segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nos descaminhos da Educação em Minas...


No caminho com Maiakóvski

Autor: Eduardo Alves da Costa


"(...)

Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.


Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.


Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

(...)"



***

Não sei porque cargas d'água, toda vez que leio este trecho do profundo poema de Eduardo Alves da Costa, poeta fluminense, penso na categoria dos educadores de Minas.

perdemos os biênios. Já perdemos os quinquênios. E agora, com o subsídio, estamos perdendo o piso, já que o teto, nunca o tivemos.

Reduziram os percentuais de promoção e progressão, confiscaram-nos as gratificações e engoliram, de uma só vez, o tempo de serviço prestado ao estado.

O que mais falta fazer, para que a categoria desperte para a luta?

Talvez, nestes anos todos de choques e confiscos tenham tirado de nós o que há de mais importante: a dignidade, a coragem de lutar.

De uma categoria ou de um povo que não sabe lutar, só se pode mesmo esperar por piedade.

Acendamos uma vela para os colegas que perderam a voz e a coragem de defender os interesses da nossa categoria.

Eles precisarão de muitas velas, quando a escola pública e a carreira dos educadores, pela omissão de muitos, deixarem de existir, e no seu lugar, o governo continuará construindo mais cadeias, e viadutos, e cidades administrativas, e pontes, e estádios de futebol...

E porque nos calamos quando era preciso lutar, já não podemos fazer mais nada a não ser... aceitar, e aceitar, e aceitar...

***
"Anônimo:

Boa Noite Prof Euler

Muito oportuno o texto, poema retrata muito bem a realidade atual. tomara os colegas entendam e tomem posição!
Creio que o artigo abaixo completa bem o seu último post.
E creio tb que já é mais que hora de se cobrar dos deputados uma posição clara sobre a Lei do Piso.

Afinal o Governo é composto de Legislativo e Executivo e Judicário, claro! Dessa vez o Judicário não poderá declarar a greve ilegal, o que ele terá que fazer é declarar ILEGAL O GOVERNO QUE NÃO CUMPRE A LEI FEDERAL 11738/08 QUE DETERMINA O PAGAMENTO DO PISO PARA OS PROFESSORES! PISO = VENCIMENTO BÁSICO E NÃO É TETO DA REMUNERAÇÃO CONFORME DETERMINA A LEI DO SUBSÍDIO, APROVADA PELOS DEPUTADOS DE MG. SOS!

JORNAL FOLHA DE SP 20/06/2011

Três inúteis Poderes de Estado?
CELSO LIMONGI

A paz social exige seja nosso livre-arbítrio moldado. Ao Legislativo cabe moldá-lo. E o legislador é paradoxalmente dotado de arbítrio. Mas quem vai impedir o Estado, conhecido por seu vampirismo tributário, por exemplo, de exagerar na tributação?
O legislador deve produzir leis para o bem comum da sociedade.
Porém, produz leis para segmentos sociais próximos a ele. O legislador é atento e ágil, quando lhe interessa, na defesa de corporações e oligarquias. Editada uma lei, precisamos todos apurar quem está por detrás dela, a quem ela serve, ler a lei nas entrelinhas...
O legislador tem o dever de ser imparcial. Mas, se ele produz uma lei parcial, protegendo certo segmento social, como fica o juiz, que deve ser imparcial? Aplicando uma lei parcial, será também parcial.
Se o juiz for apenas a boca da lei, como um ser inanimado, estará cumprindo a missão democrática de destinar tratamento de igualdade a todos? Para Paulo Bonavides, os governantes são os autores da ingovernabilidade, porque "se apartaram da concretização dos fins que fazem legítimo o exercício do poder na complexidade social contemporânea".
Falta aos governantes o senso ético de que deveriam trabalhar exclusivamente para o bem comum.
Contudo, enquanto corporações se veem protegidas, a massa popular fica sem voz no Congresso: os 27 partidos políticos que deveriam representá-la pensam em seus próprios interesses.
Estamos mais distantes do núcleo político das decisões, porque os eleitos não decidem.
Decidem o mercado, a Bolsa de Valores, o FMI, o Banco Mundial, a reconhecer o ocaso da democracia representativa.
O Executivo é o responsável pela "ruptura na adequação dos meios aos fins, do quebrantamento da unidade, harmonia, independência e equilíbrio dos Poderes" (Bonavides). O Executivo, na sua função típica, administra, mas legisla (poder de sanção ou veto) e, em muitos temas, só ele dispõe da iniciativa da lei. Expede medidas provisórias. (OU LEIS DELEGADAS COMO EM MG)
É o responsável pelo Orçamento. Dispõe de milhares de cargos comissionados, a favorecer a barganha política. Obriga o Congresso a deglutir projetos de seu interesse. (EM MG A ASSEMBLÉIA DE MG VOTA A FAVOR DO EXECUTIVO... ATÉ QUANDO ISSO? )
O Judiciário assume vital importância na defesa dos direitos fundamentais do homem. Interfere gravemente no espaço reservado aos demais Poderes, ao controlar políticas públicas. Precisa, pois, de independência político-administrativa.
Se instrumentos legais lhe faltam, são, porém, suficientes para que exerça com independência sua atividade, desde que não fique a bordejar, navegando sem rumo, por falta de vento nas velas, ou de coragem de seus juízes e, principalmente, dos tribunais superiores, que não devem se associar à tibieza do Legislativo e se conformar com a hipertrofia do Executivo...

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2006201108.htm"


"Rômulo:

Permitam-me, com toda humildade, citar uma frase do filosofo alemão barbudo:

"Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência." - Karl Marx.

Consciência de classe. Eis o x da questão!

Ontem ao fazer o trabalho de mobilização em uma escola do turno da noite que ainda não aderiu ao nosso justo movimento grevista, antes de iniciar a conversa com os educadores(as) solicitei que chamassem as companheiras auxiliares de serviços e o pessoal do administrativo. Uma professora posicionou-se contra, argumentando ser desnecessário a presença desses setores. Educadamente, insisti na minha proposta e a professora ao ver que os outros colegas concordavam com a ideia se retirou da sala aos gritos: "Eles querem fazer é lavagem cerebral, manipular, usar como massa de manobra. Esse rapaz de cavanhaque (o único de cavanhaque era eu) é figurinha conhecida, cabeça de greve!

A reunião continuou e foi razoável. Os colegas escutaram, fizeram questionamentos, críticas. Aproveitei a deixa e abordei a questão da consciência de classe, da gente se sentir como classe explorada e oprimida e que é preciso unificar e se solidarizar.

Por isso que a greve é a escola política do trabalhador. Nela, as contradições, saltam-nos aos olhos.

Precisamos de ter paciência e perseverança. Mas muitos irão dizer: "paciência tem limite!" Nesse caso, penso que não. Precisamos perseverar e apoiar nos que estão na luta. Os companheiros que não aderem a greve atrapalham? Sem dúvida que muito. Contudo, muitos não aderem por dúvidas e desinformações. Outros por egoísmo e ausência de consciência de classe. E muitos em função do receio, devido a miserabilidade e ao empobrecimento. Esses devemos encorajar e ter muita paciência.

Esse o nosso maior desafio: trabalhar a consciência de classe. E digo que as condições são boas, pois a nossa linha política é correta, os nossos argumentos são justos e temos como exemplo a combativa história de luta do proletariado mundial.

Obs: Sugestão de leitura nesse feriado para manter o ânimo e a disposição: O romance "Subterrâneos da Liberdade" de Jorge Amado. O livro aborda a trajetória de luta dos comunistas durante a ditadura do Estado Novo de Vargas. Livro que se lê de uma sentada só!

Rômulo"


"Anônimo:

EULER, NÃO VAMOS DESISTIR, MIREMOS NO EXEMPLO DOS COLEGAS DE SC E VAMOS LUTAR NEM QUE A GREVE DURE 90 OU 100 DIAS.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5197 "


"Anônimo:

Minas foi, é, e smpre será reconhecida pela luta a favor do direito de ser livre, cabeças já rolaram crimes mais perversos já ocorreram para impedir que os cidadãos se pronuncie. Vejo que a tirania persiste vestindo outras roupas, tirano vestidos de democratas. Usam sempre a educação para tirar proveito em época de eleição. Coitada, ela está igual profissionais do sexo , usam ,usam na época das campanhas políticas e depois descartam. Lula quando falava, a sua lingua enrolava ainda mais , porém era melhor do que dilma que se quer faz algum pronunciamento. Aécio e anastasia estorquiu dinheiro da coitada para construir cidade administrativa.

Colegas vivemos à deriva, já levaram os nossos bienios, quinquênios só nos restam agora as nossas entranhas... Cuidado, pois, poderá ser a próxima, e voces que se acovardam diante do movimento vão ser os primeiros."


"Anônimo:

Olá Euler e demais companheiros: concordo com o colega acima: NÃO VAMOS DESISTIR enquanto não arrancarmos esse Piso miserável, diga-se de passagem (porque quem não sabe deve imaginar que estamos pedindo muuuuito dinheiro e que estamos inventando moda para não estarmos nas salas de aula, muitos sem saber que queremos apenas que se cumpra uma lei). Como disse o colega, que dure 100 dias essa greve, mas não vamos sair ludibriados, nem resignados muito menos perdedores. BASTA. Merecemos respeito do governo, da sociedade e temos dignidade para não sairmos com o rabinho entre as pernas conformados com nossa má sorte. Vamos virar esse jogo e deixar esse governador e secretárias de cabelos em pé, NÃO VOLTAMOS PARA A ESCOLA SEM O PISO. QUE ISSO CHEGUE AOS OUVIDOS DELES. SEM PISO, NÃO TEM AULA (ou ele que se vire para contratar milhares de professores para nos substituir, o que geraria grandes transtornos, dificuldades e confusão nas escolas.. acho praticamente impossível ele arrumar tantos substitutos). Então não vamos TEMER nada, VAMOS EM FRENTE, COMO UM BATALHÃO, COMO AQUELES JOVENS QUE DESTITUÍRAM Collor, como aqueles guerreiros que colocaram fim à ditadura e como tantos outros lutadores que buscam seus ideais e lutam com unhas e dentes. NÓS VAMOS CONSEGUIR, CUSTE O QUE CUSTAR, DEMORE O TEMPO QUE FOR... ABRAÇOS E FORÇA NA LUTA À TODOS OS COLEGAS. NÃO TEMAM, NÃO SOMOS NÓS OS FORA DA LEI. ABRAÇOS."


"Anônimo:

Euler, neste momento chego cansada de uma manifestação dos profissionais da educação em Montes Claros. Sinto-me tão triste e revoltada que nem consigo rir das suas piadas.
Desculpe-me. Sei que o momento é difícil para todos nós."


Comentário do Blog: Não fica triste não, colega, descanse um pouco e amanhã será um novo dia. Estamos juntos na mesma luta, e precisaremos de muita paciência e perseverança para não sermos derrotados pela máquina do governo. Estamos lutando por aquilo que é justo, pelos nossos direitos, ao contrário deles, que defendem o que é pior para nós e para a comunidade. Um forte abraço e força na luta!


"Anônimo:

Oi Euler gostaria de uma informação sobre a lei 100, quando efetivamos ficamos muito feliz porque conseguimos a estabilidade, mas logo percebemos que não era bem assim, que essa lei havia sido criada não para resolver um problema dos funcionários mais sim do governo, e logo em seguida descobrimos que ela é inconstitucional, e continuávamos como se fossemos designados, não tendo direito a nada. Agora com o novo decreto fala que temos os mesmos direitos dos efetivos concursados que inclusive não precisamos de fazer o concurso, que nossas vagas não será preenchida pelos concursados, será que podemos confiar agora, porque já ouvi que esse decreto também é inconstitucional e se um concursado passar no concurso pode entrar na justiça e pegar nossas vagas, porque eles serão protegidos pela constituição. Gostaria de saber a sua opinião sobre esse assunto, porque está difícil confiar no que nos é passado, porque vejo que não estão assumindo um compromisso com os educadores que nos dê realmente segurança,não sabemos se podemos confiar neles."

11 comentários:

  1. Euler, vou iniciar este comentário utilizando uma fala retirada do seu blog:
    “Muitos colegas efetivados lecionam há mais de 15 ou 20 anos no estado, são habilitados, já passaram por várias avaliações de desempenho, e muitos sequer tiveram a oportunidade de participar de concurso, dada à demora em abrir novos certames pelos diversos governos.”
    Pois bem, esta sua afirmação é estranha, como alguém que tem 15 ou 20 anos no estado não teve oportunidade de participar de concurso? Tenho colegas concursados com 10 anos de carreira, eu sou concursada e tenho quase 4 anos desde a minha nomeação. Isso significa que nesse período citado por você houve concursos. Como os colegas efetivados não tiveram oportunidade de fazê-los?
    É claro que os concursos foram poucos, mas existiram, então esta justificativa não procede. Passar por avaliações de desempenho, nós sabemos que não garante ser o professor habilitado, as avaliações são bem questionáveis.
    Outro ponto a ser visto é a maneira como o Governo de Minas se comporta quando se trata da carreira de educadores. Há pessoas de diversas áreas trabalhando como professores sem terem a devida formação. Qualquer um pode ministrar aulas, há engenheiro ensinando matemática, farmacêutico ensinando química, advogado ensinando português... Educação virou “bico” para quem não tem emprego na sua área ou quer complementar a renda. Aonde existe engenheiro praticando medicina, farmacêutico advogando ou advogado projetando casas?
    E a qualidade da educação?
    E a didática, a formação específica, o estágio curricular? Quando fui nomeada, tive meu diploma exigido.
    São absurdos e mais absurdos.
    Aí vem o questionamento da valorização da profissão de educador, mas se qualquer pessoa sem curso específico pode ser educador como é que fica?
    Prejudicados os alunos, o ensino não é de qualidade e, por fim, a Lei 100 efetivando sem critério. Tenho colegas que nem são formados e foram efetivados.
    Tudo isso sem citar o absurdo de ferir a Constituição Federal que diz ser preciso concurso para o ingresso no serviço público. É tudo uma grande vergonha, não se trata de discriminação contra efetivados, é a Lei!
    Os que não fizeram concurso, seja por qual motivo, possuem o direito e o dever de fazê-lo para que todos tenham o mesmo tratamento e que apenas os realmente habilitados ocupem os cargos. É preciso que acabe essa bagunça no estado, onde qualquer pessoa pode ser professor. É preciso que os concursos aconteçam!
    Nada disso é discutido, tudo é aceito passivamente e, só agora, por temerem perder direitos, os efetivos estão reclamando.
    Dizer que isso tudo deve ficar para depois, considero um engano, pois se o governo cumprir a Lei do piso, muitos profissionais desabilitados serão favorecidos e a educação continuará precária em qualidade.
    Um dos resultados da desvalorização dos profissionais da educação é o fechamento de vários cursos universitários, pois não há candidatos interessados numa profissão que padece de tantos males e pode ser exercida por qualquer pessoa desabilitada.
    São muitos aspectos a serem vistos e, só quando estes absurdos forem resolvidos é que os profissionais de educação (os verdadeiros profissionais de educação) poderão ser valorizados.

    Um abraço e obrigada pela sua contribuição sempre valiosa.

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  2. sou efetivada e nao vejo nenhuma descriminacao por parte dos efetivos.sabemos que esta errado e essa nova resolucao e de mentira para que nos efetivados voltemos a sala.ou entao poerque ele nao nos efetiva de vez?e claro que ele nao pode pois e ilegal.entao vamos acabar com esse medo de concurso e estudar para passar e termos direitos iguais.muitos foram para fora de sua cidade na epoca do concurso,vamos fazer o mesmo.agora quanto aqueles que dizem que ha muito tampo nao ha concurso nao e verdade,em 2001 foi realizado um,em 2004 outro por favor eu nao passei porque nao era a minha hora e nem a sua caia na real.nao somos burros apenas nao deu.

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  3. Boa Noite Prof Euler

    Muito oportuno o texto, poema retrata muito bem a realidade atual. tomara os colegas entendam e tomem posição!.
    Creio que o artigo abaixo completa bem o seu último post.
    E creio tb que já é mais que hora de se cobrar dos deputados uma posição clara sobre a Lei do Piso.
    Afinal o Governo é composto de Legislativo e Executivo e Judicário, claro! Dessa vez o Judicário não poderá declarar a greve ilegal, o que ele terá que fazer é declarar ILEGAL O GOVERNO QUE NÃO CUMPRE A LEI FEDERAL 11738/08 QUE DETERMINA O PAGAMENTO DO PISO PARA OS PROFESSORES! PISO = VENCIMENTO BÁSICO E NÃO É TETO DA REMUNERAÇÃO CONFORME DETERMINA A LEI DO SUBSÍDIO, APROVADA PELOS DEPUTADOS DE MG. SOS !

    JORNAL FOLHA DE SP 20/06/2011
    Três inúteis Poderes de Estado?
    CELSO LIMONGI

    A paz social exige seja nosso livre-arbítrio moldado. Ao Legislativo cabe moldá-lo. E o legislador é paradoxalmente dotado de arbítrio. Mas quem vai impedir o Estado, conhecido por seu vampirismo tributário, por exemplo, de exagerar na tributação?
    O legislador deve produzir leis para o bem comum da sociedade.
    Porém, produz leis para segmentos sociais próximos a ele. O legislador é atento e ágil, quando lhe interessa, na defesa de corporações e oligarquias. Editada uma lei, precisamos todos apurar quem está por detrás dela, a quem ela serve, ler a lei nas entrelinhas...
    O legislador tem o dever de ser imparcial. Mas, se ele produz uma lei parcial, protegendo certo segmento social, como fica o juiz, que deve ser imparcial? Aplicando uma lei parcial, será também parcial.
    Se o juiz for apenas a boca da lei, como um ser inanimado, estará cumprindo a missão democrática de destinar tratamento de igualdade a todos? Para Paulo Bonavides, os governantes são os autores da ingovernabilidade, porque "se apartaram da concretização dos fins que fazem legítimo o exercício do poder na complexidade social contemporânea".
    Falta aos governantes o senso ético de que deveriam trabalhar exclusivamente para o bem comum.
    Contudo, enquanto corporações se veem protegidas, a massa popular fica sem voz no Congresso: os 27 partidos políticos que deveriam representá-la pensam em seus próprios interesses.
    Estamos mais distantes do núcleo político das decisões, porque os eleitos não decidem.
    Decidem o mercado, a Bolsa de Valores, o FMI, o Banco Mundial, a reconhecer o ocaso da democracia representativa.
    O Executivo é o responsável pela "ruptura na adequação dos meios aos fins, do quebrantamento da unidade, harmonia, independência e equilíbrio dos Poderes" (Bonavides). O Executivo, na sua função típica, administra, mas legisla (poder de sanção ou veto) e, em muitos temas, só ele dispõe da iniciativa da lei. Expede medidas provisórias. ( OU LEIS DELEGADAS COMO EM MG)
    É o responsável pelo Orçamento. Dispõe de milhares de cargos comissionados, a favorecer a barganha política. Obriga o Congresso a deglutir projetos de seu interesse. (EM MG A ASSEMBLÉIA DE MG VOTA A FAVOR DO EXECUTIVO...ATÉ QUANDO ISSO? )
    O Judiciário assume vital importância na defesa dos direitos fundamentais do homem. Interfere gravemente no espaço reservado aos demais Poderes, ao controlar políticas públicas. Precisa, pois, de independência político-administrativa.
    Se instrumentos legais lhe faltam, são, porém, suficientes para que exerça com independência sua atividade, desde que não fique a bordejar, navegando sem rumo, por falta de vento nas velas, ou de coragem de seus juízes e, principalmente, dos tribunais superiores, que não devem se associar à tibieza do Legislativo e se conformar com a hipertrofia do Executivo...
    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2006201108.htm

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  4. Permitam-me, com toda humildade, citar uma frase do filosofo alemão barbudo:
    "Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência." - Karl Marx.

    Consciência de classe. Eis o x da questão!

    Ontem ao fazer o trabalho de mobilização em uma escola do turno da noite que ainda não aderiu ao nosso justo movimento grevista, antes de iniciar a conversa com os educadores(as) solicitei que chamassem as companheiras auxiliares de serviços e o pessoal do administrativo. Uma professora posicionou-se contra, argumentando ser desnecessário a presença desses setores. Educadamente, insisti na minha proposta e a professora ao ver que os outros colegas concordavam com a ideia se retirou da sala aos gritos: "Eles querem fazer é lavagem cerebral, manipular, usar como massa de manobra. Esse rapaz de cavanhaque (o único de cavanhaque era eu) é figurinha conhecida, cabeça de greve!

    A reunião continuou e foi razoável. Os colegas escutaram, fizeram questionamentos, críticas. Aproveitei a deixa e abordei a questão da consciência de classe, da gente se sentir como classe explorada e oprimida e que é preciso unificar e se solidarizar.

    Por isso que a greve é a escola política do trabalhador. Nela, as contradições, saltam-nos aos olhos.

    Precisamos de ter paciência e perseverança. Mas muitos irão dizer: "paciência tem limite!" Nesse caso, penso que não. Precisamos perseverar e apoiar nos que estão na luta. Os companheiros que não aderem a greve atrapalham? Sem dúvida que muito. Contudo, muitos não aderem por dúvidas e desinformações. Outros por egoísmo e ausência de consciência de classe. E muitos em função do receio, devido a miserabilidade e ao empobrecimento. Esses devemos encorajar e ter muita paciência.

    Esse o nosso maior desafio: trabalhar a consiciência de classe. E digo que as condições são boas, pois a nossa linha política é correta, os nossos argumentos são justo e temos como exemplo a combativa história de luta do proletariado mundial.

    Obs: Sugestão de leitura nesse feriado para manter o ânimo e a disposição: O romance "Subterrâneos da Liberdade" de Jorge Amado. O livro aborda a trajetória de luta dos comunistas durante a ditadura do Estado Novo de Vargas. Livro que se lê de uma sentada só!

    Rômulo

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  5. EULER ,NÃO VAMOS DESISTIR, MIREMOS NO EXEMPLO DOS COLÉGAS DE SC E, VAMOS LUTAR NEM QUE A GREVE DURE 90 OU, 100 DIAS.



    http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5197

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  6. Minas foi, é, e smpre será reconhecida pela luta a favor do direito de ser livre, cabeças já rolaram crimes mais perversos já ocorreram para impedir que os cidadãos se pronuncie. Vejo que a tirania persiste vestindo outras roupas, tirano vestidos de democratas. Usam sempre a educação para tirar proveito em época de eleição.Coitada, ela está igual profissionais do sexo , usam ,usam na época das campanhas políticas e depois descartam. Lula quando falava, a sua lingua enrolava ainda mais , porém era melhor do que dilma que se quer faz algum pronunciamento.Aécio e anastasia estorquiu dinheiro da coitada para construir cidade administrativa.
    Colegas vivemos à deriva, já levaram os nossos bienios, quinquênios só nos restam agora as nossas entranhas... Cuidado, pois, poderá ser a próxima, e voces que se acovardam diante do movimento vão ser os primeiros.

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  7. Olá Euler e demais companheiros: concordo com o colega acima: NÃO VAMOS DESISTIR enquanto não arrancarmos esse Piso miserável, diga-se de passagem (porque quem não sabe deve imaginar que estamos pedindo muuuuito dinheiro e que estamos inventando moda para não estarmos nas salas de aula, muitos sem saber que queremos apenas que se cumpra uma lei). Como disse o colega, que dure 100 dias essa greve, mas não vamos sair ludibriados, nem resignados muito menos perdedores. BASTA. Merecemos respeito do governo, da sociedade e temos dignidade para não sairmos com o rabinho entre as pernas conformados com nossa má sorte. Vamos virar esse jogo e deixar esse governador e secretárias de cabelos em pé, NÃO VOLTAMOS PARA A ESCOLA SEM O PISO. QUE ISSO CHEGUE AOS OUVIDOS DELES. SEM PISO, NÃO TEM AULA (ou ele que se vire para contratar milhares de professores para nos substituir, o que geraria grandes transtornos, dificuldades e confusão nas escolas..acho praticamente impossível ele arrumar tantos substitutos). Então não vamos TEMER nada, VAMOS ENFRENTE, COMO UM BATALHÃO, COMO AQUELES JOVENS QUE DESTITUÍRAM Collor, como aqueles guerreiros que colocaram fim à ditadura e como tantos outros lutadores que buscam seus ideais e lutam com unhas e dentes. NÓS VAMOS CONSEGUIR, CUSTE O QUE CUSTAR, DEMORE O TEMPO QUE FOR... ABRAÇOS E FORÇA NA LUTA À TODOS OS COLEGAS. NÃO TEMAM, NÃO SOMOS NÓS OS FORA DA LEI. ABRAÇOS.

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  8. Euler, neste momento chego cansada de uma manifestação dos profissionais da educação em Montes Claros. Sinto-me tão triste e revoltada que nem consigo rir das suas piadas.
    Desculpe-me. Sei que o momento é difícil para todos nós.

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  9. Oi Euler gostaria de uma informação sobre a lei 100, quando efetivamos ficamos muito feliz porque conseguimos a estabilidade, mas logo percebemos que não era bem assim, que essa lei havia sido criada não para resolver um problema dos funcionários mais sim do governo, e logo em seguida descobrimos que ela é inconstitucional, e continuávamos como se fossemos designados, não tendo direito a nada. Agora com o novo decreto fala que temos os mesmos direitos dos efetivos concursados que inclusive não precisamos de fazer o concurso, que nossas vagas não será preenchida pelos concursados, será que podemos confiar agora, porque já ouvi que esse decreto também é inconstitucional e se um concursado passar no concurso pode entrar na justiça e pegar nossas vagas, porque eles serão protegidos pela constituição. Gostaria de saber a sua opinião sobre esse assunto, porque está difícil confiar no que nos é passado, porque vejo que não estão assumindo um compromisso com os educadores que nos dê realmente segurança,não sabemos se podemos confiar neles.

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  10. OI EULER! Perguntar não ofende, então vamos lá:
    Por que o SindUTE de Varginha e de Santa Luzia têm blog. E sede central divulga no site o blog da coordenadora para informar noticia institucional? Não existe mais o SindUTE Central? Somos obrigados a acessar um blog pessoal para termos as informações oficiais em um blog pessoal? Qual seu comentário sobre isso?

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  11. Oi, Euler. Gostaria que o meu comentário, assim como os demais, aparecesse logo abaixo do seu post. Ele só aparece quando clico em comentários. Imagino que muita gente que lê o seu blog nem se importa de clicar em comentários, pois parece que estão todos na página do post. Obrigada.

    “ Professora disse...
    Euler, vou iniciar este comentário utilizando uma fala retirada do seu blog:
    “Muitos colegas efetivados lecionam há mais de 15 ou 20 anos no estado, são habilitados, já passaram por várias avaliações de desempenho, e muitos sequer tiveram a oportunidade de participar de concurso, dada à demora em abrir novos certames pelos diversos governos.”
    Pois bem, esta sua afirmação é estranha, como alguém que tem 15 ou 20 anos no estado não teve oportunidade de participar de concurso? Tenho colegas concursados com 10 anos de carreira, eu sou concursada e tenho quase 4 anos desde a minha nomeação. Isso significa que nesse período citado por você houve concursos. Como os colegas efetivados não tiveram oportunidade de fazê-los?
    É claro que os concursos foram poucos, mas existiram, então esta justificativa não procede. Passar por avaliações de desempenho, nós sabemos que não garante ser o professor habilitado, as avaliações são bem questionáveis.
    Outro ponto a ser visto é a maneira como o Governo de Minas se comporta quando se trata da carreira de educadores. Há pessoas de diversas áreas trabalhando como professores sem terem a devida formação. Qualquer um pode ministrar aulas, há engenheiro ensinando matemática, farmacêutico ensinando química, advogado ensinando português... Educação virou “bico” para quem não tem emprego na sua área ou quer complementar a renda. Aonde existe engenheiro praticando medicina, farmacêutico advogando ou advogado projetando casas?
    E a qualidade da educação?
    E a didática, a formação específica, o estágio curricular? Quando fui nomeada, tive meu diploma exigido.
    São absurdos e mais absurdos.
    Aí vem o questionamento da valorização da profissão de educador, mas se qualquer pessoa sem curso específico pode ser educador como é que fica?
    Prejudicados os alunos, o ensino não é de qualidade e, por fim, a Lei 100 efetivando sem critério. Tenho colegas que nem são formados e foram efetivados.
    Tudo isso sem citar o absurdo de ferir a Constituição Federal que diz ser preciso concurso para o ingresso no serviço público. É tudo uma grande vergonha, não se trata de discriminação contra efetivados, é a Lei!
    Os que não fizeram concurso, seja por qual motivo, possuem o direito e o dever de fazê-lo para que todos tenham o mesmo tratamento e que apenas os realmente habilitados ocupem os cargos. É preciso que acabe essa bagunça no estado, onde qualquer pessoa pode ser professor. É preciso que os concursos aconteçam!
    Nada disso é discutido, tudo é aceito passivamente e, só agora, por temerem perder direitos, os efetivos estão reclamando.
    Dizer que isso tudo deve ficar para depois, considero um engano, pois se o governo cumprir a Lei do piso, muitos profissionais desabilitados serão favorecidos e a educação continuará precária em qualidade.
    Um dos resultados da desvalorização dos profissionais da educação é o fechamento de vários cursos universitários, pois não há candidatos interessados numa profissão que padece de tantos males e pode ser exercida por qualquer pessoa desabilitada.
    São muitos aspectos a serem vistos e, só quando estes absurdos forem resolvidos é que os profissionais de educação (os verdadeiros profissionais de educação) poderão ser valorizados.

    Um abraço e obrigada pela sua contribuição sempre valiosa."

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