terça-feira, 29 de março de 2016

Sem votos, canalhas da direita insistem em levar o poder no golpe. E o estado paralelo de Curitiba, cujo juiz virou herói da direita? Que piada! Dia 31, todos às ruas em defesa da democracia!





Não houve pronunciamento em canal de rádio e TV, a pedido da AGU. Mas, na Internet, eis a mensagem da presidenta Dilma.



Pronunciamento do ex-presidente Lula. Ainda hoje à noite, dia 15, haverá pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV da presidenta Dilma.



Assista ao vídeo e conheça um pouco o homem que traiu a presidenta Dilma, traiu o povo brasileiro, enfim, que votou nele como vice da presidenta Dilma, para que ele ficasse do lado dela nas horas difíceis e não passasse a conspirar contra o governo. Um golpista, aliado de Eduardo Cunha, que quer se tornar presidente sem voto popular.







Um aulão de português e de cidadania. Vejam.


Atualizando (11/04/2016) - Nesta segunda, 11, enquanto os deputados golpistas - e os legalistas em bom número - votavam o relatório do golpe chamado de impeachment, cerca de 50 mil pessoas marcaram presença no ato "Cultura Pela Democracia", no bairro da Lapa, Rio de Janeiro. Centenas de artistas, entre os quais Chico Buarque e Beth Carvalho, lideranças dos movimentos sociais, como João Pedro Stédile (MST) e Guilherme Boulos (MTST), além do ex-presidente Lula, compareceram ao ato em defesa da democracia e contra o golpe em curso no Brasil. 

A votação final do golpe deve acontecer no próximo dia 17, domingo, quando haverá manifestações em todo o Brasil, tanto a favor do golpe, quanto em defesa da democracia. Entre os golpistas, destacam-se figuras como: Aécio Neves, Eduardo Cunha, Ronaldo Caiado, Marco Feliciano, Michel Temer - o Joaquim Silvério -, além de entidades como FIESP, GLOBO, BAND, ITATIAIA, OAB e ativistas do aparato estatal como Gilmar Mendes, juiz Moro e sua equipe de delegados da PF e de procuradores, além de Rodrigo Janot. TODOS GOLPISTAS! 

Como já ficou claro para as pessoas mais lúcidas, independente de partido ou posição ideológica, não há fundamento jurídico para o golpe. Dilma não cometeu crime de responsabilidade, sem o qual, não pode ser vítima de impeachment. As desculpas de que ela tem baixa popularidade, de que não está fazendo um bom governo, etc., não podem servir de pretexto para derrubá-la, pois ela foi eleita com 54 milhões de votos para um mandato de quatro anos. As pessoas têm todo o direito de criticá-la e até fazer campanha contra ela em 2018, quando ocorrerão novas eleições. Mas, devem respeitar o calendário eleitoral e a vontade expressa nas urnas pela maioria do povo brasileiro.

Contudo, a oposição de direita, derrotada em 2014, até hoje não aceitou a derrota e procura um meio de encurtar o caminho para o assalto ao poder sem a aprovação eleitoral que consta da nossa constituição federal. É o golpe!

O golpe em forma de impeachment, se vingar, além de derrubar uma pessoa honesta, vai levar ao poder uma verdadeira quadrilha de bandidos. A maior parte dos que estão votando em favor do impeachment está envolvida nos esquemas da lava-jato. Muitos deputados tiveram suas campanhas eleitorais financiadas pelo caixa do operador-mor do PMDB, Eduardo Cunha, que arrecadou milhões de dólares. Consta também que a FIESP recolheu fundos de vários grandes empresários para financiar o golpe. É essa gente, sem qualquer compromisso com o povo brasileiro, e que pretende confiscar salários e destruir as conquistas sociais e trabalhistas do povo brasileiro, que está à frente do golpe.

Seria bom que as pessoas acompanhassem quem são os deputados golpistas. Clique aqui para conhecer a relação completa, de cada estado, e veja se o candidato que você votou não está na lista dos traidores do povo brasileiro. Minas é um dos estados com maior número de deputados golpistas. Uma vergonha para o nosso estado, que desempenhou papel negativo no golpe de 1964 e que agora novamente envia para o congresso uma turma de golpistas, que querem acabar com a democracia brasileira, sob pretextos os mais calhordas e cínicos. Dizer que querem combater a corrupção é uma verdadeira piada, ainda mais quando a maioria deles come nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, o honestíssimo Eduardo Cunha, correntista dos bancos suíços e presença garantida nas principais listas de doadores do Brasil - Odebrecht, Furnas, Panamá, etc.

A falta de compromisso dessa gente com a história de luta do nosso povo, com as conquistas que estão ameaçadas e com a própria soberania do Brasil, uma vez que faz parte da agenda dos cabeças do golpe entregar o pré-sal e destruir as leis trabalhistas, só se explica pelas promessa$$$$$ que devem ter recebido. 

Pouco mais de três centenas de deputados irresponsáveis estão prestes a anular os votos de 54 milhões de pessoas; estão prestes a destruir o pouco do que resta da nossa democracia, duramente conquistada pelo povo brasileiro. Vão ter que responder por isso, mais cedo ou mais tarde, perante o tribunal da História

O problema todo é que as consequências desse ato lesivo aos interesses do nosso povo podem atravessar muitos anos. Como aconteceu com o golpe de 1964, quando se dizia que queriam apenas afastar o risco do comunismo e combater a corrupção para em seguida, em curto tempo, devolver ao país a "normalidade democrática". O golpe durou 21 anos. Centenas de pessoas foram presas, torturadas, exiladas, executadas, algumas continuam desaparecidas até hoje. A corrupção aumentou, embora não tenha aparecido nas telas da Globo, que apoiou também aquele golpe. Agora é ainda pior para  o povo brasileiro, pois essa gente que tenta derrubar a presidenta Dilma quer privatizar tudo, quer destruir as leis trabalhistas e acabar com as conquistas sociais dos de baixo. Vão "devolver" um Brasil aos frangalhos, depois de se locupletarem no poder.

É hora, portanto, de defender a democracia, de mostrar aos familiares e amigos os riscos que corremos com as aventuras irresponsáveis dessa elite brasileira, que armou um golpe que se arrasta desde a vitória de Dilma em 2014. Um golpe judicial, policial e político, que juntou golpistas em várias frentes: do juiz Moro e sua operação caça-PT que já dura dois anos, com total parceria e cobertura da Globo e demais órgãos da mídia golpista; do ministro Gilmar Mendes e sua atuação partidária tucana no STF; do deputados Eduardo Cunha, que usou o impeachment como instrumento para se livrar das pesadas e comprovadas denúncias do envolvimento dele com inúmeras práticas não republicanas; até a manipulação de milhares de pessoas que desfilaram aos domingos, sob a convocação da Globo, fazendo o jogo da direita corrupta e golpista, em nome do combate seletivo à corrupção.

Esperamos, portanto, que o golpe - ou esta etapa do golpe - em forma de impeachment seja derrotado no dia 17. Assim como esperamos que a presidenta Dilma, superada esta etapa, mude radicalmente os rumos do seu governo, adotando políticas de geração de emprego e renda, mais investimentos sociais e menos cortes e ajustes neoliberais. A base social de sustentação ao governo é de esquerda e popular, como reconheceu o ex-presidente Lula hoje no ato da Lapa. É para esta base social que a presidenta Dilma tem que governar, e não para atender ao chamado mercado, cujas figuras estão sempre prontas para sugar até a última gota de sangue do nosso povo. É hora de formar os grupos de mobilização e de participação nos atos em defesa da democracia. Viva o povo brasileiro! Os golpistas não passarão!

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Agora, ao vivo, ato contra o golpe no Rio de Janeiro (dia 11, às 18h14). Assistam!




Um discurso necessário, importante, proferido pelo valente líder do MTST - movimento dos trabalhadores sem-teto - no dia 16 de março, no TUCA - Teatro da Universidade Católica de SP. Guilherme Boulos é crítico do governo Dilma, sobretudo neste segundo mandato, mas sabe muito bem separar as coisas: criticar os equívocos do governo, sim; compactuar ou ser conivente ou se omitir diante dos ataques da direita contra as conquistas do nosso povo, não! Vejam o vídeo. Haverá resistência sim! Já está havendo, aliás. Viva o povo brasileiro consciente e de luta!

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As melhores cabeças - e vozes - do Brasil estão contra o golpe. Basta olhar as fotos dos golpistas - Moro, Aécio, Feliciano, Agripino, Gilmar Mendes, Lobão, Bolsonaro, Temer, Eduardo Cunha, Paulinho da Farsa, Caiado, GLOBO, FIESP, ITATIAIA, OAB - para saber quem são os inimigos do povo brasileiro. Nós estaremos na outra trincheira, ao lado dos de baixo, CONTRA O GOLPE!


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Tico Santa Cruz no Ato pela democracia, ontem, 5, no Rio. A luta contra os golpistas ganha força a cada dia. Milhares de artistas, intelectuais, poetas, sem-terra, assalariados de todo o país se mobilizam contra o golpe e em defesa das conquistas sociais e trabalhistas hoje ameaçadas pela direita e sua mídia. Vejam o vídeo, que homenageia também o cantor Cazuza.



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Atualização em 03/04/2016 - Os golpistas sentiram o impacto das mobilizações realizadas nos dias 18 e 31 de março, quando milhares de pessoas foram às ruas para dizer "Não Vai Ter Golpe!". Tanto no Brasil quanto no exterior, houve manifestações contra o golpe, seja na forma de Impeachment ou qualquer outra. 

Ainda no dia 31, o STF lascou uma reprimenda no juiz Moro, que cometeu ilegalidade ao gravar e divulgar conversas da presidenta Dilma. No dia seguinte, em retaliação e para tentar se manter na crista da onda, Moro e sua equipe deflagraram mais uma fase da operação caça-PT. Militantes e ex-militantes deste partido foram presos e o juiz e sua equipe retomaram o caso da morte de Celso Daniel, assunto já praticamente esquecido e que nada tem a ver com o foco da lava-jato. Das 27 fases da chamada operação lava-jato, TODAS foram dirigidas contra o PT, contra a Petrobras, contra o governo Dilma. NENHUMA foi dedicada a prender os caciques do PSDB ou do DEMO, apesar das inúmeras delações premiadas e listas envolvendo esses personagens. O que confirma o caráter SELETIVO do tal combate à corrupção dessa força-tarefa, que mais parece um estado paralelo. 

Mas, o que mais chama a atenção é o despertar das consciências e as inúmeras manifestações de diferentes grupos de pessoas e movimentos sociais CONTRA O GOLPE. Haverá resistência, isso eles já perceberam. E fica cada vez mais claro que não se pode, a pretexto de querer combater a corrupção (embora seletiva e partidária), destruir a democracia duramente conquistada pelo povo brasileiro. Querem conquistar a presidência da República? Esperem chegar 2018 e apresentem propostas que convençam a maioria da população. Do contrário, é golpe. 

E o golpe tem objetivos muito bem definidos, inclusive nas propostas apresentadas pelos financiadores e articuladores desse assalto ao governo, como a FIESP - que levanta fundos públicos para comprar deputados que queiram votar em favor do Impeachment; ou como o vice traidor Temer, do PMDB, que ao invés de defender o governo com qual se elegeu se uniu aos golpistas e já defende reformas neoliberais, como o fim do subsídio às políticas sociais, o estado mínimo, abrindo caminho para a privatização generalizada da Saúde, da Educação, do pré-sal; "flexibilidade" nas leis trabalhistas, outro nome que dão ao confisco dos direitos trabalhistas duramente conquistados; congelamento do salário mínimo, entre outras maldades que farão, caso consigam derrubar a presidenta Dilma. 

Portanto, a luta do momento é pelo combate ao golpe, em defesa da democracia, do estado democrático de direito e das garantias constitucionais. Num segundo momento, vencida esta batalha, será a hora de cobrar do governo Dilma um outro rumo, mais à esquerda, capaz de maiores investimentos nas políticas sociais, na geração de emprego e renda. Com o governo Dilma renascendo das cinzas, será possível que haja uma virada à esquerda. Já no outro lado da trincheira, a do golpe, o que se pode esperar é apenas mais confisco salarial, mais desemprego, mais perdas para os de baixo. 

Não há, portanto, espaço para ficar em cima do muro. Quem disser a vocês que é contra tudo e todos porque tudo é a mesma coisa, no fundo e na prática está fazendo o jogo da direita. Apenas com um discurso mais radical na forma, já que no conteúdo essas pessoas agem tal como as forças da direita, que estão ligadas aos interesses do imperialismo norte-americano. É só olhar quem está apoiando o golpe: FIESP, OAB, GLOBO, ITATIAIA, Moro, Cunha, Aécio, Agripino, Caiado, Temer, Gilmar Mendes, FHC, entre outros. Ou seja, o que há de pior na vida política brasileira. Essa gente não quer nada de bom para o povo brasileiro. Estar do lado deles, mesmo que com um discurso dissimulado, com aparência radical, é estar do lado das classes dominantes, que querem beber o sangue dos de baixo.


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Artistas denunciam o golpe:



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Porque hoje é sábado, 2, e amanhã será domingo, claro, rs, que tal um pouco de humor? Dois vídeos que encontramos na Internet nos mostram, com humor, um pouco do que a mídia golpista e a justiça seletiva da Vara de Curitiba tentam esconder.





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Sem votos, canalhas da direita insistem em levar o poder no golpe. E o estado paralelo de Curitiba, cujo juiz virou herói da direita? Que piada! Dia 31, todos às ruas em defesa da democracia!

O Brasil vive os momentos finais do golpe anunciado já há algum tempo. As novas gerações não têm ideia da luta que foi derrubar uma ditadura depois de 21 anos e construir, mesmo de forma limitada, cada tijolo da atual democracia. Muitos deram a vida, muitos foram presos e torturados, outros desapareceram para sempre. Muito sangue e suor encharcou as ruas do Brasil em defesa da democracia, das garantias constitucionais, do estado democrático de direito, que hoje são espezinhados por mafiosos com o discurso falso moralista de combate à corrupção.

Que falta faz ao nosso povo, a uma parte, pelo menos, conhecer a melhor a História do país onde vive, as identidades culturais, o passado dessa gente que hoje ataca o governo como se santos fossem. Os milhares que saíram às ruas exigindo a derrubada do governo Dilma e a volta da ditadura, em nome do combate à corrupção, são verdadeiros analfabetos políticos. Pior até. São os alfabetizados pela Globo, pela Band, pela Veja, pela Rádio Itatiaia, entre outras, todas elas envolvidíssimas no golpe em curso no Brasil. E em outros golpes, caso da Globo, principalmente.

Os argumentos para a derrubada do governo Dilma são os mais cretinos. Não há de fato uma única acusação formal contra Dilma, de prática criminosa, de ter recebido propina, de ter dinheiro em bancos da Suíça, de ter sido conivente com corrupção, práticas essas que estão ligadas a TODOS os parlamentares que agora tentam derrubá-la. Uma verdadeira quadrilha se formou no congresso nacional, encabeçada pelo presidente Eduardo Cunha, chamado pelo procurador Janot de “corrupto e delinquente”.

 As tais pedaladas fiscais, já explicamos aqui antes, nada mais são do que o manuseio de verbas orçamentárias para pagar despesas como o programa Bolsa Família – ou seja, a presidenta lança mão de recursos da Caixa Econômica Federal para pagar despesas das políticas sociais e depois devolve estes recursos com a receita dos impostos. Não se trata de roubo, nem desvio, nem de corrupção, nem coisa alguma, apenas o cumprimento de compromissos orçamentários da União.

Imaginem se fossem levar a sério as tais pedaladas? FHC e Lula praticaram as pedaladas e suas contas foram aprovadas pelo Congresso Nacional, o mesmo congresso que agora usa este pretexto fajuto para derrubar a presidenta eleita legitimamente pelo povo brasileiro. A maioria dos governadores praticaram e praticam pedaladas e suas contas não mereceram qualquer reparo dos tribunais de contas. Aliás, o chefe do TCU – Tribunal de Contas da União –, que liderou o golpe das pedaladas contra Dilma é citado por delatores da lava-jato como beneficiário de propinas. Mas, quem, entre os que querem derrubar a presidenta Dilma, não está envolvido em práticas de corrupção, desvio de recursos públicos, caixa dois, recebimento de propina e sonegação de impostos?

As pessoas podem até não estar de acordo com o governo Dilma; podem não gostar de Lula ou do PT. Eu mesmo, pessoalmente, não concordo com várias medidas tomadas por Dilma neste segundo mandato. E tenho sérias críticas ao PT em relação à omissão deste partido para com os principais problemas estruturais do Brasil, que não foram atacados, como: a manutenção do criminoso monopólio da mídia; a reforma agrária reclamada pelos sem-terra; maior atenção aos sem-teto; uma reforma política que rompesse com a mercantilização eleitoral, entre outras.

Contudo, não se trata de defender o governo Dilma, apenas, mas a democracia do país, o estado democrático de direito, as garantias constitucionais hoje já rompidas por práticas ilegais cometidas por juízes, procuradores, delegados da PF em parceria com a Globo e afins. Um verdadeiro golpe de estado arquitetado pelo donos do PIB brasileiro e colocado em prática por este conjunto de atores que têm larga ligação histórica com o golpismo, com os interesses da Casa Grande, contra os de baixo, sempre.

O golpe de estado no Brasil foi construído assim, em muitas frentes, de forma a dissimular quem são os seus autores e quais são seus reais objetivos. Na aparência, a operação lava-jato, por exemplo, foi criada e alimentada pela parceria Moro-Globo como se estivesse voltada para o combate sem trégua à corrupção. Milhares de pessoas ainda acreditam nisso piamente. A Globo premiou o juiz Moro e tem canal aberto com ele, e vice-versa, numa promíscua e vergonhosa relação entre um magistrado e um meio de comunicação.

O caso mais gritante, aliás, os dois casos mais vergonhosos foram os ataques ao ex-presidente Lula, o que revelou a essência golpista desta operação judicial-policial-midiática. Primeiro veio a condução coercitiva do presidente Lula, na verdade um sequestro, já que ele não havia sido sequer convidado a depor anteriormente. A Lei brasileira não permite que as pessoas sejam levadas de forma forçada, desde que não sejam pegas em flagrante delito, ou sem que antes elas sejam intimadas judicialmente, e caso se neguem a prestar depoimento, aí sim, elas podem ser conduzidas de forma coercitiva.

Lula foi sequestrado de madrugada, com os holofotes das TVs já prontos para registrar as cenas novelescas deste ato ilegal. Dizem que o objetivo era conduzir Lula até Curitiba, onde um comitê de recepção já o aguardava para mantê-lo preso. Consta que Lula teria sido salvo por um coronel ou capitão da Aeronáutica, que teria impedido a prisão do ex-presidente, pois a Polícia Federal não apresentara um mandado de prisão. E, portanto, Lula depôs no aeroporto mesmo e foi liberado em seguida, frustrando a iniciativa da prisão de Guantánamo de Curitiba, o que seria oferecido aos malucos dos protestos aos domingos, convocados pela Globo, pela Itatiaia, pela Band, como um troféu.

Ao contrário disso, este ato ilegal provocou revolta em milhares de cidadãos brasileiros. Muitos perceberam que a tal operação lava-jato, ao contrário do que se dizia, queria mesmo era criminalizar o presidente Lula, mesmo sem prova alguma contra ele, detonar e derrubar o governo Dilma, detonar o PT e abrir caminho para a entrega da Petrobras e do pré-sal para os grupos de rapina internacionais. Quem vocês acham que estão por trás deste golpe?

O segundo ato irresponsável do estado paralelo de Curitiba, chamado de força-tarefa, foi o grampo ilegal da presidenta Dilma com o presidente Lula. Aquilo extrapolou todos os limites. Num país sério estariam presos os donos da Globo, o juiz Moro e sua equipe de procuradores e delegados da PF. Mas, como o Brasil está dominado por um mafioso monopólio midiático que controla as narrativas que são divulgadas para o grande público e ainda por cima chantageiam as instituições, como o STF, o CNJ e a PGR, nada aconteceu.

O juiz Moro e sua equipe grampearam o presidente Lula, sua família, seus advogados (algo ilegal em qualquer país democrático) e, desconfia-se, até mesmo o Palácio do Planalto. Após resistir muito, Lula havia aceito o convite da presidenta Dilma para o cargo de Ministro-chefe da Casa Civil. Um dia antes da posse, marcada para 17 de março, a presidenta ligou para Lula para um diálogo curto – basicamente para dizer que mandaria o termo de posse para que ele assinasse caso não pudesse comparecer pessoalmente. A nomeação de Lula já havia sido publicada no Diário Oficial, ou seja, Dilma já estava conversando praticamente com o ministro nomeado. O juiz Moro, diante da nomeação de Lula para ministro, havia mandado suspender o grampo telefônico na casa do ex-presidente. Isto por volta de 11h da manhã do dia 16. Por volta das 13h, Dilma telefona para Lula. A Polícia Federal grava a conversa dos dois, já sem autorização judicial. Neste caso, cometeram duas ilegalidades: gravar sem autorização judicial o presidente Lula e gravar conversa da presidenta, o que fere a constituição e a Segurança Nacional. Só o STF tem poder para autorizar o grampo da presidenta da República, e assim mesmo com muito critério.

E o que fez a PF, hoje praticamente a serviço do golpe – com as devidas e honrosas exceções? Por volta de 15h, de posse das gravações ilegais, os delegados da lava-jato levaram ao conhecimento do juiz Moro o conteúdo dessas gravações. Qual deveria ser a atitude de um juiz que fosse zeloso com o cumprimento da Lei? Primeiro, mandaria apagar as gravações que ele próprio desautorizara algumas horas antes; segundo, mandaria prender os delegados da PF, por abuso de poder, prática ilegal e por colocar em risco a Segurança Nacional. Ao contrário disso, o que fez o sr. Juiz, paladino da direita golpista? Tratou de entregar as gravações no mesmo dia para a Globo, que imediatamente produziu seu noticiário de forma a insuflar o povo brasileiro contra Lula, contra o governo, contra o PT. Algo de uma irresponsabilidade sem igual. Poderia ter acontecido muitas mortes, o país poderia ter iniciado uma guerra civil por conta desse ato destemperado e absolutamente ilegal de um magistrado e de uma emissora que é concessão pública e que abusa do monopólio midiático que detém.

Nas 24 horas do dia a mídia brasileira se dedica a atacar o governo, a dizer que a economia vai de mal a pior, a focar e atribuir toda a culpa de todos os problemas da humanidade ao PT, ao governo Dilma e a Lula. Por que esse ódio seletivo todo contra esses personagens? Um cidadão inteligente haverá de desconfiar.

A seletividade da operação lava-jato foi uma coisa impressionante. Qualquer delação contra pessoas ligadas ao PT era imediatamente investigada nos mínimos detalhes. Chegaram ao absurdo de investigar a compra de um barquinho de lata pela esposa do ex-presidente Lula. Enquanto as várias delações de recebimento de milhões de reais em propinas contra os caciques tucanos eram simplesmente arquivadas. Nenhuma investigação. A mídia blindava, os juízes se calaram, os procuradores diziam que aquilo não vinha ao caso. Um combate seletivo à corrupção, como faz a mídia, como fez o juiz Moro e sua equipe, é o mesmo que ser conivente com a corrupção. Pois aceitar a corrupção de alguns e recusar apenas as supostas práticas ilegais dos inimigos políticos é sinônimo de safadeza, algo que podemos chamar de moralistas sem moral, ou imorais.

Já haviam feito isso com a Lista de Furnas, que esconderam. Há poucos dias saiu a Lista da Odebrecht, com mais de 300 nomes de políticos que teriam recebido dinheiro legal ou de caixa dois da empreiteira. Para o azar dos operadores da lava-jato e da Globo, nesta lista os nomes de Lula e Dilma não aparecem. Mas, os de Aécio, Serra, Alckmin, Agripino, Eduardo Cunha, Paulinho da Força, todos estes que estão na linha de frente do golpe, aparecem como beneficiários dessa lista. Como aparecem também na Lista de Furnas. As duas listas estão praticamente arquivadas, pois não interessa aos paladinos da ética e da moral que a operação lava-jato fuja da narrativa que eles montaram para prender e condenar petistas apenas: o tesoureiro, o marqueteiro, o ex-presidente do partido, só faltando agora o presidente Lula.

É essa turma, honestíssima, como se vê, que encabeça o golpe nas várias frentes: no judiciário, no parlamento, na mídia, na Polícia Federal. Caso o golpe do impeachment se concretize, assistiremos a um festival de cinismo, com a união entre PSDB e PMDB, que reunirá Cunha, Temer, Serra e Aécio num governo apoiado pela Globo e afins, que vão encher o bolso de recursos, repartir os cargos entre si e colocar em prática o único programa que eles conhecem: arrocho salarial, congelamento do salário mínimo, fim das políticas sociais, terceirização generalizada, doação da Petrobras e do Pré-sal para os gringos, repressão policial, criminalização dos movimentos sociais e o fim do combate à corrupção. Aliás, este assunto desaparece da mídia no dia seguinte, a não ser, claro, contra o PT, contra Lula, que continuarão alvos da fúria desses paladinos da direita.

Claro que eles ainda não combinaram com os russos sobre os acordos que eles estão acertando pelo alto. Fiesp, Moro, Globo, OAB, todos eles tradicionais golpistas, unem-se nesta aliança que não tem nada de santa, para derrubar um governo eleito democraticamente. Certamente que haverá resistência e reação a este ataque golpista ao povo brasileiro, que elegeu uma presidenta e que vê o seu desejo, expresso nas urnas, ser vilipendiado por bandidos, como os que estão no parlamento, e que querem derrubar a presidenta para escapar da prisão. 

No próximo dia 31, quando completam 52 anos do golpe de 1964, as parcelas mais conscientes do povo brasileiro vão se levantar contra este novo golpe em curso no país. Aliás, em vários países grupos e movimentos sociais começam a se mobilizar, como acontece no Brasil, contra os ataques da direita à democracia brasileira. Movimentos sociais como CUT, MST, MTST e UNE, além da CNBB, de várias religiões, de milhares de intelectuais, artistas, escritores, grupos de Hip Hop e outros da periferia, Movimento Negro, LGBT, das Mulheres, enfim, de toda essa diversidade cultural que caracteriza as ricas identidades do povo brasileiro estão se mobilizando contra o golpe. Se vingar, será um golpe sem voto e com o apoio da elite e mais alguns iludidos ou lobotomizados pela mídia golpista, que vai lucrar muito com a derrubada do governo Dilma. Estes golpistas não agem por idealismo coisa alguma; tratam o golpe como negócio, como a máfia trata seus acordos, como “negócio” que vai render muito lucro para alguns e desgraça para a maioria do nosso povo. 

Ainda que de forma limitada e até com equívocos de gestão, o Brasil vinha avançando nos últimos anos nas políticas sociais. Quarenta milhões de brasileiros e brasileiras – uma Argentina inteira! - foram retirados da miséria e da fome; milhares de pessoas de baixa renda, negros, pobres, que nunca tinham vez, começaram a ter acesso ao ensino superior e ao serviço público nos diversos escalões, graças, em parte, às políticas de cotas; o programa Mais Médicos incluiu mais de 60 milhões de pessoas no atendimento médico nos grotões do Brasil e nos locais onde o serviço público não alcançava essa enorme parcela da população; milhões de pessoas adquiriram sua casa própria, graças ao financiamento público; durante mais de 10 anos, o Brasil experimentou um crescimento econômico combinado com pleno emprego e aumentos salariais, inclusive do salário mínimo. Todas essas conquistas, além de outras, estão ameaçadas. O grupo que pretende assaltar o governo sem voto certamente vai destruir as leis trabalhistas e as próprias conquistas dos servidores públicos, incluindo a estabilidade que hoje é assegurada aos concursados.

Ou seja, o golpe não é para acabar com a corrupção – coisa que somente agora, nos governos petistas, vem sendo combatida –, mas, ao contrário, é para abafar a corrupção dos golpistas e colocar em prática as políticas neoliberais que vão destruir todas as conquistas de décadas do povo brasileiro, dos de baixo.

Diante disso, é hora de nos mobilizarmos; de convocarmos a população para resistir, para engrossar as fileiras das manifestações do dia 31 de março; para dialogar e explicar didaticamente aos alunos, aos vizinhos, aos colegas de trabalho sobre o real conteúdo deste momento. É preciso desmascarar esses canalhas travestidos de comentaristas da mídia – com raras e brilhantes exceções – e que são muito bem pagos para justificar as narrativas e práticas golpistas. Eles estão a serviço da Casa Grande, como sempre estiveram. Por isso é preciso muito diálogo com a população e participar das lutas e mobilizações em defesa da democracia, das garantias constitucionais e das conquistas sociais e trabalhistas do povo brasileiro. Vamos à luta! Os golpistas não passarão! NÃO VAI TER GOLPE!

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

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MST

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10 comentários:

  1. Já que o PMDB entregou os cargos para a presidente, mas afinal, o Temer já renunciou a vice presidência? Se não, então faltou coerência! A maioria da população que votou em Dilma, não aceita que ela seja substituída pelo seu vice.

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  2. Pesquisa mostra que 56% não querem impeachment; 83% não querem Temer
    02/04/2016 Miguel do Rosário
    1436990929876
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    E ainda tem mais essa: o consórcio golpista, através de seus institutos de pesquisa (Datafolha, principalmente), tem manipulado descaradamente as sondagens da população sobre o impeachment. A pesquisa de um instituto diferente, externo ao consórcio golpista, mostra uma realidade distinta. A maioria da população não quer o impeachment. Isso ajuda a explicar o sucesso surpreendente das manifestações contra o golpe.

    A pesquisa do IG revela ainda que a população não quer Michel Temer. Ou seja, se a situação já está difícil para Dilma, que tem a legitimidade das urnas, ficaria ainda mais complicada com Michel Temer, que seria considerado um usurpador, um golpista.

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    No Portal IG.

    56% são contra impeachment e 83% não querem Temer na Presidência, diz pesquisa

    Amostra do instituto de pesquisas Dizgoo sobre a crise política foi realizada entre leitores do portal iG e contou com a participação de 3.985 internautas entre 30 e 31 de março

    Apesar da polarização entre grupos politicamente antagônicos e dos números negativos sobre a aprovação do governo federal em amostras recentes, levantamento do instituto de pesquisa Digzoo feito entre os leitores do portal iG mostra que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é uma medida vista de forma tão positiva pela população brasileira.

    De acordo com 56% dos leitores do iG que participaram do levantamento, Dilma não deve deixar a Presidência da República. O cenário fica ainda mais dramático para os opositores ao governo federal quando a análise é em cima da possibilidade de o vice-presidente, o peemedebista Michel Temer, assumir o cargo caso o impeachment seja aprovado.

    O levantamento mostra que 83% dos internautas não ficariam felizes com Temer, principal patrocinador do rompimento do PMDB com o governo federal, ocupando a Presidência. Além disso, 81% deles não acreditam que um eventual mandato do peemedebista solucionará a atual crise política do País.

    Ao mesmo tempo, 75% dos entrevistados não confiam que Temer conseguirá fazer a economia melhorar em curto prazo na Presidência e um total de 80% não acredita que a corrupção diminuirá em um governo peemedebista.

    Em relação aos pontos abordados, as vozes mais dissonantes são as dos leitores com mais de 65 anos. Entre eles, 63% são favoráveis ao impeachment, 70% acreditam que a economia melhora com Temer, 73% acham que a crise política acaba com o peemedebista, 66% apontam que a corrupção diminui com o vice assumindo o cargo de Dilma e 73% ficariam felizes com ele na Presidência.

    Realizada entre 30 e 31 de março, após o desembarque do PMDB do governo e os protestos dos apoiadores de Dilma realizados em todo o Brasil, a amostra do instituto de pesquisas Digzzo em parceria com o iG contou com a participação de 3.985 internautas.

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    Publicado em: Política

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  3. Pelo que entendi, o projeto enviado para votação na Assembléia, verdade, não é reajuste mas sim abono. Alguém poderia me esclarecer isto?

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  4. Um deputado do PDT pronunciou no seu discurso que a maioria dos brasileiros é a favor do impeachment, mas esqueceu que essa maioria da população brasileira que ele diz, é da elite. O Brasil tem mais pessoas necessitadas que pessoas privilegiadas, logo a maioria dos brasileiros num todo é contra o golpe. E quem comparece nas manifestações a favor do golpe e pede a renúncia da presidente, é quem votou contra a Dilma. Então falácias e pressão não vão intimidar e nem contaminar a maioria do povo humilde brasileiro, e nem tirar as oportunidades que são favorecidas a classe sofrida dos trabalhadores. Vamos abraçar a causa e ajudar a presidenta passar o País a limpo. Força Dilma! A sua vitória é nossa também. Se tiver que votar de novo eu voto no PT.

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    1. Concordo!!!! Eu também!!!!!Essa rasteira não dará certo.Eles tem que ganhar no voto, coisa que não acontecerá nunca.

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  5. Quero viver no meu Brasil.
    Quero um país melhor.
    Acredito que esta marcelinha vai passar.
    Acredito que o feitiço vai virar contra o feiticeiro.
    E nós brasileiros seguiremos nossas vidas,realizando nossos sonhos.
    Mas...teremos a certeza de que ficaremos bem mais espertos pois,sabemos que não política, muitos anos usam como uma máfia

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  6. Querem ganhar a eleição no tapetão essa Elite travestida de amor a pátria e contra a corrupção. Os maiores corruptos são essa Elite nervosa que não aceita até hoje o resultado das eleições. Aceitar o resultado seria bom, aceita que dói menos.Respeita o resultado nas urnas e acabe com essas palhaçada de Impeachment, pois não há crime de responsabilidade da nossa Presidenta Dilma.Não vai ter Golpe,vai ter luta.Joaquim

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  7. Com medo do impeachment não sobreviver, parlamentares partem para o Planalto com o intuito de pressionar e causar pavor a presidenta. Sabe de nada mesmo não, inocentes!

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  8. O rumo da nação não estará mais na decisão da maioria da população vencedera nas eleições. O quadro inverteu e os parlamentares da câmara na oposição, por se acharem mais capazes que os cidadãos comuns, assumem para que banda levará o País. Olha o peso da responsabilidade em dar um pulo no escuro praticamente! Que não venham, depois do salto por ventura de pernas quebradas, a culpar a presidente, descartada por eles. Eta responsa!

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  9. Euler
    Saúde e paz!
    Saudades de todos.
    Repassei link pro Twitter e para outros grupos.
    Abraço cordial.

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