segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dilma me representa, apesar de não concordar com algumas medidas adotadas neste segundo mandato. Mas, ainda há tempo de mudar os rumos do governo


Dilma me representa, apesar de não concordar com algumas medidas adotadas neste segundo mandato. Mas, ainda há tempo de mudar os rumos do governo.




Fiz questão de abrir este novo post com o discurso da nossa presidenta Dilma, eleita legitimamente em dois turnos, e que alguns imbecis querem derrubá-la através de golpe. Não passarão! Ou, como diria o poeta Mário Quintana:

"Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!"

A presidenta Dilma está cercada de maus conselheiros, é fato, gente despreparada para lidar com os desafios do momento. Além da turma fisiológica dos partidos de aluguel. É a consequência do governo de coalizão, formado desde os tempos do ex-presidente Lula, e que o PT não conseguiu romper. 

Hoje existe um esforço para se formar um movimento que transcenda este aprisionamento do governo federal às forças fisiológicas e de direita. Aqui mesmo em BH, pelo que ficamos sabendo através de alguns blogs, foi criada, no último sábado, a Frente Brasil Popular, que conta com a participação de vários movimentos sociais e partidos e grupos, entre os quais, CUT, UNE, MST, FUP, PT, PCdoB, PSB e PDT. Houve lançamento de Manifesto ao povo brasileiro, que pode ser lido aqui.

Um outro esforço de formação de movimento pela base tem sido encabeçado pelo MTST, que pretende lançar outra Frente em outubro. Segundo nota oficial do MTST participarão dessa segunda frente alguns movimentos, como: CUT, UNE e CTB, além de outros coletivos. Não vejo nenhum problema em relação a isso. A esquerda pode e deve se unir, ainda que mantenha seus diferentes focos.

Alguns pontos, contudo, são comuns: a defesa das conquistas dos trabalhadores, hoje ameaçadas pela direita que domina o Congresso Nacional; a luta por mais conquistas e por políticas geradoras de emprego e mais investimentos nas áreas sociais - o que se choca com as políticas do ministro Levy, claramente neoliberal, e que de certa forma é mantido no governo para agradar ao chamado mercado, que nada mais é do que um grupo de grandes banqueiros e empresários que são os donos do PIB brasileiro.

A presidenta Dilma, mais cedo ou mais tarde vai compreender que para fazer o Brasil voltar a crescer terá que atacar os interesses dos setores mais ricos do país. Reduzir os juros, por exemplo, para estancar em parte a sangria da dívida pública, que beneficia pouquíssimas famílias, em detrimento do bem geral do povo brasileiro.

Uma outra fonte de sangria são os sonegadores de impostos, que essa direita bandida e sua mídia golpista odeiam fazer qualquer referência ao tema. São bilhões de dólares sonegados, principalmente pelos mais ricos. E ficam nesta ladainha de dizer que já pagamos muitos impostos. Quem realmente paga os maiores impostos são os trabalhadores, especialmente os de baixa renda, que pagam impostos indiretos através do consumo. 

Para os ricos, estes impostos atingem pequena margem de suas rendas. Os impostos diretos, para eles, são baixíssimos. E mesmo assim sonegam impostos.

Um dos impostos mais justos era o CPMF, que os tucanos, os demos e outros tipos acabaram derrubando no Senado. Este imposto atingia principalmente quem fazia grande movimentação financeira através dos bancos. Ele representaria hoje algo como R$ 80 bilhões anualmente para aliviar as crescentes demandas da Saúde Pública. Mas, foi derrubado pela direita brasileira.

Dilma deveria articular com os governadores e prefeitos a volta deste imposto, assumindo o compromisso de repassar parte do dinheiro arrecadado para os entes federados - estados e municípios.

Muita gente, por ignorância ou má fé, reclama de impostos e ao mesmo tempo cobra melhores serviços públicos. Como se o governo tivesse uma maquininha de produzir dinheiro próprio. Ora, pode-se criticar o mau uso do dinheiro público; mas, não esqueçamos que para que haja maiores investimentos na Educação e na Saúde, por exemplo, é preciso que haja fontes de financiamento. Uma dessas fontes, a principal, aliás, são os impostos arrecadados. Os 3 milhões de profissionais da Educação pública do Brasil, os milhares de médicos, enfermeiros e demais profissionais da Saúde pública, os serviços de segurança, os investimentos na moradia, saneamento, etc., são bancados com recursos oriundos dos impostos.

O que deveríamos discutir é quem paga estes impostos hoje no Brasil, ao invés dessa ladainha furada de comentaristas mal informados da mídia golpista, que vivem a repetir que passamos cinco meses do ano a pagar impostos. Conversa fiada, gente. Por que eles não falam nada, mas nada mesmo, sobre a sonegação de impostos? Porque estão comprometidos com os de cima, e não com os interesses do povo brasileiro.

Mas, voltemos ao discurso da nossa presidenta. Vejo na fala dela um sincero desejo de acertar, de investir no social, de manter as políticas iniciadas no primeiro mandato de Lula, e que ela deu continuidade. As políticas sociais que beneficiam grande parte do nosso povo - Bolsa Família, Mais Médicos, Pronatec, Luz para todos, Ciência sem Fronteiras, Minha casa minha vida, políticas de cotas, o combate à seca no Nordeste, entre tantos outros programas - fazem parte da realidade de milhões de brasileiros.

Somente a mídia golpista e suas hordas de lobotomizados, que se desinformam através dos meios de comunicação que ela controla, não conseguem ver os grandes avanços e as grandes conquistas do povo brasileiro, especialmente os mais pobres, durante os últimos 12 anos. Cerca de 40 milhões de pessoas foram arrancadas da fome e da miséria. Isto já bastaria para inscrever os governos Lula e Dilma como os melhores da história do Brasil.

Mas, este período inaugurado no primeiro mandato do ex-presidente Lula está se esgotando. Pelo menos a forma de gestão em coalizão com a direita e o fisiologismo está chegando a um limite de difícil superação. Até porque, diante da crise mundial do capitalismo, a direita só tem um receituário: cortar direitos, reduzir salários, usar o estado como instrumento de enriquecimento ainda maior de poucos. Eles não querem que haja continuidade nas conquistas sociais, com aumentos reais nos salários e maiores oportunidades de consumo para todos.

Vejam o que estão fazendo com os migrantes da África e do Oriente Médio para a Europa. As políticas imperialistas dos países ricos europeus e dos EUA são responsáveis pela ruína desses países. E não querem - Europa e EUA - dar a devida ajuda humanitária aos povos desses países, e nem tampouco aceitar o ingresso de milhares de pessoas na Europa. Pessoas que antes viviam razoavelmente bem nos seus países de origem, mas que, em função das guerras promovidas e alimentadas pelos interesses geopolíticos do imperialismo, ficaram sem chance de sobreviver.

Aqui no Brasil, ao contrário, 40 milhões de pessoas foram retiradas da miséria e da fome. E a mídia tem a cretinice de dizer que a crise atual foi causada pelos governos de Lula e Dilma.

Por isso tentam derrubar o governo Dilma. Ou pelo menos mantê-lo enfraquecido, para que as hienas possam partilhar a carne e o sangue do povo brasileiro. Querem destruir a Petrobras, mas não conseguirão. Querem se apropriar do pré-sal e entregá-lo para grupos estrangeiros. Usam mecanismos judiciais e policialescos, como a Operação Lava Jato, que focou seu ataque apenas contra o PT e contra a Petrobras e o grupo de empresas, que, juntas, geram milhares de empregos e são responsáveis por quase 20% do PIB brasileiro. A Lava Jato não pegou nenhum cacique tucano, quando se sabe que todos eles receberam altas somas das mesmas empresas que doaram recursos legais para o PT. Mas, só o PT é atacado pela PF da Lava Jato, pelo delegado-juiz Moro, pela justiça e pelo congresso nacional, principalmente na Câmara dos deputados, que tem na presidência ninguém menos do que o achacador-mor e denunciado pelo MPF Eduardo Cunha.

É algo surreal. A pessoa mais honesta deste grupo, quase uma classe separada, ou uma claque política, talvez seja a presidenta Dilma. E é a mais massacrada, a mais xingada, a mais agredida e perseguida por essa turma de lobotomizados.

Aliás, agora começaram a atacar mais fortemente ao ex-presidente Lula, de forma desesperada. Temem que ele volte em 2018 e retome o processo de fortalecimento do mercado interno e investimentos no social. Será o desespero total dessa direita que perdeu as últimas 6 eleições presidenciais (dois turnos cada eleição), apesar de todo apoio da mídia, todo descaramento da campanha antipetista. O povo sabe, até por instinto, quem realmente representa os seus interesses.

Por isso, não é permitido às pessoas de bem, honestas, que não tenham sido enganadas pela mídia, baixarem a guarda. É preciso lutar, participar dos diálogos e das construções de alternativas em favor dos de baixo. O PT está muito enfraquecido, mas ainda representa uma parcela expressiva da população brasileira. Contudo, há hoje grupos e coletivos que querem mudanças que transcendem a liderança de um único partido e este esquema vinculado aos grupos fisiológicos e de direita. Por isso a ideia de frente ou movimento popular encarna melhor o desejo de formar uma força social e política capaz de arrancar maiores conquistas para o povo brasileiro e estancar os ataques da direita golpista.

A presidenta Dilma, ao mesmo tempo que precisa negociar com os de cima para continuar o seu governo, deve cada vez mais se apoiar neste movimento social dos de baixo, pois é aqui, no chão da fábrica, que vamos garantir a continuação do governo dela e a manutenção dos direitos e conquistas dos de baixo. Além de conquistar novos direitos. Nada menos do que isso. 

Neste Sete de Setembro, a palavra da nossa presidenta deve ser ouvida e discutida para que possamos apresentar ao governo as nossas - dos de baixo - alternativas para a crise do momento.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!


***

Sugestões de consulta na Internet:
 
Blog Viomundo
Jornal GGN
Diário do Centro do Mundo 

Blog Tijolaço 
Blog O Cafezinho 
Revista Forum 
Blog da Cidadania
Blog Escrevinhador
Blog Conversa Afiada
Blog do Miro 
Blog Maria Fro 
Carta Capital

Rede Brasil Atual  
Blog Socialista Morena 
Blog do Mello
Blog Cloaca News 

Mauro Santayana

Leonardo Boff 
MST
MTST
Muda Mais 
Mais Mudanças 
Megacidadania 
TV Postv (Internet) (Novo)
TV Brasil Internacional
TVT - sindicato metalúrgicos ABC paulista
Telesur ao vivo

TV NBR (do governo Federal)
TV do Governo Venezuelano
Press TV do Irã
RT - Russia Today - em espanhol 
Portal EBC

Rádio Brasil Atual (Novo)

***

Assista a TV NBR - a TV do Governo Federal:




***


Greve dos Educadores de Ibirité

Renan Mendes

   Em greve desde o último dia 24, os trabalhadores da Educação de Ibirité decidiram, nesta quarta-feira (28), permanecer de braços cruzados após a Câmara Municipal aprovar, em segundo turno, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 005/2015 que amplia a jornada de trabalho e reduz os salários da categoria. Segundo a prefeitura, a  medida visa economizar recursos para enfrentar a “grave” crise financeira do município. “Decidimos manter a greve porque esse projeto é claramente inconstitucional. Isso de aumentar a carga horária sem o correspondente aumento de salário não existe, é contra a lei. Vamos seguir mobilizados, denunciando as ilegalidades do prefeito e, ao mesmo tempo, também recorreremos à Justiça. O Ministério Público (MP), inclusive, já foi acionado. Esperamos que o órgão se posicione o mais breve possível, impedindo que essa lei absurda entre em vigor”, diz Rafael Calado, coordenador do Sind-UTE Ibirité.

OUTRAS INFORMAÇÕES:


Rafael Calado, coordenador geral: 8287-8636/8532-2112

Edson Lula, diretor executivo: 8287-8637
Flávio do Carmo, diretor executivo: 9621-4053
Camila Oiko, diretora executiva: 8568-3745
Adilson Dumont, diretor executivo: 8287-8620


Leiam mais sobre a greve dos professores de Ibirité clicando aqui.