Mobilização da categoria torna-se indispensável para evitar prejuízos
O governo estadual enviou à Assembleia Legislativa a proposta de modificação da carreira dos professores através de dois projetos. O primeiro, PEC 61/2010, inclui na Constituição do Estado o artigo 283 A criando a possibilidade de remuneração dos professores por meio de subsídio vetando todo tipo de vantagem abrindo exceção para aquelas de natureza indenizatória além do décimo terceiro, adicionais de férias, insalubridade, periculosidade, trabalho noturno, prestação de serviço extraordinário, extensão de carga horária, abono de permanência, vantagem pessoal (não confundir com qüinqüênios e biênios), prêmio de produtividade, comissão para cargo de chefia ou assessoramento.
Como forma de regulamentar a PEC 61 o governo enviou o projeto de lei 4.689/2010 fixando o valor dos subsídios de todos os funcionários da Educação incluindo aqueles lotados no Colégio Tiradentes da Polícia Militar recebendo estes – apesar do mesmo nível de escolaridade e idêntica carga horária - vencimentos superiores aos demais professores da SEE. Apenas uma observação: Gostaria muito de entender esta predileção mesquinha do governo em “agradar” a PM em prejuízo dos demais setores do funcionalismo e quando digo mesquinha estou baseado nos valores salariais, baixos iguais aos dos civis, transformadas, estas diferenças, em espécie de “cala a boca”, ao que parece, originados de acordos eleitoreiros com deputados corporativos nada afeitos ao dever de representar o povo. A continuar este modelo em breve nos encontraremos com o fascismo e seus deputados classistas. Seria este o objetivo? Teríamos ressuscitado a maneira Francisco Campos de entender política?
Retomando o tema inicial podemos observar a clara intenção do governo em promover corte nos gastos através da redução dos valores pagos aos professores bastando para isso observar a inexistência de uma regra de transição garantindo aos funcionários da Educação o acréscimo de vantagens as quais teriam direito em função das normas vigentes no momento de sua nomeação. Seria importante, para evitar prejuízos ao servidor, incluir no PL 4.689 uma projeção das vantagens futuras e destas, pelo menos, retirar uma média com sua incorporação ao valor do subsídio ou utilizar o resultado desta como forma de ampliação do grau a ser situado o servidor. Consideramos grave a não incorporação do tempo de serviço dos profissionais da educação para sua classificação na nova carreira aspecto – segundo revela o professor Euler Conrado – presente no artigo 4º em seu inciso II.
O projeto 4.689 também falha ao não apresentar uma política de reajuste e parece entender a promoção por grau como suficiente e sinaliza – por isso mesmo – com a possibilidade de congelamento por tempo indeterminado dos valores iniciais tornando necessária a fixação de índices e datas para futuros ajustes no valor do subsídio.
Quanto a proposta de ampliação da jornada de trabalho o texto do PL 4.689 modificou a proposta inicial na qual corriam os professores o risco de acréscimo na carga horária de forma compulsória – como havíamos apontado em artigo anterior – ficando a impressão de transformação deste item em cortina de fumaça para desviar a atenção do fato valor a ser pago ou moeda de troca em possível negociação política ou politiqueira dependendo do momento.
Do ponto de vista prático sabemos todos que o governo criou um teto e para não ocorrer um desperdício da energia gasta durante a greve a categoria ficou obrigada a melhorar esta proposta trabalho igualmente duro e desgastante, mas acredito na força dos professores de Minas Gerais para vencer mais esta impostura.
Fonte: Informativo Nº 15 do Blog do COREU
Li no jornal O Tempo (on-line) que o projeto será aprovado com a mesma redação com que chegou. Nenhum dos questionamentos dos professores será atendido. Ou seja, os professores com mais tempo serão prejudicados. Penso que se esta lei passar como está, teremos de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF, para que se preserve os direitos dos professores mais antigos.
ResponderExcluirOutra coisa: Recorrer também ao Ministério Público Federal para que denuncie o Estado de Minas Gerais por descumprimento de preceito legal.
ResponderExcluirOlá:
ResponderExcluirOlha gente, hj fui a assembleia em Uberlândia, recebemos informações da Leonor(acho que é esse nome), mas parece que muita coisa ela não soube responder, como: se eu fizer um mestrado voltarei para a letra A, isso diminui o salário, olha que absurdo, a todo tempo se desviava de algumas perguntas e apenas informou o que estava no jornal do sindicato, não esclareceu muita coisa nada.
Disse que no posicionamento irão considerar o seu salário total(bruto), deu o exemplo do dela, que é 1550 reais, especialização ficaria na letra D, e não sei se terá 5%.
Gente não vai ter ganho nenhum desse jeito e perderemos os biênios e quinquênios.
Iris.
Uma proposta que saiu aqui na assembleia do dia 19/05, que achei ótima, foi que se observar o cargo de 30h já tem 1/3(um terço) da carga de horas atividades como proposto no Piso(30h, 10h atividades), já as de 24h não tem esse 1/3, devemos reindicar esse 1/3 de horas atividades no de 24h tb, melhorando o rendimento, ou diminuindo o número de aulas que seria de 16 aulas se eu estiver certa.
ResponderExcluirO Estado de minas Gerais, segundo a visão do Governador Anestesia e Renata Venlenha, servidor para eles é só policia que tem arma e professor que tem sindicato forte, o resto dos servidores estão com salários devasados a muito tempo e só recebem migalhas. Toda lei e decreto vem maquiados, a primeira vista parece bom, quando se conseque entender algo, vem as surpresas. NOSSA RESPOSTA VIRÁ DAS URNAS.
ResponderExcluirO judiciario vai corrigir isso, vai demorar mas pagarão por tudo.Voces seram anestesiados na eleição.
Que beleza de projeto, voces perderam os bienios e quinquenio. Mais um me engana que eu gosto...
ResponderExcluirO governo dividiu o servidor e dus classes Policia e Professor, o resto é pião, qualquer salário serve...
ResponderExcluirTem que ser aprovado porque? Não tem palavrão só verdade, se verdade não for seu caso, de bomba nos textos...
ResponderExcluirChega
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