence a comissão disse ser devido a greve. Greve tira ponto??? Como você acha que devo proceder.Espero sua opinião.

Um abraço

Margareth
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Comentário do Blog: Olá, colega Margareth, participar de greve não pode tirar pontos na avaliação de desempenho, de maneira alguma. Posso falar por experiência própria que, em 2009 fizeram minha avaliação com pontuação muito baixa. Entrei com recurso (pedido de reconsideração), conforme comentei aqui em outro post, e a comissão, ao analisar meu recurso atribuiu outra pontuação, desta feita mais próxima daquilo que julgava merecedor (ainda que aquém do que reivindiquei). O dado concreto é que acima de 70 pontos, para fins de progressão na carreira, não faz qualquer diferença. Mas, você tem direito de saber por qual motivo teve a pontuação reduzida. E essa explicação tem que ser fundamentada em dados objetivos, não bastando a vontade (subjetiva) dos membros da Comissão de Avaliação de desempenho. Na escola em que trabalho este ano fiz parte da comissão e fizemos questão de discutir com um por um dos colegas, que tomaram conhecimento de suas notas e puderam opinar, questionar e sugerir alteração no ato mesmo da avaliação, sem burocracia, de forma transparente, como deve ser. O resultado é que não houve qualquer reclamação quanto à forma de encaminhamento da avaliação, que foi realizada conforme as melhores práticas republicanas. Sugiro a você que procure os membros da Comissão de Avaliação e peça para ter acesso à sua pasta (é direito seu), podendo ingressar na sua escola com recurso até 10 dias após a notificação. Um abraço e boa sorte.

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Anônimo:

Euler tudo bem ? concordo com a Mora, e com o Marcos, é exatamente por causa dos efetivados desta pilantragem desta lei 100 que os efetivos estão perdendo direitos , e concordo tambem com o anonimo que disse que quem contribui com o sindute são os que menos são beneficiados por eles, se houvesse uma desfiliaçao em massa dos efetivos duvido que o sindute sobreviva com os efetivados, que alias aqui no sul do estado deram as costas a esta maravilhosa greve que você se refere. "

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Anônimo:


Olá Euler:

Adoooro os comentários postados no seu blog, é quase um desabafo de muitos de nós diante de várias situações, o comentário que a Mora disse, é o que também estou sentindo, a proteção do estado e até do sindute com determinadas situações, e o silêncio do sindute, a não transparência de informações nesse período de ansiedade e de mudanças.

Parece que exigir ou querer o concurso você está contra alguns colegas que preferem ficar como estão. Sou sindicalizada e querendo também me desfiliar, porque acho um descaso a falta de informações para com os professores.

Na minha escola poucos efetivados aderiram a greve, posso dizer que foi apenas uma professora, os demais foram contra, teve um efetivado, que um dia na greve marcamos uma reunião para discutirmos se continuaríamos ou não como movimento, ele foi capaz de chamar a POLÌCIA para nós. O mesmo tem dois cargos da Lei 100 e não é habilitado, é engenheiro.

Mas ainda acredito na união dos verdadeiros profissionais da educação.

Um abraço!
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Comentário do Blog: Eis abaixo algumas atividades e mobilizações do Sind-UTE-MG divulgadas no site do sindicato.

- Sind-UTE-MG realiza Conferência Estadual da Educação (clique aqui para ver o cartaz).

- Ouça aqui
a entrevista que a coordenadora-geral do Sind-UTE Beatriz Cerqueira concedeu ao jornalista Eduardo Costa da Rádio Itatiaia.


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Clayton:

Caros Colegas,

Que bom que estamos discutindo, sinal que estamos vivos e preocupados com a nossa realidade. Antes, nem isso fazíamos.!!!

Vejo com muita importância esse espaço para discussões e debates, mas o resultado de tais questionamentos sempre são os mesmos: ou seja, procuramos culpados entre nossa categoria - efetivo, efetivado, designado e o próprio sindicado; tudo o que o governo quer.

Todos nós temos consciência de que os resultados dessa greve não atendeu de forma equânime à toda categoria, mas se considerarmos que 60% dos servidores em educação recebia até 935,00 reais (segundo “Perfil dos Servidores da Educação” abril 2010) e agora estamos recebendo 1320,00 não dá para dizer que não houve conquistas. Estamos longe do ideal mas, acredito que começamos a caminhar, sobretudo quando se fala em visibilidade perante à Secretaria de Educação. O nosso sindicato é hoje muito mais respeitado quando comparamos com as gestões passadas e isso não podemos negar. Não estou dizendo que é o ideal.

Outra questão que me preocupa é quanto à reação de alguns filiados que não viram êxito na greve e na própria atuação do sindicato, e que logo em seguida tomam a iniciativa de se desfilar. Gostaria de perguntar: O que isso irá resultar em melhorias para você e a categoria como um todo a não ser uma economia mensal no seu contracheque de 8,16 reais???? Relação entre filiado e sindicato não se resume a uma transação estritamente econômica (estou pagando, portanto quero resultados), ela é muito mais que isso.

Precisamos participar mais das reuniões e das decisões tomadas pela categoria, para que os resultados contemplem o maior número de trabalhadores.

Sou efetivo, filiado ao sindicato e tenho 5 anos de estado. (Já sei a resposta: você é novo e tem muito que aprender. Espere quando tiver 20 ou mais anos de profissão).

Tenho um documento produzido pela própria secretaria de educação e o sindicado sobre aquele estudo feito após a greve. O “Perfil dos Servidores em Educação”, abril de 2010. Caso alguém tenha interesse, é só me enviar o e-mail: CLAYTON_LCOELHO@YAHOO.COM.BR

Att.
Clayton.
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polivanda@gmail.com:


OIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

MEU AMIGO,

CADA VEZ MAIS SINTO-ME CONVICTA DE QUE POSTAR SEUS POSTS EM MEU BLOG É UMA HONRA!!!!!
TUDO QUE TENHO LIDO DE COMENTÁRIOS SOBRE OS EDUCADORES DA LEI 100 ME DEIXA TRISTE POIS NÃO SE PODE GENERALIZAR DIZENDO QUE SOMOS PROFISSIONAIS SEM QUALIDADE E QUE NÃO APOIARAM A GREVE, ASSIM COMO TAMBÉM NÃO É CORRETO AFIRMAR QUE OS CONCURSADOS (OS QUE ENTRARAM NO ESTADO PELA "PORTA DA FRENTE") SEJAM EXCELENTES PROFISSIONAIS E/OU QUE TENHAM DADO APOIO TOTAL ÀS ÚLTIMAS GREVES. ATÉ MESMO AQUELES QUE JÁ FORAM GREVISTAS E ESTIVERAM NAS ÚLTIMAS GREVES "TERESA BATISTA CANSADA DE GUERRA" MERECEM O NOSSO RESPEITO PELO QUE JÁ CONQUISTARAM POR NÓS TODOS, COMO PROFISSIONAIS E COMO CIDADÃOS. E O EULER COM EQUILÍBRIO, CARINHO E BOM SENSO DEU RESPOSTAS INTELIGENTES E IMPARCIAIS, tais como eu gostaria de ter respondido.

EU SOU DA "LEI 100", TRABALHEI NA GREVE, FUI A B.H., DISPONIBILIZEI MEU BLOG PARA MULTIPLICAR AS IDEIAS EM RELAÇÃO À GREVE E ,ATÉ HOJE, EM RELAÇÃO AOS NOSSOS DIREITOS; TENHO muitos AMIGOS DA "LEI 100" que trabalharam na greve e que são excelentes profissionais ( e me incluo entre eles)!!!

PARABÉNS EULER E OBRIGADA POR VOCÊ EXISTIR, QUE DEUS LHE ABENÇÕE MUIIIIITO!

E PESSOAL, VAMOS TER CAUTELA E UNIÃO!
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Comentário do Blog: Um forte abraço à nossa combativa amiga Vanda, que teve de fato destacada atuação na greve, ao lado de tantos outros colegas de São João del-Rei. A rede estadual de Minas - e acredito que seja comum a todas as redes de outros estados e dos municípios - tem problemas acumulados de longa data, mas felizmente conta com ótimos profissionais, tanto os efetivos, quanto os efetivados e contratados. Devemos de fato ter uma visão voltada para a união da categoria, sem fracioná-la, sem desconhecer as realidades que foram criadas por governos e não pelos colegas trabalhadores. Como disse o colega Clayton em seu comentário acima, não podemos cair no jogo dos governos que querem justamente que nos tornemos inimigos, uns contra os outros, pois assim fica fácil nos dominar. Não conseguirão! Um abraço a todos.

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Anônimo:

enquanto o professor ñ se conscientizar que é um profissional de valor e merece respeito. Enquanto nossos sindicatos ñ se unirem e fazer uma paralisação nacional, só nos resta reclamações. É preciso haver uma cobrança pra que os sindicatos que nos representam sejam mais ativos. O que observo, é que a maioria dos sindicatos viraram cabines eleitorais e esqueceram sua função que é lutar afavor de quem os mantém. Enquanto mantiverem essa guerrinha isolada ñ chegaremos a lugar algum.Eles nos representam, e é deles que devemos cobrar ações.

o nosso governador faz o quer não foi o sindute quem conseguiu nada em relaçao ao subizidio não isto foi uma jogada do governador para tapiar o sindute e os professores, para ele fica mais barato pagar esta merreca do que manter a politica dos penduricalhos, so o sindute não ve isto, e isto que foi dito em relaçao aos filiados é a mais pura verdade quem mantem o sindicato é o efetivo e não o efetivado, o sindute não tem o menor respeito pelos professores mais velhos, assiste a tudo e não resolve nada, estou me sentindo humilhado pelo governo e pelo sindicato .
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Anônimo:


Olá professores:

O sindute parece que vai marcar assembleias no dia 24 de fevereiro, dia de paralisação também, acho muito importante a participação nessas assembeias, para discutirmos sobre as nossas situações.

Outra coisa que não podemos esquecer é que a cobrança não deve ser feita apenas em nível estadual, mas também em nível federal, essa situação do sindute culpar apenas os tucanos pelo descompromisso com a educação não está certo, tem que cobrar dos políticos que dizem que nos representam, por exemplo, Gilmar Machado (dep federal), o que o PT tem que ter propostas para nos auxiliar, já que é o 3° mandato do mesmo na esfera federal. Culpar apenas o Anastasia e o PSDB não adianta.
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Anônimo:

oi EULER tudo bem ? tambem estou chateada com o sindute! eles deveriam pelo menos nos orientar em relaçao ao subisidio, sobre para quem é mais vantagem, ou não, quais decisões deveremos tomar, aceitar, ou não , quais providências o sindicato vai tomar principalmente para quem ja tem um tempo de serviço. estamos sabendo das coisas atraves da pagina da propria educaçao é mole, e outra coisa tambem, não vejo nada que o sindicato tenha feito para os efetivos, pois tenho vinte anos de estado filiada ao sindicato e estou como se estivece entrado ontem, e com a conivência do sindute, por onde anda a BEATRIZ CERQUEIRA ?
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Comentário do Blog: Cara Anônima, o sindicato marcou várias atividades para os próximos dias, entre as quais uma conferência estadual e uma assembléia geral. Cabe agora à categoria participar e formular uma pauta comum que atenda a todos os segmentos da categoria- e não apenas aos efetivos mais antigos, já que existem outras realidades que não podem ser desconhecidas e desprezadas.

É preciso abondanar esta visão de que os efetivos mais antigos que são filiados ao sindicato estão abandonados. A categoria é uma só, novos e antigos e estamos todos no mesmo barco. Nosso discurso deve buscar superar essa tendência de alguns a opor efetivos antigos contra efetivos novos, ou efetivos contra efetivados, ou contra designados, etc. SOMOS UMA MESMA CATEGORIA DE TRABALHADORES/EDUCADORES EXPLORADOS POR GOVERNOS DAS DIVERSAS ESFERAS DA UNIÃO. Nossa luta é comum, camaradas! Não entre nós, mas contra os que nos exploram!!!

Quanto à questão do subsídio, o sindicato divulgou em seu site um estudo sobre o mesmo, mas não pode o sindicato decidir pelo servidor. Uma coisa já está clara: para o efetivo com muito tempo de carreira a lei do subsídio não acrescentou praticamente nada e confiscou as gratificações; já para quem tem menos de 10 anos de estado (que é a maioria da categoria hoje), houve reajuste salarial de até 41% e as gratificações como quinquênio e biênio já haviam sido confiscadas em 2003.

Como existe um prazo para opção de 90 dias após o quinto dia útil de fevereiro, temos tempo para estudar as melhores alternativas, inclusive cobrar do governo a reposição daquilo que foi confiscado dos mais antigos. Havendo dúvida, para os mais antigos, o melhor mesmo é continuar no plano antigo (posição do Blog do Euler), pois a qualquer tempo poderá o servidor optar pela lei do subsídio. Um abraço e força na luta
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Anônimo:


EULER, sabe o que vai acontecer depois dos 90 dias que é o prazo dado aos servidores mais antigos para optarem ou não pelo subisidio ? se a maioria dos efetivos não aceitar o novo método o que acho muito provavel, pelo menos aqui em itajuba a maioria não vai aceitar esta nova forma, vai ser a hora do governador mostrar a que veio, os efetivados que acham que estão fazendo vantagem com 45% de aumento nos salarios teram uma grande surpresa, pois o governador so esta esperando esta decisão para publicar o edital do concurso, e ai, matade dos lei 100 vai pra rua ! podem ter certeza disso que estou falando, o governador ja começou a demitir os lei 100 aqui em itajuba, e o ministerio publico vai pressionar o governo por concurso, ele so esta vendo se cola o subizidio com os efetivos, mais não vai colar. "

Comentário do Blog: Caro Anônimo, volto a insistir que deixemos de lado este discurso anti-efetivados, como se fossem eles - e não os governos - os culpados por não ter havido concursos e por tantas outras mazelas na Educação. Aliás, o subsídio não beneficiou os antigos servidores efetivados, que não têm direito a promoções, progressões, jornada de 30 horas, etc e com isso não podem, até o moemento, progredir na carreira. Deixemos, portanto, de transformar os bravos colegas efetivados em responsáveis por aquilo que eles não fizeram, pois são tão vítimas quanto a todos os demais colegas.

Além disso, os efetivos (concursados) com menos de 10 anos de casa também tiveram reajuste maior com o subsídio (cerca de 41%) e é muito provável que não queiram retornar ao sistema antigo, no qual sofreram confiscos anteriormente de quinquenios, biênios, etc. Não há qualquer relação entre a opção ou não pelo subsídio e a não realização do concurso. O que temos que fazer é lutar para que o novo plano atenda às justas demandas de todos os segmentos das carreiras da Educação.

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S.O.S. Educação Pública:

Caro Amigo

Vejo que a desunião e a relação com sindicato , além dos baixos salários é um problema comum da categoria em Minas e no Rio.

Esse ano mal começou e a categoria esta partida, o dividir para conquistar continua a funcionar de vento em popa para nossa desgraça.

Até o momento não temos nada de concreto, só promessas e “marketing ninja” (cortina de fumaça) para engabelar os incautos e dividir a categoria.

Será que um dia teremos a alegria de ver que a categoria compreendeu que somos nós que fazemos o Sindicato? Será que um dia, perceberão que sem participação efetiva não há perspectivas de mudança e que cada categoria tem o sindicato que constrói? Que sem participação, o sindicato se torna um lócus para aventureiros e um aliado do sistema?

Estou pensando seriamente, na possibilidade de ser metalúrgica ou bancária na próxima reencarnação, pois repetir o carma de ser professora nem pensar, em função da desunião da categoria.

Acabei de colocar um post no meu blog sobre a importância e o papel do sindicato, pois o SEPE, aqui, foi à luta, fez seu dever de casa, mas a vitória está nas mãos da categoria.

Força, Coragem e Disposição para a batalha de 2011, dentro e fora da sala de aula! Esse ano promete!

Grande abraço

Graça Aguiar
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Comentário do Blog: Pois é, brava amiga e colega de luta Graça Aguiar, é impressionante como a nossa categoria tem dificuldade para se unir. Passamos por um longo processo de desvalorização e empobrecimento material, e por que não dizer, espiritual também. É uma categoria com muitas realidades, criadas pelos governos para nos desunir, e que infelizmente tem funcionado, inclusive com a ajuda de entidades como a CNTE, incapaz de convocar os educadores para uma grande mobilização nacional pela valorização da Educação Pública. Aqui em Minas, após uma década de quase paralisia, fizemos a maravilhosa greve de 47 dias que balançou o estado e o governo de Minas. Não tivemos força, naquele momento, para ir além. Imagine o que poderíamos fazer nacionalmente - nós, que somos 3 milhões de educadores (2 milhões só de professores) - poderíamos parar este país e obrigar a presidente, o Congresso, o STF, os governadores estaduais e os prefeitos a nos respeitarem. Mas, não. Mal começa o ano e o ataque se volta contra segmentos da categoria, que não têm qualquer culpa pelas realidades criadas nos estados pelos governos. É realmente difícil, mas como você disse, é preciso força, coragem, disposição, diria ainda, espírito despojado para construir uma união na luta por interesses comuns da categoria e da Educação pública de qualidade. Um forte abraço a você e a seus colegas do Rio de Janeiro.

P.S. Obrigado pelo belíssimo material sobre a África que me indicou por e-mail.

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Anônimo:

professor EULER , é impossivel não concordar com esse pessoal que tem anos dedicado a educaçao em minas e que é filiado ao sindute que ouve uma conivência do mesmo nesta questão do confisco de tempo dos professores, pois o sindute tem um departamento juridico que sabia que nos que temos quinze ,vinte ,vinte cinco anos, ou mais, seriamos roubados, esta é a palavra, em nossos direitos, no intanto aceitou esta nefasta lei e ainda achando que esta fazendo algum favor a nós, nunca precisei do sindicato para nada, faz vinte anos que contribuo com o mesmo, trabalho em uma escola que tem mais efetivado que efetivo e comentei isso som um deles, sabe o que ele me disse. "quem contribui com sindicato é otario" e é assim que estou me sentindo um verdadeiro otario que esta ganhado o mesmo salario que o meu amigo efetivado com três anos de tarbalho,sou mesmo um otario do sindute.
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Comentário do Blog: Caro colega Anônimo, vamos por parte: 1) o sindicato não tem responsabilidade pela aprovação da lei do subsídio e pelos confiscos feitos pelo governo. Nossa luta, de toda a categoria, durante a greve, foi pelo piso de R$ 1.312,00 como vencimento básico, sem o confisco de quaisquer direitos. Ocorre que o governo fez, de forma unilateral, as mudanças que conhecemos. Mas, os antigos servidores da Educação poderão permancer com o plano antigo, sem quaisquer perdas de direitos. Quem acompanhou o processo de luta contra a aprovação pelo legislativo mineiro da nova lei sabe muito bem que ocorreu uma decisão unilateral do governo. O que o sindicato pode fazer naquela altura foi tentar melhorar o que estava para ser votado pela folgada maioria do governo - como, por exemplo, antecipar o pagamento do subsídio de março para janeiro de 2011.

2) Não leve a sério opinião de pessoas atrasadas e despolitizadas e alienadas, como o cara que disse que você é otário por ser filiado ao sindicato; pergunte para ele se ele vai devolver a diferença entre os R$ 935,00 que ele recebia em 2010 e os atuais R$ 1.320,00, que foram resultado, sim, da nossa luta, sem qual não teria havido qualquer mudança. Não tome opiniões infelizes e alienantes como exemplo ou como referência para qualquer coisa. Mire-se no exemplo de quem luta e quem participa, não importa que sejam efetivos, efetivados, ou contratados. Mire-se no exemplo dos servidores que lutam e que não se acomodaram, nem se prostraram covaredemente perante os desafios colocados.

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Anônimo:


Respeito a opnião de todos, mas há quem se posicione em relação aos efetivados pela lei 100 de maneira agressiva e desrespeitosa. Vale relembrar que a maioria dos professores que participaram das manifestações durante a greve fazem parte desse grupo de efetivados. Muitos do professores, antigos, foram beneficiados graças a eles que lutaram enquanto muitos estavam em casa arrumando armário. Se procurarem se informar sobre a nova remuneração dos lei 100, terão conhecimento de vários e vários que nem se quer irão receber o novo valor de 1.320 e sim um valor de 1.180, pois na época da efetivação ainda eram estudantes e hoje em dia, mesmo sendo habilitados (e me refiro a licenciados e não dentistas, engenheiros ou veterinarios) estão posicionados no que se refere a licenciatura curta. Tem muita gente, vítima da lei 100 (pois não puderam escolher ser ou não parte dela) muito copetente e que com certeza passaria em um concurso, caso o governo abrisse.

Abraços
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Comentário do Blog: Muito bem colocadas suas palavras, caro Anônimo. Já é hora de pararmos com esse ataque aos colegas efetivados, ou contratados, ou efetivos mais novos, ou antigos, ou o que seja. Somos todos da mesma categoria e devemos estabelecer uma pauta comum que nos una e nos fortaleça perante os governos. Um abraço a todos e força na luta!

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Luciano História:

Em 2003 o governo criou uma lei que prejudicou os novatos e garantiu o direito dos mais antigos, vendo que muitos não se interessavam mais para a educação ele criou uma lei que beneficia profissionais com até 10 anos de Estado para evitar que muitos abandonassem a profissão e o governo sabe também que um profissional com mais de 20 anos não vai sair antes da aposentadoria; o governo também ampliou a extensão de carga horária, hoje é possível você ter 36 aulas (18 do cargo mais 18 de extensão) em apenas um cargo, com isso ele corta a necessidade de contratar novos professores que ele não está encontrando e prende mais os que já estão trabalhando. Pra mim que passou no Estado em 2005 e achava injusto estar em uma carreira onde uns tinham vantagens e outros não, a lei do subsídio melhorou, pelo menos meu salário; acho que o grande erro foi posicionar praticamente todo mundo na mesma letra. Quanto a participação na greve, aqui em Janaúba, quem menos aderiu, sendo efetiva, efetivada ou contratada, desculpe o machismo, foram algumas professoras ou que eram "bem casadas" ou eram casadas com zé Pênis que controlam o cartão da esposa e não aceitavam que o salário não entrasse no inicio do mês.
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Comentário do Blog: De fato, amigo Luciano, o governo joga com essas variáveis que você mencionou ao formular suas políticas. Ele precisava dar uma melhorada no salário inicial atendendo pelo menos a uma grande fatia dos servidores no início de carreira. Imagino que o governo trabalhe com a possibilidade de uma grande parcela da categoria não aderir ao subsídio num primeiro momento. E sabe que mais adiante terá que renegociar o que foi confiscado dos mais antigos no novo plano se quiser atrai-los para a lei do subsidio. E A situação de pauperização dos professores é tão grande que o salário inicial de R$ 1.320,00 para uma jornada de 24 horas, é considerado um salário razoável em comparação com os salários praticados em outras redes - estaduais e municipais.

Quanto ao exemplo de Janaúba, em Vespá e região ocorreu diferente: as mulheres foram as maiores lutadoras, em número quatro ou cinco vezes maior do que os homens. Mas, a diferença de gênero, tanto quanto a da situação funcional, não deve ser obstáculo para nossa união e luta. Um abraço a todos e todas as/os colegas de Janaúba.

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Luciano História:

Não vejo relação alguma entre lei do subsídio e os efetivados, essa lei no meu ponto de vista foi para tentar atrair novatos mas principalmente, impedir que professores com menos de 10 anos abandonem o cargo. "

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Luciano História :

Antes que a mulherada me crucifique devo destacar também a luta de várias guerreiras que durante a greve pegaram ônibus e enfrentaram 560 km para protestar na capital. "

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Marcos:

Não acho que essa discussão sobre efetivos, efetivados e contratados seja importante para nós da categoria. Pertencemos todos a mesma classe e, portatno, temos os mesmos problemas. O Caso dos efetivados pela lei 100, ocorreu por que havia muitos contratados com tempo e idade para aposentar, mas pela constituição contratado não poderia aposentar pelo IPSEMG. O INSS aceitaria aposentá-los, mas o estado teria de repassar as contribuições destes. Então criou-se a lei 100 e resolveu a questão daqueles que estavam para aposentar e também o caixa do estado. Apoio totalmente esta lei pois conheço muitas pessoas que estavam trabalhando doente e acima da idade por não poder aposentar.

É bom lembrar que a constiuição de 1988, também permitiu a efetivação de muitos trabalhadores sem concurso e muito destes hoje reclamam do efetivado pela lei 100. Vou contar um exemplo, numa escola que trabalhei o diretor foi efetivado pela constituiçãi de 1988 com uma aula de Ed. Artística. Ficou um mandato e meio como diretor e pediu exoneração do cargo para se candidatar a prefeito, como não ganhou a eleição e já havia acabado o apostilamento no estado, com a ajuda de um deputado DR. V. ele conceguiu apostilar e hoje trabalha com uma aula e recebe como diretor. Portanto colegas, temos de combater isso, não pessoas como nós que estamos no mesmo patamar e temos os mesmos problemas. Não podemos entrar naquela de: "Em tempo de farinha pouca, meu pilão primeiro".

Agora, precisamos sim, exigir dos governos e também da direção do SIND-UTE mais transparência. Isso não é querer diovidir a classe em favor do governo. O SIND-UTE, é uma ciaxa preta. No final do ano eles divulgam um balancete anula totalmente resumido e não temos como analisá-lo. E preciso transparência sim, como contribuinte temos este direito. Eu disse num comentário, e eu gostaria de saber para que serve aquele "contate-nos" do site do sindicato, pois, nunca recebi uma resposta de vários emails que enviei.

Por uma classe mais unida, um sindicato forte e transparente!
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Comentário do Blog: Muito ponderadas e consistentes as considerações e cobranças feitas pelo colega Marcos.

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Ivone:

Olá Colega Euler e colegas professores.

Não quero falar sobre efetivos, efetivados, ou em divisão da classe. Muito menos fazer qualquer julgamento ao SIND-UTE.
Como já postei anteriormente, tive meu salário reduzido, em função de não ter escolhido época certa para ficar doente. Com o subsídio meu salário acabou diminuindo consideralvemente, uma vez que no dia 21 de dezembro, dia em que fizeram "as contas" para posicionamneto eu não estar recebendo o "pó de giz". Buscando solução para a defazagem no já tão pequeno salário, fui aconselhada a entrar com ação na justiça. Pois não tenho direito a revisão do posicionamento.

1- Sofressor afinal, não tem direito de ficar doente, ou deve escolher a data para tal...

2- Acredito que no Estado bom número de professores tenham tb tido sido prejudicados em razão de licenças saúde.

3- A resposta que recebi ´me aconselhou a voltar à antiga carreira e que possivelmente em 2012, tenha chance de voltar ao subsídio. O problema é que estou entrando com pedido de aposentadoria uma vez que tenho mais de 30 anos de serviço, e não tenho condições em termos de saúde para esperar definições e muito menos possibilidade de entrar sozinha com ação judicial.

4- Fica aqui meu desabafo e MEU PEDIDO AO SINDIUTE, para que numa possível reunião, discuta essa situação mais que injusta. (Eles possuem advogados próprios que podem entrar com ação conjunta.) Receber salário menor na nova lei, devido a ter ficado doente na época errada.

5- SE tiverem conhecimento de mais casos como o meu, peço que notifiquem aqui.

6- SE grande parte tiveram bons aumentos, ótimo. Mas, professores que passaram décadas na Educação Pública, não podem ser também tratados como "cavalos velhos" sem serventia, que devem ir para abate!!!!

Obrigada pelo espaço, para pelo menos fazer meu desabafo.

União e paz colegas. Enquanto não houver essa união de classe, jamais chegaremos a lugar algum. Mesmo depois de aposentada, mesmo com prejuízo pretendo continuar na luta, em prol da classe. E só esse união pode de fato conseguir alguma melhoria real e acabar comas injustiças.

Abraços a todos!!!
Ivone.
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Comentário do Blog: Cara colega Ivone, acho um absurdo o que fizeram no seu caso e em outros semelhantes; acho também que o Sind-UTE tem a obrigação moral de tomar providências urgentes para corrigir esta injustiça praticada pelo governo, seja exigindo o posicionamento correto para o seu cargo, ou ajuizando ação que seguramente será vitoriosa, se houver algum resto de justiça no TJMG. É óbvio que o governo não poderia considerar apenas uma data específica para fazer o posicionamento, mas deveria ter considerado todo o serviço que você já prestou ao estado (e à comunidade), e não apenas um mês em que você estava de licença médica. E aqui em Minas, antes do subsídio - que é vencimento único -, professor sofria mais este problema: quem ficava (fica) doente era (é) punido com o corte do pó-de-giz, uma gratificação que representava - no antigo plano - 20% sobre o vencimento básico. Um verdadeiro absurdo, pois é justamente quando o profissional mais precisa de recursos para compra de remédios e gastos outros. Então, colega Ivone, que o departamento Jurídico do sindicato esteja atento e seja ágil e eficiente na defesa da categoria e não permita que absurdos como este fiquem sem respaldo. É o que esperamos!

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Anônimo:


Olá Euler:

Sei que a categoria está muito ansiosa com as atuais mudanças, muitos sentindo injustiçados, divididos, mas muitos dos comentários aqui postados nos deixam mais fortes, mais confiantes. Li um comentário em um blog, não sei se as afirmações são verdadeiras. Gostaria que comentassem a esse respeito. Um abraço a todos!

"a nova secretaria de educação abriu as portas para o sindutemg, demonstrando um dialogo aberto , dia 15 de fevereiro tera uma reuniao novamnete para rever as perdas com o subsidio e tambem para rever a situação dos efetivados ao que me parece como ja postaram aqui o STF julgou procedente a inconstucionalidade a lei 100 pelo ministerio publico de viçosa,exigindo o concurso publico como manda a lei,entao por enquanto não se pensa na greve, mas a greve aqui em nossa cidade é uma vergonha sao poucos professores que tem coragem de parar o resto se esconde com desculpas mas indigestas,teve cidades proximas pararam a adesão chegou a 100% dos fuincionarios da educação."
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Anônimo:


EULER , QUAL O VALOR DO PISO NACIONAL EM 2011 ? E NÃO DEVERIA SER AGORA EM JANEIRO A CORREÇAO ? "

Comentário do Blog: Caro Anônimo, já disse anteriormente aqui no blog, que o nosso piso foi mais uma enganação que fizeram contra os educadores. Na prática, não existe piso salarial. Não existe sequer uma definição oficial do valor do piso, tal como acontece com o salário mínimo. Portanto, uns dizem que é R$ 1.024,00, outros que é R$ 1.597,00. E como a famigerada Lei do Piso praticamente vinculou o valor do piso à jornada de 40 horas, aplicando-se a proporcionalidade qualquer governo municipal ou estadual poderá dizer que já paga o piso ou até mais. E infelizmente não estará mentindo, no rigor da lei. Se a CNTE não fosse um órgão auxiliar do governo teria feito essa denúncia antes da aprovação do piso no Congresso e teria evitado essa hipocrisia que vivemos hoje. O que restou do piso dormita nas gavetas do STF morosamente, que ainda definirá se piso é piso mesmo ou se é outra coisa qualquer. E mesmo assim, ainda ficará valendo a aplicação da proporcionalidade para as jornadas menores que 40 horas semanais. É ou não é uma arapuca o que os congressistas, com o apoio do MEC e da CNTE armaram para os educadores do ensino básico no Brasil?

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Rômulo:

É uma grande arapuca!

No último Congresso da CNTE ocorreu uma fala de um educador paulista que foi muito aplaudida pela Plenária. Vocês me conhecem e sabem que não sou de desanimar, mas confesso que na hora bateu um desânimo.

Resumindo a fala: Ele elogiou demasiadamente a Lei nº 11.738 e disse que o problema maior foram os governadores terem entrado com a ADI e que não adiantaria uma Greve Nacional Unitária, pois as decisões da Suprema Corte Brasileira fogem da alçada da classe trabalhadora. E acrescentou, o resto não passava de delírio daqueles que se dizem da esquerda.

Foi vendida para a plenária aquela impressão "não importa a cor do gato, importa é que ele pegue o rato".

Não importa o que diz a lei. Importa que ela foi editada no Governo Lula!

Mas sem desânimo. Vamos atuar nas contradições, sempre!

Outra questão que gostaria de ponderar é sobre possíveis ilusões com a Senhora Gazzola.

O que tem de diferente em relação a antecessora são os eufemismos usados.

Não nos iludamos: a linha do governo é de ajuste fiscal, enchem a boca para falar que são uma gestão de responsabilidade fiscal, o plano adotado é de AUSTERIDADE.

Não achemos que vamos corrigir os absurdos do subsidio somente sentando os dirigentes na mesa da Secretária. Para o feijão cozinhar rápido, precisa de PRESSÃO, e a categoria sabe muito bem a forma de pressão mais eficaz!

Mas temos que nos unificar!
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Comentário do Blog: A fala do nosso combativo amigo Rômulo é sempre um norteador para a nossa luta. Só a união e a pressão poderão arrancar novas conquistas. Quanto ao citado congresso, do qual não participei, há muito que tenho tido uma certa ojeriza por estes eventos, pois desde os tempos de estudante - e dos congressos da UNE - que vozes autônomas são sempre massacradas por maiorias de aparelho, construídas para dizerem acriticamente "Amém", e que não refletem de maneira alguma o sentimento da real maioria da categoria. Só o combate direto, com as pessoas envolvidas se encontrando nas ruas e praças, poderá provocar uma real diferença.

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Anônimo:

Caros colegas:

Vejo que os governantes estão muito preocupados com a educação, devido a falta de profissionais nas escolas, ainda mais os que independente da situação são compromissados em ensinar com qualidade, é raridade. Não é por acaso que o novo plano de carreira proposto pelo governo Anastasia, privilegia os novatos e com pouco tempo.

Pergunto: Diante da situação descrita, qual profissional vai abandonar a carreira de professor, o novato ou o que está mais próximo de se aposentar?

Acredito que alguma coisa há de ser feita tanto em nível municipal, estadual e federal. Aqui em Uberlândia muitos profissionais de outras áreas foram efetivados sem a devida habilitação e preparo para dar aulas nas escolas, isso devido a falta de profissionais.

Outra coisa, estava esquecendo, o tanto de professores com mais tempo que estão doentes, a pressão em cima de nós é enorme, desgaste da voz, das articulações das mãos, braços, pernas, porque ficamos muito tempo em pé, e com dois cargos, no emocional, professores muito competentes, responsáveis, novos, tomando remédio controlado para depressão, o motivo sabemos, não sobra tempo para decansar, ficar com a família, cuidar da saúde, bom falei, ou escrevi demais colegas, bom final de semana.
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Comentário do Blog: Caro Anônimo, este é o retrato fiel da Educação pública - no ensino básico - hoje. Longas jornadas, salários baixos, condições de trabalho inadequadas, etc. Somente com a nossa união e luta poderemos mudar essa realidade.

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Gilson Vieira Soares:

Infelizmente dizer que o piso salarial é aplicado para uma jornada de até 40 h semanais dificulta em muito. O governo pode de uma hora pra outra propor que a jornada em Mg é de 40 hs e como tal pagar o piso equivalente. As jornadas no estados não são uniformes, e isso deixa uma brecha grande!
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Anônimo:


Olha aqui na escola a gente nem fala mais nesse piso nacional, é um descaso esse valor para 40 horas, mesmo que ele seja definido pelo STF nesse julgamento tão adiado, achamos que não vai melhorar em nada. Vamos ver se a Dilma vai honrar o que disse em seu discurso de posse.
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Anônimo:

Colegas, sabe o que deveriamos fazer para provar para todos que estamos juntos nessa luta. SAIR FORA DESSE SUBSÍDIO QUE O GOVERNO NOS DEU! Provar que não estamos aqui pedindo esmolas e que qualquer coisinha nos faz calar e voltar a nossa humilde salinha de aula, correndo com medo de cortarem nossos dias ou mesmo contratarem outros para nosso lugar...

Que contratem, pois duvido que encontrarão outros para assumirem nosso papel. Obrigada. Mari
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Anônimo:

Euler, alguma notícia sobre os professores efetivados pela lei 100? Não aguento mais essa insegurança. Será que vamos realmente ser nomeados em 2012? Há vários boatos sobre a nomeação e sobre o concurso. O que procede? Estou apreensiva... obrigada. Mari
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Comentário do Blog:
Olá Mari, o concurso deve acontecer mesmo, e o edital deve ser publicado, de acordo com o site da SEE-MG, no primeiro semestre. Mas, os cargos dos colegas efetivados, pelo que soube, não serão colocados entre as vagas do concurso. Espero também que o edital considere o tempo de casa na pontuação dos candidatos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A federalização - pelo menos da folha de pagamento - é a melhor alternativa para os educadores

Destaque do dia: Diretoras do Sind-UTE, entre as quais a coordenadora Beatriz Cerqueira, realizaram hoje, dia 26 de janeiro de 2011, uma primeira reunião com a nova secretária da Educação de Minas, Ana Lúcia Gazzola. Leiam matéria completa clicando aqui (site da SEE-MG).

Rápido comentário do Blog: As reuniões entre as secretárias de governo - SEE e Seplag - e o Sind-UTE, no início da atual administração (clique aqui para acessar a notícia sobre a segunda reunião), representam um bom sinal, pois essa não era a prática do governo do faraó. Contudo, é preciso agora que as reuniões avancem do estágio de análise da lei do subsídio para uma agenda de recuperação de perdas e aprimoramento do atual sistema. Entre as principais demandas, citamos: a) reposicionamento de todos os servidores de acordo com o tempo de serviço no estado, b) retorno dos percentuais de progressão e promoção, comuns a todas as carreiras do estado de Minas, c) um terço de tempo extraclasse para a jornada de 24 horas, d) reajuste anual dos salários, inclusive para o ano de 2011, e) estender para os efetivados o direito às promoções e progressões na carreira, f) regularização das 30 horas e da certificação, entre outros pontos igualmente relevantes.


Hoje de madrugada (24/01), quando o silêncio reina e meu tempo disponível é maior, quero escrever sobre este assunto - a federalização -, da maior importância para o presente e para o futuro da Educação e especialmente para as carreiras da Educação, em Minas e no Brasil.

Inicialmente, fiquem com os comentários dos nossos colegas professores João Paulo e Rômulo aguardem o meu retorno bem tarde da noite, de preferência se for de lua cheia.

***

"João Paulo Ferreira de Assis:

Prezado amigo Professor Euler

Nós estamos num beco sem saída. É a federalização ou nada. Continuar com prefeitos e governadores, eles sempre vão ganhar de nós. E quando a gente tem uma chance acontece uma reviravolta. Vou citar o caso de Ressaquinha. Houve um prefeito que atropelou os direitos dos funcionários municipais. Estes constituíram advogado e ingressaram em juízo, há alguns anos atrás. O candidato da oposição, apoiado pelo PSDB, ganhou com 1883 votos, contra 669 do 2º colocado e 517 do prefeito, candidato à reeleição. Isto num eleitorado de pouco mais de 3000 eleitores. O prefeito tomou posse e a assessoria jurídica do PSDB lhe disse que a vitória dos funcionários seria líquida e certa. A solução, sugerida pela tucanagem foi CONVIDAR O ADVOGADO DOS FUNCIONÁRIOS DA PREFEITURA PARA ASSESSOR JURÍDICO. Resultado: os funcionários (muitos deles pessoas humildes) foram perdendo os processos um a um, por falta de comparecimento às audiências, sem contar que do lado da prefeitura, se sabia perfeitamente os segredos de cada funcionário pois seu advogado MUDARA DE LADO. "

"Rômulo:

Convivas,

A proposta da federalização (dos salários e planos de carreira), pois não podemos nunca esquecer que remuneração e carreira andam juntos, é extremamente valiosa e devemos criar espaços para aprofundar esse debate.

Contudo essa proposta carrega consigo outros fatores indeléveis como por exemplo a política de financiamento da educação pública. Ao falarmos em federalização do magistério público precisamos falar em investimentos massivos (na casa dos 20% do PIB), repensar criticamente o FUNDEB e varrer com a principal premissa do NOVO PNE que é o financiamento estatal da educação privada.

O Estado Brasileiro sempre terá em maõs as "leis" de responsabilidade fiscal e o que os economistas do governo mais tem falado no momento é em AJUSTE FISCAL. O "NOVO" PNE aponta 10% do PIB para 2011 e sem querer ficar gorando acho díficil passar dos 5%.

Federalizam a folha de pagamento dos trabalhadores em educação mas por outro lado colocam amarras nos mecanismos de financiamento. Portanto ao levantarmos a bandeira da Federalização devemos também desfraldar as bandeiras de maiores investimentos, fim da lei de responsabilidade fiscal para as áreas de educação e saúde pública e uma Nova Lei do Piso Salarial Nacional (que CONTEMPLE todos os trabalhadores em educação, com uma jornada padrão de 20hs/semanais e que tenha como referência o valor apontando pelos cálculos do Dieese).

Bom, é muita luta! Não é da noite para o dia e nem será conquistado de uma só vez...

São algumas reflexões e se fosse fácil já estava pronto e chegaria via SEDEX.

Enquanto isso, coletivamente vamos nos organizando para os combates que se avizinham e por que não também esperar pelo quinto dia útil de fevereiro. É uma merreca, mas precisamos de colocar mais pacotes de nissin miojo na dispensa e eu, particularmente, preciso comprar remédios para minha filha e se sobrar algum talvez comprar cuecas novas.
"

***

Retomando. Nem sei bem se a lua está cheia (de mim), mas faz calor e isso tira um pouco mais o sono de quem é um noctívago incorrigível. E com isso, sobra mais tempo para pensar os problemas da Educação e da humanidade.

A federalização é sem dúvida a melhor alternativa, mas esbarra em dois problemas centrais: 1) os dirigentes dos estados e municípios não querem perder receitas e currais eleitorais; 2) as entidades sindicais ligadas ao governo federal - tipo CNTE - não têm interesse em transferir seriamente o problema da Educação básica para a esfera federal, enquanto problema nacional. Preferem bajular o MEC e o governo federal, enquanto apostam na divisão e na pulverização da luta dos educadores em estados e municípios, enfraquecendo-a.

O resultado desse encontro de interesses entre os de cima e os que dizem representar os de baixo - mas que não me representam, de maneira alguma - é que a Educação pública e os educadores são tratados com descaso e hipocrisia.

No âmbito dos estados e municípios esbarraremos sempre na lei de responsabilidade fiscal - criada no governo FHC e mantida infelizmente pelo governo Lula -, segundo a qual, qualquer aumento salarial um pouco mais substancial para os educadores, que são a maioria dos servidores, esbarra no limite da lei. Com isso, os governantes estaduais e municipais ficam com este dispositivo legal no colo para usar contra os servidores públicos.

Vejam o caso de Minas Gerais, estado que vem crescendo em arrecadação ano após ano e os salários dos servidores praticamente estacionaram. Na Educação, para realizar um pequeno reajsute salarial, o governo mineiro confiscou o tempo de serviço dos educadores, mudou a estrutura do plano de carreira implantando o subsídio e reduzindo os percentuais para promoções e progressões.

Nos muncípios do Brasil inteiro, salvo raras exceções, a realidade é ainda pior, com professores recebendo salário mínimo por 40 horas semanais de trabalho. Uma vergonha internacional!!!

Ora, para resolvermos este problema com seriedade, não dá para permitir que se estabeleçam generalidades como o PNE do MEC do ministro Haddad - falastrão e não-comprometido com a Educação básica. É preciso, ao contrário, que se estabeleçam políticas nacionais para a Educação básica e para a valorização dos educadores, com: a) plano de carreira comum, b) piso salarial nacional comum de pelo menos o valor do piso do Dieese (como bem lembrou o colega Rômulo), para uma jornada entre 20 e 30 horas, com um terço do tempo extraclasse, c) política séria de formação continuada, possibilitando o aprimoramento permanente e a conquista de novos títulos acadêmicos pelos profissionais da Educação. Entre outras medidas de alcance nacional.

Claro que, enquanto as coisas não se resolvem no âmbito nacional - já que internacionalmente há muito que o proletariado deixou de pensar - vamos ter que travar as nossas lutas regionais e locais. Não vamos ficar de braços cruzados não, contando com a inércia de entidades nacionais que querem apenas galgar vantagens e espaços junto aos detentores do poder público.

Na esfera estadual - enquanto as lutas sociais dos educadores não alcançarem uma força nacional, para além dos limites geográficos regionais e de entidades que travam a nossa união - nossas demandas precisam ser elaboradas e cobradas do novo governo eleito. Entre essas demandas destaco aqui: a) o reposicionamento de todos os servidores da Educação de acordo com o tempo de serviço prestado, b) o retorno dos percentuais de promoção (22%) e progressão (3%), c) a contagem de tempo do estágio probatório para fins de promoção e progressão, d) um terço de tempo extraclasse para jornada de 24 horas, e) implantação e regularização imediata das 30 horas para todos os professores que optarem por tal jornada, f) reajuste anual de salários, incluindo um reajuste para 2011, uma vez que a receita do estado aumentou acima do previsto em 2010 e deve aumentar ainda mais este ano; entre outras.

A federalização da folha de pagamento do pessoal da Educação seria bom inclusive para as demais carreiras do serviço público dos estados e municípios. Isso proporcionaria uma margem maior no orçamento para reajustes salariais. Claro que uma parte das receitas da Educação dos estados e munípio teria que ser repassada para a União, que bancaria os maiores investimentos. E este é um problema que os governo anteriores, seja de FHC ou de Lula, não quiseram encarar. A presidenta Dilma terá a oportunidade de provar que quer realmente honrar o discurso de campanha em favor da valorização dos professores do ensino público, ou se vai fazer como os demais presidentes, que prometeram - quando prometeram - uma coisa e fizeram outra. Dilma merece um crédito de confiança, apesar de ter mantido o ministro da Educação que nada fez no governo anterior.

Quanto ao governador de Minas, Antonio Anastasia, sua atuação enquanto coadjuvante do governo do faraó foi marcada por seguir à risca a orientação neoliberal de confisco salarial dos servidores. Mas, após eleito, ele tem manifestado interesse em mudar a política de choque de gestão para uma ação mais voltada para o social - a conferir! E chegou até a mencionar a necessidade de valorização dos educadores em uma de suas entrevistas - coisa que o faraó jamais fez em oito anos de governo. Justiça se faça aqui ao faraó: em nenhum momento ele assumiu qualquer compromisso, mesmo em discurso de campanha, com os educadores de Minas. E deixou um legado de desesperança e quase destruição da carreira dos professores. Depois de eleito senador, numa entrevista, teve a cara de pau de dizer que era preciso lutar por mais verbas para a Educação nos estados - coisa que ele não fez enquanto governador.

Vejamos qual será o comportamento do governador Anastasia em relação às demandas dos educadores e também os métodos de relacionamento com os movimentos sociais e sindicais. Ao implantar a lei do subsídio já com salário referente ao mês de janeiro, pelo menos ele cumpriu a lei que ele próprio fez aprovar no ano passado. Lei que de maneira alguma atende ao que pleiteamos, mas que traz um pequeno aumento salarial para uma parcela dos servidores da Educação. Cada palmo conquistado nesse chão de giz é importante: é mais comida na mesa dos colegas trabalhadores - e na minha também, claro -, sem esquecer, obviamente, dos confiscos e das perdas que seguramente serão recuperadas nos novos embates ao longo dos próximos anos.

Não acredito que conquistaremos tudo de uma só vez - seja a federalização ou as demandas regionais. Mas, podemos avançar cada palmo, que nunca será uma situação ideal. Por isso, nada de desanimar e de achar que está tudo perdido ou que não tem jeito. Esse comportamento, ainda que compreensível, não resolve nossos dilemas. A união e a luta organizada e inteligente, companheiros e companheiras, serão sempre a melhor forma de darmos a volta por cima e de conquistarmos nossos direitos, melhores condições de trabalho, mais democracia nas escolas, sabendo negociar quando necessário e de ir para a luta de rua quando e se as portas se fecharem para nós.

O nosso blog está aberto para continuar travando este diálogo horizontal e virtual com a categoria e, indiretamente - já que não representamos a categoria -, com os próprios governos, da presidenta Dilma e do governador Anastasia. Que as discussões se multipliquem e que a categoria dos educadores de Minas e do Brasil - um exército de três milhões de educadores - faça valer sua a força para cobrar dos governos, dos legislativos e dos judiciários, aquilo que a sociedade brasileira, especialmente as famílias de baixa renda, merece: uma Educação pública de qualidade para todos.

P.S. E nem me dei conta de que o nosso blog ultrapassou, no dia de hoje, 25 de janeiro de 2011, a casa dos 100 mil visitantes. Sinal de que muita gente, por toda parte de Minas e do Brasil, quer continuar acompanhando e participando da histórica luta dos educadores.

***

"Anônimo - Uberlândia:

Olá Euler:

Cada Estado com suas definições para a educação. Sou de Uberlândia, e estava cansada de esperar por concurso e ser efetiva, prestei então em 2004 o concurso do estado de SP, passei numa colocação bem razoável, e lá o concurso não é por regiões, é geral, fui tomar posse na capital, apesar de ser geral muito organizado, e escolhi Franca que é perto daqui, até os efetivos prestam concursos posteriores, pois valem pontos na carreira, ao assumir o cargo fiquei com a carga mínima (inicial) que são 24 horas, podendo no ano seguinte ampliar para 30 horas; uma das coisas que eu gostei foi do cartão ticket alimentação, ajudava bastante, mas no mesmo ano que tomei posse, passei no concurso aqui em Minas, e voltei, não aguentei ficar longe da minha cidade natal, coisa de mineira mesmo, gosta da terrinha.

Lá tem incentivos que aqui não tem, o bônus no final do ano é bem maior do que o daqui, não é só mais um salário, os professores tem redução de impostos para comprar carro, o governo financia eletrônicos em informática, você paga 40% do valor da compra e ainda parcela. Fora os procedimentos didáticos, que depois comento.

Bom final de férias!
"

P.S.2 (do Blog): Enquanto dizem que nunca têm dinheiro para pagar melhores salários para os professores, vejam aqui, nesta reportagem do jornal O Tempo, como não faltam recursos para pagar aposentadorias eternas para ex-governadores e privilégios mil para os parlamentares que têm a cara de pau de votar ridículos valores para o piso dos educadores.

"Anônimo:

"Clayton,

Os profissionais da educação acham que ganham pouco!!!! O que dirão os deputados....

Vejam o vídeo no yotube o argumento do deputado sobre o aumento do seu salário.
http://www.youtube.com/watch?v=gdhlGbR4eOY

Abraços.
"

Comentário do Blog: A sugestão do visitante acima é boa, vejam o vídeo abaixo e tenham pena dos nossos pobres deputados, que precisam bancar despesas como padrinhos de casamento, padrinho de formatura, despesa extra, etc. Por isso precisam receber R$ 26 mil mais penduricalhos, coitados. Já os professores...




"Daniel:

euler pesquisando na internet sobre escolas publicas com ensino de qualidade em Vespasiano descobri seu blog por favor me ajude pois mudei para o bairro gavea e meu filho ira para a terceiro ano antiga segunda serie gostaria de uma indicaçao sua obrigada "


Comentário do Blog: Caro Daniel, a região mencionada está próxima de várias escolas municipais para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Entre essas escolas: EM Maria da Glória de Castro Veado (no bairro Vila Esportiva - lecionei certa vez para uma excelente turma de 5a série oriunda integralmente desta escola), EM Manuel da Fonseca Viana, EM José Paulo de Barros (no bairro Santa Clara, na qual lecionei há um tempo atrás, mas não tenho certeza se ainda tem alguma turma do 1º ao 5º ano), EM Maria Natividade, EM Maria Miguel Issa (que fica no bairro Jardim da Glória), EM Maria Aparecida dos Santos, entre outras, cujos nomes não me lembro agora. Enfim, são muitas as escolas públicas naquela região, todas elas com bons profissionais, embora com realidades diferentes. Seria bom que você pesquisasse com os vizinhos e moradores da região e fizesse uma visita às escolas para conhecê-las melhor.

"Luciano História:

A secretária de educação chamou o pessoal do sindicato para uma conversa? Em 8 anos de governo Aécio isso não acontecia. O Anastacia deu o maior aumento dos anos 90 pra cá para aqueles que estão iniciando a carreira, de 950 para 1320, se cada um fosse posicionado em uma letra de acordo com o tempo de serviço o aumento seria relativamente bom para todos. Tem gente que ainda pensa que a revolta greve não serviu pra nada. Temos que recuperar a valorização do tempo de serviço posicionando todo mundo em sua letra correta e 1/3 extra-classe no cargo de 24, essas são as primeiras reivindicações que devemos ter em relação ao Estado.

Sobre a federalização, o colega João através de seus comentários anteriores me fez perceber o quanto que ela seria importante até mesmo para padronizar uma luta nacional pela educação, muitos professores são reféns de prefeitos que colocam efetivos que votaram contra para trabalharem em locais distantes ou em horários que chocam com o cargo no Estado.
"

"Anônimo:

Euler:

Gostaria de comentar sobre o sindicato dos professores de SP, APEOESP, quando trabalhava em Franca SP, fiquei surpresa da grande quantidade de filiados, quase todos da escola que trabalhava, lá o filiado conta com vários convênios, e pode desfrutar de hóteis em cidades turísticas com preços bem atrativos.

Caso tenhamos uma federalização da educação, os sindicatos também seriam a nível federal?

Há comunicação entre os sindicatos dos estados?

Pergunto isso porque a educação precisa de conquistas em nível nacional, mesmo com realidades e incentivos bem distintos. "


"Luciano História:

Pega ladrão! No governo!
Pega ladrão! No congresso!
Pega ladrão! No senado!
Pega lá na câmara dos deputados!
Pega ladrão! No palanque!
Pega ladrão! No tribunal!
É por causa desses caras que tem gente com fome, que tem gente matando, etc e tal.

Pega, pega!
Pega, pega ladrão!!
Pega, pega!
Pega, pega ladrão!!
Pega, pega!
Pega, pega ladrão!!
A miséria só existe porque tem corrupção.

Gabriel "o pensador"

Depois de ver novamente esse vídeo se eu fosse comentar o que eu queria de fato o colega Euler não poderia incorporar o comentário devido os palavrões.
"

Comentário do Blog: kkk, mas desde já, Luciano, incorporamos aquilo que imaginamos ser a vontade de xingar - a sua e a de todo cidadão comum, que sobrevive, apesar de todos os atos de corrupção, desvios, exploração, canalhice e hipocrisia reinantes.

"Gilson Vieira Soares:

Na tal reunião com o sindicato foi falado do concurso? Após o fim da greve , essa é uma das demandas que está mais atrasada. Desde de julho de 2010. O sindicato não repassa em seu site as informações. Euler você tem conhecimento do porque de tanto atraso? As vagas já não foram levantadas? 20.000 se não me engano....
"

Comentário do Blog: Caro Gilson, até o momento não sabemos de qualquer manifestação do Sind-UTE sobre as reuniões; mas, acredito que em breve seremos informados sobre os andamentos das conversações - e o concurso público seguramente deve estar na pauta desses contatos.

"
João Paulo Ferreira de Assis:

Prezado amigo Professor Euler

Saudações:

Nós temos de agir rápido e conseguir que deputados (e mesmo senadores) que estejam ao nosso lado façam emendas ao projeto do Cristovam Buarque. Por exemplo, mandar equivaler à realização do concurso público as provas de mérito e certificações estaduais que os professores tenham feito. Outra emenda, que os salários e a política educacional ficariam com a União, a conservação dos edifícios escolares com Estados e municípios. E aí o piso salarial poderia ser fixado num quantum decente. É interessante a gente despertar o interesse de pelo menos um senador ou deputado federal. E se pedíssemos ao Padre João para fazer essa emenda?
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Comentário do Blog: Caro amigo João Paulo, concordo com você e acho interessante a proposta de pedir ao deputado Padre João para intermediar nossas demandas no Congresso. Ele nos apoiou integralmente durante a nossa maravilhosa revolta greve dos 47 dias.

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Anônimo:

Euler, boa noite, como fica os valores de quem tem dois cargos com pós graduação? Agradeço a atenção.
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Comentário do Blog: Caro Anônimo, depende de como você ficou posicionado na nova tabela. Se, por exemplo, você ficou como PEB1A nos dois cargos você receberá R$ 1.320,00 x 2 = R$ 2.640,00. O título de pós, neste caso, só terá algum valor quando você alcançar nova promoção na carreira.

"
Anônimo:

Também gostaria de saber sobre a reunião com a nossa representante do sindute, Beatriz, no site do sindicato não tem nenhuma nota falndo sobre o assunto. Quais serão os rumos das negocições?

E o concurso sairá? Sei que o número de vagas já foi levantado. Tem uma nota no site megaconcursos que diz que o edital passa por ajustes finais.

O que o sindute sabe sobre isso?
Teremos assembléias nas nossas cidades?
"