sexta-feira, 2 de abril de 2010

Uma bolsa família para os professores de Minas

Na data muito apropriada da Semana Santa defendo a tese de que os professores de Minas devam receber uma bolsa família para complementar o minguado salário (salário?) que o Governo de Minas paga aos mestres da rede estadual.

Ante o silêncio covarde da maior parte da mídia mineira e nacional, que faz vista grossa ao maior arrocho salarial de que se tem notícia praticado contra a carreira do magistério mineiro. A mesma mídia que recebe poupudas verbas dos cofres mineiros para se manter nos trilhos da mordaça - jamais da liberdade.

Ante a omissão da Justiça que não obriga os governantes a pagarem pelo menos o Piso do Magistério de 950 reais que em 2008 virou Lei Federal. A Justiça é rapidíssima quando se trata de declarar ilegalidade de greves, como aconteceu recentmente com as greves dos rodoviários, dos médicos e dos professores da rede municipal de BH. E olha que o direito de greve é assegurado em cláusula pétrea da Constituição Federal. Mas, em Minas, terra da liberdade (que liberdade!) o artigo constitucional que garante aos trabalhadores o livre direito de greve não existe.

Ante a total omissão do Legislativo nas diversas esferas, que prova cada vez mais a sua inutilidade enquanto instituição que deveria legislar e fiscalizar os atos dos executivos, mas que na prática se torna assessoria do executivo em troca de favores políticos.

Ficamos assim, os servidores públicos mineiros, sem voz, porque a imprensa é comprada; sem direito à manifestação, porque a Justiça proibe greves; e sem salários, porque o governo mineiro pratica o maior arrocho de todos os tempos contra os professores para construir obras faraônicas.

Por tudo isso, minha gente, defendo que se pague aos professores uma bolsa família para complementar os salários (salários?) dos mestres mineiros. Um professor com formação em ensino médio recebe R$ 336 reais de piso salarial, e um professor com curso superior recebe o piso no valor de R$ 500 reais. Talvez seja este o tamanho da importância que dão à Educação pública e aos professores. Em Minas e no Brasil. Amém!

P.S. Enviei recentemente uma carta de protesto ao senador Cristóvam Buarque por achar que ele faltou com respeito para com os atuais 2 milhões e meio de professores. Por cortesia, vou esperar que ele me responda antes de tornar pública esta carta. Caso não se dê ao trabalho de responder - nossos parlamentares estão muito distantes dos mortais aqui de baixo - publicarei a carta neste blog. Aguardem.

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