Reposicionamento dos servidores, previsto para julho deste ano, não sai. E agora, José?

O reposicionamento dos servidores públicos de Minas Gerais que estava previsto pelo Decreto 45.274, de 30 de dezembro de 2009, entraria em vigor em julho deste ano. Contudo, ontem, dia 30, a secretária Renata Vilhena convidou os representantes dos sindicatos dos servidores para comunicá-los que o governo não poderá realizar tal reposicionamento este ano.

O argumento é de que a Advocacia Geral do Estado alertou para o risco de efetuar qualquer tipo de pagamento, vantagens ou alteração na carreira após o dia 03 julho, três meses antes das eleições, até a posse do novo governador eleito.

O Sind-UTE já divulgou nota criticando o não cumprimento do prometido pelo Governo de Minas e está estudando a possibilidade de ingressar na Justiça contra a decisão do governo. Todas as demais entidades sindicais que representam os servidores de Minas devem fazer o mesmo. Algumas chegam a falar em manifestações e paralisações de protesto.

O diretor político do sindicato mais ligado ao governo, o Sindpúblicos, disse que conversou com o governador Anastasia e que este garantiu que faria uma rápida consulta à Justiça Eleitoral para ver se é possível realizar o reposicionamento ainda este ano. Mas, fato é que este reposicionamento já deveria ter ocorrido há muito tempo. Por que será que só agora, na última hora, o governo mineiro "descobriu" que não seria possível realizá-lo? E a expectativa gerada entre milhares de servidores que contavam com esta promoção ou progressão na carreira para recuperar pelo menos em parte os defasados salários dos servidores mineiros?

São perguntas que o atual governador e o faraó terão que responder rapidamente, se não quiserem amargar uma derrota eleitoral ainda no primeiro turno.

Mas, ao que tudo indica, o reposicionamento prometido só será pago em 2011, junto com as novas tabelas dos educadores.

Para copiar e ler a nota do Sind-UTE clique aqui.

Para copiar e ler o parecer da Procuradoria Geral do Estado clique aqui.

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Em tempo (e importantíssimo): Recebi um e-mail de uma combativa colega de Uberlândia, que disse que eu posso até me candidatar a deputado porque metade da cidade de Uberlândia já me conhece (kkkkk). Mas, falando seriamente, ela pergunta o seguinte: e o prêmio de produtividade? Estaria ameaçado também?

A pergunta dela é pertinente, uma vez que, de acordo com a interpretação da Advocacia Geral do Estado, qualquer vantagem ou pagamento extra neste período eleitoral poderia configurar uma forma de benefício que seria caracterizado para fins eleitorais.

A confirmar esta tese (kkkk), o prêmio seria jogado para 2011. Então, vamos somar:

a) R$ 1,3 bilhões pelas tabelas dos educadores (ai de quem ousar não pagá-las! Vamos pendurar o pescoço do infeliz governador eleito em praça pública, ao modo da sugestão anarquista, ou seja, com as tripas do ex-governador),

b) R$ 600 milhões com o reposicionamento que deveria ocorrer em julho deste ano,

c) R$ ??? (500, 600 ou 700?) milhões do prêmio de produtividade.

Só aí já temos cerca de R$ 2,5 bilhões de reais a mais na folha de pagamento de 2011. Tô começando a achar que o atual governador vai pedir voto para o adversário. E depois viajar para Brasília. Sem passagem de volta.

E eu vou-me embora para Uberlândia. Lá deve ser melhor do que Pasárgada!


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