Entre 2010 e 2012, este blog estava a serviço dos profissionais da Educação de Minas. Posteriormente, o blog ampliou os temas, sempre na defesa das melhores causas. A partir de outubro de 2023, demos especial destaque à corajosa resistência do povo palestino contra o sionismo e o imperialismo. Além disso, produzimos um combate sem trégua ao capitalismo, apresentando como saída a construção de uma outra relação social, solidária, horizontal, mundial: comunista. (contato: euler.conrado@gmail.com)
domingo, 27 de junho de 2010
Base do governo na ALMG terá que se explicar
Com a proximidade das eleições de outubro de 2010, os candidatos a deputado visitarão as bases eleitorais na Capital, Grande BH e pelo interior de Minas, se quiserem se eleger ou reeleger.
A base do governo na ALMG, por exemplo, terá grande dificuldade em explicar a postura que teve quando votou contra as emendas apresentadas pela oposição para manter os direitos dos educadores no PL 4689/2010.
Entre as emendas, a de número 13, por exemplo, procura corrigir um grande prejuízo que o governador de Minas provocará aos trabalhadores mais antigos. A emenda prevê o posicionamento dos servidores da Educação de acordo com o tempo de serviço prestado. Pelo projeto atual do governo, sem a emenda, praticamente toda a categoria ficará posicionada no Grau A (início da carreira) da mesma forma que um servidor que começar a trabalhar hoje no estado.
Deputados despreparados e alguns arrogantes
Durante a votação em primeiro turno, e mesmo antes, nas comissões, os deputados da base do governo demonstraram total despreparo para a função que exercem, de representantes do povo mineiro, e não do governador, como demonstram ser.
O deputado Lafayete Andrada, por exemplo (da famíglia dos Andradas), cujos parentes são proprietários de faculdades particulares, brincou com a inteligência dos educadores ao afirmar que as tabelas são muito boas e que todos serão beneficiados. Uma total ignorância. Na prática, o que se verifica é que, com a incorporação das gratificações conquistadas ao longo dos anos ao novo subsídio, os servidores mais antigos terão os menores reajustes, enquanto os novatos terão reajustes maiores.
Além disso, o posicionamento de praticamente toda a categoria dar-se-á no grau A. Ou seja, o governo igualou por baixo a todos os servidores, novos e antigos, quando deveria ter respeitado pelo menos o tempo de serviço na política de posicionamento dos trabalhadores da Educação.
Outro que discutiu comigo (eu da galeria e ele do plenário) na reunião do dia 23 foi o deputado Gustavo Valares, filho do ex-presidente do Atlético. Aliás, as torcidas dos principais times de Minas, Galo e Cruzeiro, precisam pensar melhor antes de votar, pois acabam elegendo cada tipo: Zezé Perrela, Gustavo Valadares e João Leite, todos eles inimigos da Educação pública em Minas.
Quis o tal Gustavo me convencer de que o projeto do governo era bom, pois todos terão algum aumento de salário. Ora, que todos terão algum aumento todos nós sabemos - graças à nossa maravilhosa greve, ao trabalho da comissão negociadora do Sind-UTE, às mobilizações que fizemos, etc. O que estava em discussão eram as perdas dos direitos conquistados (quinquenios, bienios) e o posicionamento na nova carreira, além da mudança para pior, dos percentuais de promoção e progressão nas carreiras, entre outras coisas.
O deputado Pinduca, ninguém merece. Nem vereador de Vespasiano é tão despreparado assim. Usou o microfone para falar mal da prefeita de Betim, foi arrogante com os educadores, quando o que estava em pauta era o projeto que tratava das carreiras da Educação em Minas. Deveria se candidatar o infeliz a vereador de Betim e não a deputado. Assim mesmo, coitado do povo de Betim, que não o merece.
O deputado Mauri Torres, líder do governo, que teve aparentemente uma postura conciliatória durante as negociações, desceu o último degrau da (in)decência no plenário. Quando o presidente colocava as emendas da oposição em votação ele se levantava e procuarava animar e vigiar os colegas da base do governo, como se fossem todos meninos de recado e precisassem de um fiscal, o que é péssimo para ele (o fiscal ou, segundo o colega Igor, o Liminha do Silvio Santos, animador de auditório) e também para os deputados subalternos.
É essa gente - 58 deputados da base do governo, menos um ou dois que votaram a nosso favor - (vou saber direito os nomes para não cometer injustiça) - que depois aparece nas nossas cidades pedindo voto para os nossos amigos, familiares, pais de alunos e alunos.
Nós, educadores, vamos ter que realizar um grande mutirão para divulgar uma lista de "Ficha suja com a Educação pública de Minas", os inimigos da Educação, que cortaram direitos dos trabalhadores e foram incapazes de agir de forma autônoma nas votações. Quem não tem sensibilidade para corrigir injustiças e prefere servir aos interesses do governante de plantão, não merece ser eleito.
- Link para acompanhar a sessão das 11h, dia 28 (segunda-feira) na ALMG (Lembrando que o bom mesmo é estar lá. O editor do Blog do Euler e João Martinho são presença garantida! rsrs)
- Site da ALMG para vc acompanhar as notícias e enviar mensagem xingando os deputados
- Site do Sind-UTE para se manter atualizado sobre os novos encaminhamentos (isso se os hackers do governo deixarem).
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Valeu Euler!Agora sim entendi.Vou repassar pode deixar.Quanto àquela marmota de nome Pinduca é uma pena q tenha chegado a deputado e, contrariando o seu desejo , espero q uma criatura daquelas nunca chegue nem a candidato a vereador daqui. Apesar dele ter sido eleito com os votos dos betinenses,tenho muita esperança q nosso povo algum dia aprenda a votar.Vou divulgar a maravilhosa fala dele no plenário ,pode deixar.Euler , mesmo com as conquistas que alcançamos me preocupo com os rumos do movimento.Afinal , muitas escolas não participaram da greve.Aqui em Betim houve muita ddvisão.As escola centrais não entraram. Na minha, apenas o 3.º turno.Acho q a Beatriz tem mais essa tarefa para o seu mandato.Resgatar a credibilidade do sindicato .Afinal o movimento anterior à esse não teve um desfecho muito bom , na minha opinião, devido à péssima liderança da última gestão do nosso sindicato.Um professor colega meu , teve uma fala q me fez pensar:"se o povo não estava perticipando com um salário de R$700,00 vc acha que participará com um de R$1300,00"?. O que vc acha ? Acredita q o movimento está renascendo e lutaremos verdadeiramente ano a ano?Por aqui , pode ter certeza q farei a minha parte.
ResponderExcluirAbraço,
Elaine -Betim.
Oi Euler,
ResponderExcluirEstava pensando temos que nos unirmos à força é tudo, eu tenho 17 anos de estado e provavelmente não vou ter aumento com subsídio se eu optar por ficar com estou para min. é vantagem, pois não vou perder minhas vantagens nos biênios recebo 3% na progressão 2,5% com qüinqüênio 22% na promoção 10% , ser optar por subsidio estou abrindo a mão de meus direitos e de 12% de meu salário ele precisa do meu consentimento para tirar os meus direitos e me das 90 dias para pensar se vou ceder ou não sinal que ele não pode obrigar a categoria a aceitar o subsídio ,ele esta comprando alguns professores por apenas R$ 200,00 cada um tem seu preço ,fico triste em ouvir colegas que querem optar por 30h pois pelo valor eu acho que não vale apenas e elas estão ariscando ficar na mão da direção por 10h por semana a mas vai trabalhar de 2º feira á sábado pois o nosso modulo já pagamos ao sábado na minha escola , na minha escola a maioria não aceita 30h e têm muitos da lei 100 e vão ter aumento.Tem professor da lei 100 que tem muito tempo de estado e não estão satisfeitos pois não terão aumento.
abraço Dinha
Euler,
ResponderExcluirNa minha escola a professora que coordena o projeto do PEAS vai sai em agosto e a diretora esta querendo saber quem vai assumir a coordenação eu não vou pegar, pois não concordo em trabalhar de graça para o estado é por isso ele nos trata desse jeito sem respeito, pois só a coordenadora que recebe e muito pouco pelo trabalho que da, já fui ao encontro dos PEAS e não gostei é só dinâmica, sem solução para os nossos problemas e muitos trabalhos a ser feito eu não agüento quando eles falam que devemos arrumar parceria para desenvolver o projeto em BH ninguém quer ajudar os nossos alunos investir neles de graça quem faz isso em BH vai à escola e trabalha de graça não conheço ninguém, no interior eles conseguem não sei como talvez seja esta tos ajudar a escola de sua cidade, mas os professores deveriam pensar em valorizar o seu trabalho e não trabalhar de graça para o governo se que ajudar os alunos de sua escola monta um projeto em conjunto com a igreja e suas parcerias que teria muito, mas valor .
Parabéns, parabéns, parabéns, Euler,este blog é nota 10.
ResponderExcluirVocê não tem noção o quanto ajudou nesta greve,
estivemos informações "anos luz" em ralação a outras greves.
Estive também na galeria da assembléia juntamente com meus companheiros nesta luta.
Valeu.
Abraço
Uma professora