segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Anotações de um blogueiro sobre problemas atuais





Atualização 20/12/2015 - Graças à chantagem da mídia golpista e de outros tipos que ela blinda, o ano de 2015 foi quase perdido, sob muitos aspectos. Na verdade foi dose para elefante aguentar uma Lava Jato seletiva, que nunca investiga nada contra os tucanos; um Eduardo Cunha e sua quadrilha na Câmara dos Deputados fazendo aprovar todo tipo de maldades contra o povo brasileiro; uma mídia com seus papagaios urubuzentos, que são pagos para prever o caos todos os dias; além das chantagens impostas por gangsteres travestidos de gente séria; tudo isso somado, mais a crise internacional e a aposta equivocada da nossa presidenta Dilma em medidas neoliberais para sanar a crise interna, tudo junto fez do ano de 2015 um tempo bem fraquinho em vários aspectos. 

Claro que, apesar de tudo isso, muitas coisas boas aconteceram, tanto nas nossas vidas pessoais - algumas coisas ruins também, óbvio - quanto na vida da maioria do povo brasileiro. A crise no Brasil, graças às políticas públicas dos últimos 13 anos, não foi tão amarga quanto a acidez da fala desses demagogos da mídia golpista. Apesar da crise, milhões de brasileiros hoje NÃO morrem de fome graças ao Bolsa Família e às outras políticas compensatórias que as elites odeiam. Apesar da crise, os aeroportos continuam lotados, os shoppings e supermercados, idem, as rodovias não comportam mais tantos carros; apesar da crise, o governo de Minas, já sem os tucanos, teve a coragem de iniciar o pagamento do piso salarial dos educadores, tão desejado pela categoria; apesar da crise, a direita não conseguiu derrubar a presidenta Dilma, eleita democraticamente pela maioria do povo brasileiro. E nesta reta final de 2015, a direita golpista, que já contava como coisa certa a transição via tapetão do governo federal, sofreu várias derrotas no STF, que anulou todos os atos da turma do mega investidor em bancos suíços Eduardo Cunha. 

Uma outra boa notícia foi a saída do ministro Levy, que defendia ajustes neoliberais como solução para a crise, o que só fez agravar a situação, gerando desemprego e queda na renda dos trabalhadores. Vamos pressionar para que em 2016 o governo federal retome a pauta do crescimento econômico com investimentos públicos para gerar mais empregos, mais renda, menos juros, mais aumentos reais nos salários, sem quaisquer cortes nos direitos dos de baixo. 

Para finalizar, o dia 16 mostrou que os movimentos sociais e as pessoas comprometidas com a democracia no Brasil ganharam as ruas, em número muito superior às manifestações dos golpistas, que ocorreram no dia 13 com toda a cobertura da mídia inimiga do nosso povo. Que 2016 seja o início da retomada do protagonismo das forças populares e de esquerda rumo a um Brasil mais justo, com menor desigualdade, com maior participação popular nas decisões; com maior solidariedade e respeito às diferenças.

É com essa perspectiva que desejo um Feliz Natal e um 2016 muito melhor para todos e todas.



Editorial

O golpe em curso no Brasil - Não há como tergiversar: vivemos um momento delicadíssimo, de assalto ao poder por meliantes, que estão prestes a ser presos e se uniram aos frustrados derrotados nas eleições de 2014 para derrubar uma presidenta honesta, eleita legitimamente pelo povo brasileiro. 

É um divisor de águas que se coloca entre nós: de um lado, os que querem o golpe, o fim do que resta da democracia conquistada pelo povo brasileiro, e a instalação de um governo via tapetão, que vai abafar os escândalos que atingem os tucanos e os ligados a Temer e ao próprio Eduardo Cunha. Do outro lado, os que defendem a legalidade democrática, o estado democrático de direito, que não aceitam o golpe em forma de um impeachment sem qualquer fundamento sério. 

Estão roubando o mandato de uma presidenta eleita por 54 milhões de eleitores - eleita, aliás, apesar de toda a propaganda midiática contra o governo Dilma, contra Lula e contra o PT. Golpistas e oportunistas como Aécio Neves, FHC e outros, não tiveram a grandeza de aceitar o resultado das urnas e hoje se unem a bandidos para tentar cassar o mandato legítimo da presidenta Dilma. Mas, não é a presidenta a única atingida: todo o povo brasileiro está sendo roubado, estão roubando a nossa democracia, sob a omissão e conivência dos poderes constituídos, incluindo a Justiça e o Ministério Público. 

Do congresso Nacional, esperar o quê, quando o presidente da Câmara é ninguém menos do que alguém contra o qual pesam robustas provas de que recebeu milhões de reais em propinas, que depositou em contas na Suíça, ou que recebeu dinheiro via igreja evangélica; ou que chantageou empresas para receber propinas, além de estar à frente dos maiores retrocessos na legislação trabalhista, dos direitos humanos e das conquistas sociais. É este meliante que abriu o processo de impeachment, com apoio de figuras como Aécio Neves - que desonra o avô Tancredo, que foi contrário aos golpes de 1954 contra Getúlio e de 1964 contra Jango. O neto, um oportunista, passou todo o ano de 2015 tentando derrubar o governo legítimo da presidenta Dilma. Além de Aécio, outras figuras como Paulinho da Força, ou da Farsa, que vendeu greves para empreiteiros - ou seja, teria recebido dinheiro para por fim às greves, num ato de traição aos trabalhadores, entre outras acusações que pesam contra ele. Outras figuras dispensam comentários: o fascista Bolsonaro, o fundador da UDR Caiado, Agripino Maia, acusado de receber propinas no Rio Grande do Norte; entre outros. O golpe está se formando assim, com o apoio de oportunistas e de uma verdadeira quadrilha, respaldado por uma mídia que já demonstrou historicamente não ter qualquer compromisso com o povo brasileiro e com suas (nossas) conquistas. 

Diante disso, é preciso que a população brasileira resista. É preciso ocupar as ruas, unir os movimentos sociais, coletivos, grupos e combater o golpe que está em andamento. É preciso discutir essa realidade nas salas de aula, nas ruas, nos bares, na Internet, para enfrentar a avalanche de ataques midiática que os barões da mídia e seus papagaios bem remunerados repetem diariamente.

A derrubada da presidenta Dilma levará à presidência o traíra do Temer, que já mostrou as garras num documento onde propõe entregar o pré-sal para os gringos, aniquilar as conquistas trabalhistas e sociais e se unir aos tucanos para implementar a única coisa que os tucanos sabem fazer, ou seja, impor choques e arrochos salariais contra o povo brasileiro para servir aos grupos de rapina estrangeiros e seus associados locais. Num outro documento, uma carta infantilizada que Temer enviou para Dilma, ele praticamente oficializa seu rompimento com o governo para assumir de vez as articulações golpistas. Mau caráter e traíra, uma vez que esteve ao lado do governo federal nos bons momentos, e agora que se arma um golpe ele pula fora para se tornar beneficiário do golpe. Um canalha, como tantos outros que conspiram contra a democracia brasileira.

Por isso, as vozes mais progressistas e afinadas com o que há de melhor no Brasil começam a reagir. A CNBB já se manifestou contra o golpe. O MST e o MTST idem. As centrais sindicais realmente ligadas às históricas lutas do povo brasileiro, idem. Os partidos e lideranças políticas, personalidades do mundo artístico, como Chico Buarque e Gilberto Gil, entre outros, igualmente se manifestam contra o golpe disfarçado de impeachment. 

Não há neutralidade nessa luta. Quem está a favor do impeachment está contra os interesses do povo brasileiro, está contra as conquistas sociais e trabalhistas das últimas décadas; está contra as conquistas democráticas arrancadas com muito suor e sangue pelo povo brasileiro. 

Na outra trincheira estamos nós, os que defendem (defendemos) a democracia, o respeito ao resultado das urnas, as conquistas históricas do nosso povo. Não vamos aceitar que roubem os nossos direitos e as nossas conquistas no tapetão, num golpe paraguaio que vai transformar o Brasil numa republiqueta de oitava categoria.

Todos nós, que temos compromisso com o presente e com o futuro do povo brasileiro não podemos aceitar este golpe. O último golpe que deram, o de 1964, demorou 21 anos para que o povo reconquistasse seus direitos democráticos. Este de agora pode demorar muito mais, pois vai manter a fachada de uma falsa democracia orquestrada por esta mídia vendida e canalha, enquanto o povo será massacrado. É hora de resistirmos, de nos unirmos para impedir este golpe contra os nossos interesses, contra o povo brasileiro, enfim.


***


Estudantes da Educação básica de SP deram uma aula pública para todo o Brasil. Pena que a mídia brasileira, golpista e canalha, só tenha espaço para detonar o governo federal e o Brasil. Mas, vamos resumir: o governo tucano de SP queria implantar uma reforma que previa o fechamento de dezenas de escolas públicas, o que causaria demissão de professores e demais educadores, além de obrigar a transferência dos alunos para outras escolas mais distantes. Os estudantes, assim como os educadores, não foram consultados. Só que dessa vez, os tucanos de SP, Alckmin à frente, deram-se muito mal. Milhares de estudantes ocuparam as escolas públicas do estado e decidiram não aceitar a tal reforma. O governo, como sempre, colocou a polícia para tentar resolver o problema. Não adiantou. Os estudantes resistiram, as ocupações aumentaram, ganharam força e apoio dos pais e das comunidades, ganharam as ruas, enfim. Como consequência, o governador de SP, derrotado nas ruas pelos estudantes, que enfrentaram bombas, prisões e tortura psicológica de toda ordem, foi obrigado a revogar a reforma. O secretário de Deseducação pegou o boné e pediu conta. Ficou esta lição, verdadeira aula pública para todos os brasileiros. É principalmente nas ruas, com grandes mobilizações, que os direitos dos de baixo serão garantidos, contra os interesses de minorias privilegiadas. Vivam os estudantes e educadores de SP! Abaixo essa mídia canalha que fomenta o golpe, se associa a ladrões e oportunistas que querem derrubar a nossa presidenta Dilma e impedir que o Brasil retome o crescimento econômico e as políticas públicas em favor dos de baixo.

***


Impeachment contra a presidenta Dilma, eleita democraticamente pela maioria do povo brasileiro, com base em nenhuma acusação séria, é golpe. Não vamos aceitar. Ainda mais quando um ladrão apoiado pela mídia e os partidos da direita golpista - PSDB, DEM e PPS - são os articuladores desse golpe. Não passarão!

***

Um texto novo, para não perder o hábito. E em forma de tópicos, para facilitar a leitura, já que cada vez mais as pessoas estão (estamos) sem tempo livre para leituras, entre outras coisas boas da vida.

Atualizando (24/11), sobre o piso dos educadores - Acabo de ler no portal do jornal O Tempo uma boa notícia: o governo, segundo o secretário de Planejamento de Minas, vai cumprir o acordado com os educadores e vai pagar o reajuste previsto pelo piso nacional. Se a informação se tornar realidade, o governo ganha pontos junto aos educadores e ao povo mineiro, que torce para que a categoria dos professores e demais profissionais da Educação seja finalmente valorizada. Vamos acompanhar. (Fonte: O Tempo)

Piso dos Educadores de Minas (23/11) - Já havia redigido o post abaixo e publicado quando soube que o governo de Minas estaria se recusando a pagar o reajuste do piso em janeiro de 2016. Inaceitável! Foi acordado entre as partes que finalmente o piso seria pago, após os 12 anos de desgoverno tucano. O governador Pimentel assumiu este compromisso em campanha e já no primeiro momento, após a sua posse, reafirmou este compromisso, que culminou com uma lei estadual garantindo abonos e reajustes até atingir a integralidade do valor do piso nacional dos profissionais da Educação. Não dá para voltar atrás agora, sob quaisquer pretextos. O piso salarial é um direito dos professores e demais educadores. Nenhuma outra lei, como a famosa Lei de Responsabilidade Fiscal, pode ser usada como argumento para não pagar o piso. Até porque esta lei não impediu que houvesse aumentos para outras carreiras, como as da segurança, as do judiciário ou do parlamento, que sempre tiveram aumentos e penduricalhos muito acima de quaisquer índices. Portanto, agora que os educadores se aproximam do objetivo de conquistar um direito, não se admite que haja retrocesso. A falta de grana em caixa também não pode servir de argumento. O governo tem um compromisso, uma dívida firmada com os educadores e se preciso for, que faça empréstimos junto à União ou a bancos internacionais; que venda a Cidade Administrativa; que corte nos penduricalhos de deputados, juízes e nas generosas verbas publicitárias de uma mídia inimiga do povo. O que não pode é deixar de pagar os salários dos professores tal como combinado, com os abonos e os reajustes pelo piso nacional. Nada menos que isso! A categoria terá todo o direito e apoio da população para não iniciar o ano letivo de 2016 caso o governo descumpra o compromisso firmado. Agora, se o governo cumprir o compromisso, como se espera, poderá dizer alto e bom  som que finalmente os professores estão sendo tratados com respeito em Minas, pelo menos no que tange ao pagamento do piso. É o que esperamos.

Terrorismo - Causou grande comoção mundial o atentado terrorista em Paris, ceifando a vida de dezenas de pessoas. Certamente que tais atentados são uma espécie de retaliação contra as práticas semelhantes ou piores até por parte dos governos de países como EUA, França, Inglaterra, entre outros. Claro que uma coisa não justifica a outra. Só não temos o direito de ser ingênuos e achar que de um lado estão os mocinhos do Ocidente com seus governos hipócritas, e do outro estão os bandidos do Oriente Médio. Nada disso. O contexto é o seguinte: o terrorismo de grupos muçulmanos - e não de todos os muçulmanos - é o resultado de muitos anos de terrorismo de estado praticado pelos governos ocidentais, que invadem e destroem nações inteiras, como aconteceu com o Iraque, ou como acontece agora com a Síria, ou antes ainda com a Líbia. Isto sem falar no caso da Palestina Ocupada, cujo povo vive cercado e humilhado por um exército, o de Israel, armado e bancado pelo Ocidente. Ora, a geopolítica do Ocidente, dos países imperialistas, quase não deixa outra alternativa aos povos daqueles países que não seja o de migrar-se para outras regiões, ou de responder na mesma medida com o terrorismo de que foram e continuam vítimas.

Um dia antes dos ataques em Paris, a capital do Líbano sofreu semelhante ataque de pessoas ligadas ao Estado Islâmico, provocando dezenas de mortos e feridos. Qual a repercussão deste ato na mídia mundial? Quase nenhuma. Beirute não é Paris. E um muçulmano libanês vale menos do que um cristão francês, pelo menos para a mídia do mundo Ocidental. Volto a dizer: não há ninguém dono da verdade nesta história.

Claro que nada justifica tirar a vida de alguém inocente, que não está diretamente envolvido num palco de guerra, como fizeram os terroristas que atacaram pessoas que se divertiam no Bataclan. Mas, os países ricos do Ocidente, especialmente EUA, França e Inglaterra fazem isso o tempo todo contra os povos do Oriente Médio e do Norte da África, entre outros. Em nome de uma conveniente luta pela democracia, dizem querer derrubar ditadores como Kadafi, Saddam hussein ou o atual presidente da Síria Bashar al-Assad. O pretexto é este: trocar ditaduras por democracias. Desde que estes ditadores não sejam amigos dos governos e empresas ocidentais. Caso da Arábia Saudita, que está longe de ser uma democracia aos moldes ocidentais, e mesmo assim jamais é criticada pelos governos ocidentais. A realidade é esta: quando os ditadores são amigos dos EUA e aliados, eles fazem vista grossa, como fizeram com Saddan Hussein, quando interessou aos EUA mantê-lo no poder para atacar o Irã. Depois que derrubaram os ditadores, o que foi feito destes países? Foram simplesmente destruídos, e não há qualquer resquício da democracia prometida; as tribos e seitas se matam diariamente, numa guerra interna fomentada pelo Ocidente, pois assim fica fácil manter o domínio estratégico das riquezas e dos territórios. A vida que antes era vivida em razoáveis condições, hoje se tornou insustentável, o que provoca migrações de enorme quantidade de pessoas, ou a adesão aos fanáticos religiosos.

A pergunta é: EUA, França e Inglaterra foram chamados a responder pelos estragos que eles causaram no Iraque, na Líbia, na Síria, no Afeganistão ou na Palestina Ocupada? Ou ainda: o que é este Estado Islâmico senão o filho mais original desta geopolítica ocidental?

Portanto, sejamos solidários com as vítimas dos atentados terroristas - seja na França ou na Rússia ou no Líbano - que pagaram com a própria vida pela irresponsabilidade de seus governos e das políticas que quase nunca os cidadãos comuns têm conhecimento ou aprovariam se soubessem o que fazem em nome deles. Ainda mais com esta mídia mundial - a exemplo da brasileira -, totalmente a serviço dos piores interesses das elites dominantes.

Por toda parte, seja no Brasil ou na França ou nos EUA, a população é enganada o tempo todo por esse complexo de comunicação privada que manipula as pessoas com informações focadas nos interesses desses grupos de rapina. Diante do terrorismo na França, ninguém questiona os motivos dos fanáticos para promoverem estes ataques. Falam logo em vingança, mais guerra, mais invasões de outros países, pois isto alimenta a indústria capitalista da produção de armas; isto garante o domínio geopolítico de territórios, tanto das riquezas minerais, quanto do controle das rotas para o abastecimento de fontes de energia como petróleo e gás.

Quando os EUA foram atacados em 11 de setembro de 2001, a mídia deu total cobertura aos planos bélicos do governo; toda a população aceitou o endurecimento, inclusive com a retirada de direitos e garantias individuais, além do aumento do preconceito contra outros povos, sobretudo contra os muçulmanos. Mas, nenhum colunista ou comentarista dessa mídia golpista questionou qual tem sido o papel das políticas imperialistas dos EUA no mundo, especialmente no Oriente Médio.

Ninguém questionou o papel dos EUA e países ricos da Europa de quererem invadir outros países, de impor modelos de economia e suposta democracia a outros povos, desrespeitando o princípio da autodeterminação dos povos e o respeito às diferenças culturais.

E é este clima de terror, de guerra interna, de enfraquecimento de governos ligados aos interesses da maioria dos povos, que se tenta impor ao Brasil, num trabalho sujo feito pela mídia e por políticos de quinta categoria, que se vendem por qualquer trocado para servirem aos piores interesses.

Insisto, voltando ao tema: o radicalismo extremista muçulmano - que representa uma minoria entre os seguidores do Islamismo - é a outra face da moeda cunhada pelos países ricos do Ocidente - seus governos e grupos empresariais multinacionais. Diferem somente nos métodos de terror: ao invés dos drones e aviões sofisticados com seus potentes mísseis, eles usam o próprio corpo para detonar as bombas. Cá como lá, as vítimas são as mesmas, pessoas inocentes, ceifadas no meio dessa guerra estúpida que envolve interesses escusos, sempre em benefício de minorias, lá como cá.

***

A tragédia das barragens privadas - Todos nós ficamos consternados com a queda das barragens em Mariana - no subdistrito de Bento Rodrigues - cuja lama destruiu o local e adjacências, ceifou vidas, destruiu um rio inteiro, o meigo Rio Doce, e arruinou a flora e a fauna do entorno da área atingida. Nosso primeiro gesto é o da solidariedade às pessoas atingidas, que precisam ser assistidas, acompanhadas, ter garantia de sobrevivência digna; em seguida, exigir das empresas responsáveis todos os reparos às pessoas e ao meio ambiente. Mas, não podemos deixar de anotar algumas percepções. Reparem como a mídia trata a Samarco, que pertence a Vale, e que está associada a empresa estrangeira, com todo o cuidado do mundo. Imaginem se no lugar dessas empresas privadas - sempre apontadas pela mídia como o máximo em eficiência e seriedade e responsabilidade - fosse a Petrobras que tivesse causado esse estrago todo? Imediatamente a mídia golpista iria descarregar o seu ódio contra a nossa maior empresa, exigindo a sua privatização e dizendo que o setor público não serve para gerir empresas. E agora, José, quando as empresas privadas, inclusive a Vale, que foi doada no governo FHC para grupos privados, é que permitiram tais estragos? Onde está eficiência privada, hein colunistas amestrados da mídia golpista? Fato é que as mineradoras exploram as riquezas locais e deixam muito pouco, além do emprego, também pouco, como contrapartida. Lucram muito e tratam com pouca atenção problemas como o respeito ao meio ambiente e à vida humana.

Eu vejo as redes ferroviárias como outro péssimo exemplo de gestão privada. Cito o caso da minha cidade, Vespasiano. Quando a rede pertencia à União, antes que fosse doada por FHC para grupos privados, havia um trabalho permanente de capina em toda a extensão da malha ferroviária que atravessa a cidade. Hoje, não. Há um quadro de abandono. A única coisa que a empresa privada soube fazer foi cercar as passagens principais com muros e portões, inclusive a própria sede da estação, que antes era aberta à visitação de qualquer cidadão e hoje é propriedade exclusiva dos donos privados. Num prédio que já deveria ter sido tombado, se em Vespasiano houvesse alguma preocupação com a memória, com as poucas construções antigas, ou mesmo com o meio ambiente. Parênteses: os administradores locais tentaram várias vezes acabar com o Ribeirão da Mata, que atravessa o centro da cidade, e que poderia se constituir, com seu entorno, numa rica área ambiental, um lindo parque ecológico. Mas, se depender dos governantes locais, dos vereadores, o Ribeirão da Mata será cimentado, concretado e tapado para que passem caminhões por cima dele, matando a fauna e a flora existente. Já fizeram projetos para "fechar" o ribeirão e a sorte nossa é que os governos locais não têm recursos próprios para tal. E tomara que o governo federal jamais libere qualquer recurso para este fim. Precisamos cuidar das áreas verdes, plantar mais, preservar o que resta, e ampliar ao máximo os espaços ecológicos, se quisermos alguma qualidade de vida para as futuras gerações.

Mas, voltando ao tema, insisto: vejam como a mídia golpista trata a Samarco e comparem com o que ela faz contra a Petrobras, a mais brasileira das empresas, a que paga mais impostos (só em 2013 foram R$ 75 bilhões entre impostos e encargos sociais); a que gera mais empregos diretos e a que "puxa" os setores estratégicos da economia, como a indústria naval, de engenharia e da construção civil. O que aconteceu em Mariana é um atestado de irresponsabilidade de empresas privadas que querem lucros, apenas, e dão uma banana bem grande para o nosso povo - não têm sequer a humildade de se desculparem perante as vítimas daquela tragédia, tal a arrogância dessa gente. E para completar, eles financiam os deputados e governantes que deveriam zelar pelos interesses do povo mineiro e brasileiro, mas que cuidam, em primeiro lugar, dos próprios interesses e dos interesses das mineradoras. Está na hora da população mineira e brasileira conhecer mais de perto quem financia estes políticos que buscam os votos da população. Felizmente, graças ao STF (menos Gilmar Mendes), ao veto da presidenta Dilma e a uma maioria apertada no congresso nacional, a partir de agora está proibido o financiamento privado, empresarial, aos partidos e candidatos.

Que a tragédia em Mariana sirva de lição para todos: as empresas precisam ter mais responsabilidade com as pessoas. Quando vejo o prefeito de Mariana mais preocupado em salvar a Samarco do que garantir a segurança do seu povo, observo como os valores estão invertidos. Mariana tem um potencial de turismo, pela força da sua história, da sua cultura, que já deveria ter reduzido essa dependência da exploração das mineradoras que devolvem muito pouco para a cidade. E com isso poderia exigir mais dessas empresas, ou até fechá-las, caso não tomassem as medidas necessárias para evitar tragédias como a que ocorreu. E o Brasil deveria aproveitar esse momento para estabelecer um novo marco regulatório na exploração das minas, com muito mais zelo pela preservação da vida e do meio ambiente, além do retorno financeiro, que hoje é mínimo. 

***

Operação Lesa-pátria - Para mim, reles cidadão brasileiro, a chamada operação Lava Jato deveria se chamar Operação Lesa-pátria, tamanho o prejuízo causado ao Brasil. O pano de fundo desta operação, pelo menos aparentemente, é o combate à corrupção. Um objetivo louvável. Mas, tal foi o esquema montado em torno desta operação - que ganhou ares de um estado paralelo, policialesco - que no final a coisa menos importante foi a corrupção ou as propinas que a operação conseguiu descobrir. Foi montado um verdadeiro circo em torno desta operação, com vazamentos seletivos - sempre contra o PT, Lula, Dilma - e numa montagem midiática que passou a falsa ideia para muitos brasileiros de que a Petrobras era um antro de corrupção. Sacudindo a poeira das manchetes, ou olhando as coisas no detalhe, sem a ideologização da mídia, o que se percebe? Que houve de fato uma prática de pagamento de propinas para meia dúzia de funcionários da Petrobras - num universo de 80 mil funcionários; que foram beneficiados ainda políticos dos diversos partidos - e não apenas o PT, como a mídia tenta vender - inclusive os partidos da oposição golpista: PSDB, DEM, PPS. Todos eles receberam ricas doações das empreiteiras que lucraram com as obras realizadas na Petrobras. Mas, reparem: as obras foram realizadas, e as propinas talvez tenham representado um ou dois por cento do montante investido nas contratações. Coisa que acontece em todo o Brasil. Claro que não justifica qualquer centavo de dinheiro desviado. O problema é que a operação lesa-pátria não estava atrás apenas desses recursos desviados - o que seria meritório. Nada disso. A Lesa-pátria buscou o tempo todo, amparada pela cobertura da mídia golpista, atingir a Petrobras, para enfraquecê-la, fazendo o jogo das petroleiras multinacionais. A Lesa-pátria causou grande desemprego ao inibir ou até impedir novos investimentos no complexo das indústrias de petróleo, naval e da construção civil - responsáveis, juntas, por 20% do PIB brasileiro, ou mais até. Na política, a Lesa-pátria foi instrumentalizada pela oposição golpista, blindando e arquivando qualquer denúncia contra os caciques tucanos e dando total foco às delações contra o PT e seus aliados. Além disso, a Lesa-pátria tem buscado desesperadamente atingir o ex-presidente Lula, a maior liderança popular do Brasil, gostem ou não dele. No futuro, saberemos com mais detalhe o que estava por trás desta operação, que abriu até mesmo os arquivos para os promotores dos EUA, loucos por processar a Petrobras, arrancar indenizações bilionárias e depois entregá-la para grupos norte-americanos. Alguém já imaginou algum grupo empresarial estratégico para os EUA ser atacado desta forma pelo FBI ou pela CIA ou pela justiça norte-americana? Alguém imaginou algum poderoso grupo norte-americano sofrer ação judicial por parte de um governo estrangeiro, com o apoio da justiça norte-americana? Só mesmo aqui, com esse complexo de vira-lata e mentalidade colonialista, que se observa esse servilismo da mídia, de parte da justiça, e da própria PF aos interesses das elites dominantes no Brasil e no mundo.

***

Jogo de poder - Até hoje Aécio Neves não aceitou a derrota, e vira e mexe se alia aos golpistas que querem o impeachment da nossa presidenta eleita pela maioria do povo brasileiro. Desonra, com isso, o seu avô Tancredo Neves, que era um político conservador, de direita até, mas não foi golpista contra Getúlio Vargas ou contra Jango. A população mineira espera que Aécio aceite, enfim, a derrota, e assuma o seu cargo no Senado. Por outro lado, Dilma também não se deu conta de que foi eleita para dar continuidade aos 12 anos de gestão iniciada pelo PT, Lula e a própria Dilma. A presidenta colocou no ministério da justiça o Zé Cardozzzo, que não consegue sequer controlar a Polícia Federal, que é um órgão de governo. Em nome de um falso republicanismo, deram uma suposta autonomia à PF, que só tem feito ações sintonizadas com a oposição golpista e sua mídia. É o caso da Operação Zelotes, que começou bem, investigando grandes banqueiros, barões da mídia, empreiteiros, que sonegaram mais de R$ 20 bilhões de reais em impostos - quase 10 vezes mais do que o escândalo da Petrobras. A mídia, tão moralista e zelosa com os interesses públicos, escondeu esta operação; a justiça negou todos os pedidos de quebra de sigilo bancário ou de prisão preventiva - ao contrário do que acontece com a Operação Lesa-pátria, que o juiz Moro autoriza todas as prisões antecipadas, menos dos tucanos, claro. Pois bem: bastou a Zelotes apontar em outra direção, contra um dos filhos de Lula, que nada tinha a ver com a origem da operação, para que o caso tivesse total destaque da mídia.

Claro que o objetivo desta gente é atingir ao ex-presidente Lula. Quem é Lula, afinal? Um revolucionário, como Marighella ou Gregório Bezerra? Claro que não. Mas, também não é mais um político burguês como Aécio, Serra, FHC, que nunca tiveram nenhuma dificuldade de sobrevivência na vida, e estão sempre prontos para servir às elites dominantes em cada parágrafo do receituário escravocrata dessa gente. Lula é aquilo que o movimento social e as esquerdas conseguiram construir e formar após os 21 anos de ditadura civil-militar, quando os comunistas e demais revolucionários haviam sido massacrados. As principais lideranças antigas já haviam sido executadas - Marighella, Lamarca -, ou então ficaram distanciadas demais com o advento do exílio forçado - caso do Brizola, ou de Prestes. É importante para a esquerda brasileira e para o povo brasileiro que uma liderança surgida e afirmada no movimento operário, nas greves do ABC paulista, não tenha sido cooptada pela direita.

Com todas as limitações do projeto do PT, que nunca foi um projeto revolucionário, diga-se, mais as limitações impostas pelas circunstâncias de governar num estado burguês, apesar disso, Lula entendeu, pela sua origem de retirante nordestino e liderança operária, que era essencial desenvolver políticas públicas em favor dos de baixo. No governo, Lula, que nunca foi um revolucionário que desejasse combater o capitalismo, fez enormes concessões à direita: aos barões da mídia, aos banqueiros e ao agronegócio. É fato, e aliás, paga hoje um alto preço por isso, especialmente por não ter mexido no monopólio das comunicações. 

Mas, por outro lado, desenvolveu políticas públicas em favor dos de baixo que marcaram a nossa realidade. Isto também é fato e acho um absurdo pessoas que se dizem de esquerda não reconhecerem isso. Citemos algumas dessas políticas: o Bolsa-Família, que retirou da miséria e da fome cerca de 40 milhões de pessoas. Não dá para tratar como coisa pequena uma conquista dessa: 40 milhões de pessoas é o equivalente ou mais até do que a população de muitos países. Além disso, Lula desenvolveu política de aumento real no salário mínimo e investiu na geração de emprego e no fortalecimento do mercado interno. Outros milhões de pessoas foram alcançadas com essas políticas, embora estas pessoas não tenham sido alcançadas politicamente e acabaram entregues, na ideologia, de graça, aos braços da mídia golpista, que é de direita, neofascista. Este foi um dos graves erros de Lula e Dilma: a não politização das conquistas. Dilma continuou a obra de Lula com o Mais Médicos - 60 milhões de pessoas beneficiadas, nos rincões do Brasil, o que não é pouco -, o Pronatec, a fase 2 do Minha casa minha vida, com todas as limitações e equívocos desse programa. Um apartamentozinho de 40 m2 que não poderia custar mais que R$ 60 mil é hoje vendido por R$ 150 mil, para a alegria de empreiteiras, e para a tristeza da população pobre, que fica a depender de prefeituras que se habilitem a adquirir terrenos para baratear os preços dos imóveis. Dilma poderia ter feito muito mais com o que investiu no Minha Casa Minha Vida se tivesse se aliado aos movimentos dos sem-teto, mas preferiu deixar para o "mercado", que, claro, gera empregos e renda, mas cobra altas taxas de lucro.

Nem Lula, nem Dilma, eu disse, têm uma perspectiva revolucionária de governo ou de processo de transformação social, mas, diante da realidade que vivemos, ainda assim constitui um luxo para o povo brasileiro ter governantes como Lula e Dilma. Votarei nos dois novamente, se precisar, para afastar as figuras da direita que só sabem assombrar a nossa realidade, gerar arrocho salarial, desemprego, beneficiamento de grandes grupos empresariais, e nenhuma contrapartida para os de baixo.

Enquanto a esquerda brasileira, os movimentos sociais, não forem capazes de construir movimentos com força real junto ao povão, é preciso agradecer aos Céus por termos ainda lideranças como Lula, com a qual o povão se identifica e graças a isso a direita tem sido derrotada na disputa pelo governo federal nos últimos 12 anos. A direita já percebeu isso há muito tempo, e não é à toa que ela dedica páginas e mais páginas de revistas e jornais, diariamente, a atacar Lula e sua família, pois querem destruir não apenas a liderança política que Lula representa, mas querem destruir acima de tudo o simbolismo de um operário que foi capaz de chegar à presidência da república e desenvolver políticas públicas em favor dos de baixo, coisa que os representantes das elites jamais farão. 

Internamente, Lula e Dilma desenvolveram as políticas públicas que citei - em que pese este segundo mandato de Dilma tenha recuado para medidas de ajustes neoliberais. No cenário externo, o Brasil sob Lula e Dilma se aliou às melhores causas: defendeu a luta dos palestinos, a aproximação do Brasil com a África e com o Oriente Médio, o estreitamento das relações com os países da América Latina, e o não alinhamento à política imperialista dos EUA e dos países ricos da Europa. Não é à toa que após a chegada de Lula ao poder, juntamente com Chávez na Venezuela e os Kirchner na Argentina observou-se uma virada de quase todos os povos da América Latina para governos populares ou de esquerda. Daniel Ortega na Nicarágua, Evo Morales na Bolívia, José Mujica no Uruguai, Rafael Correa no Equador, e assim por diante. Em todos estes países, o mesmo cenário: enquanto o povão pobre obtém conquistas nunca antes alcançadas, a mídia e as elites se unem para atacar os governos populares. - Bolivarianos! Gritam alguns. - Vão para Cuba! Berram outros. Mas, fato é que as elites dominantes dos diversos países da América Latina sempre desprezaram os seus povos, e serviram aos interesses próprios, de seus grupos e familiares, empresariais e geopolíticos dos EUA e países ricos da Europa. Os ventos mudaram bastante nas Américas, apesar das ameaças que pairam sobre as nossas cabeças. Vivemos cercados de golpistas que têm o poder da grana, têm as emissoras de rádio e TVs nas mãos para contratar comentaristas que pensam com a mesma cabeça dos seus patrões e fazem a cabeça de gente despolitizada; temos um aparato estatal - policial, judiciário, legislativo - que serve aos de cima e raramente defende os interesses dos de baixo.

Apesar disso, as peças estão em movimento e nós não somos meros espectadores. Temos um papel a desempenhar, que possa garantir as conquistas alcançadas nos últimos anos e nas últimas décadas de muitas lutas; que possa aprofundar essas conquistas e impedir os muitos atos de retrocesso que este aparato burguês estatal tem tentado impor, via Câmara dos Deputados dominada por achacadores seguidores de Eduardo Cunha, demos e tucanos, e outros tipos. Eles têm a força do dinheiro e das armações golpistas; nós, se formos capazes de nos unir em torno de bandeiras comuns, dos nossos interesses de classe comuns, teremos a força do povo brasileiro. Que apesar do bombardeio terrorista mental midiático diário, resiste e sobrevive com um olhar próprio para as coisas e para as pessoas. Eles podem formar hordas de lobotomizados à semelhança deles, que são marcados pelo ódio, pelo egoísmo, pelo pessimismo, pelo derrotismo, pelo complexo de vira-lata; mas, jamais conseguirão corromper todo o povo brasileiro, sobretudo o povão simples, que se move pelo instinto de sobrevivência, de classe, de raça, de luta, independentemente das armações dos de cima. Viva o povo brasileiro! Viva Zumbi dos Palmares, herói do povo brasileiro, e o mês da Consciência Negra!

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!


***

Assista a TV NBR - a TV do Governo Federal:





***


domingo, 4 de outubro de 2015

Uma mídia golpista, falso moralista, que não merece o respeito do povo brasileiro



Uma mídia golpista, falso moralista, que não merece o respeito do povo brasileiro


O senador Requião (PMDB-PR) fala sobre o escândalo do Banestado, talvez o maior de todos, que ocorreu durante o governo FHC (PSDB) e que foi abafado. Foram 124 bilhões de dólares de prejuízo para o Brasil - ou seja, o equivalente a quase 40 escândalos da Petrobras.

________

  A mídia brasileira criou uma horda de pessoas rancorosas, frustradas, infelizes, egoístas e intolerantes, que acordam ouvindo "Mau dia!" em forma de um "Bom dia" pronunciado mecânica e formalmente por pessoas azedas. Este é o país construído pelo monopólio de comunicações de poucas famílias, que se deram muito bem durante a ditadura militar, e que torcem para que nada dê certo para a maioria do nosso povo.
_______


A mídia brasileira já deu sobejas provas de sua vocação golpista, sempre contra os interesses do povo brasileiro. Não vale a pena citar o nome deste ou daquele jornal, desta ou daquela revista, ou canal de TV, ou rádio, já que existe praticamente um pensamento único. A mídia brasileira é ideologicamente de direita, falso moralista, intolerante com a diferença - ataca os negros, os homossexuais, os pobres; além disso, prega o combate seletivo à corrupção, blindando os amigos e atacando unicamente o PT, Lula, Dilma, MST e os bolivarianos da Venezuela, da Bolívia, do Equador. É a mesma narrativa todos os dias. Ouso dizer: a mídia brasileira é responsável também por tudo de ruim que o Brasil vive hoje.

As pessoas podem até discordar, dizer que não, que a mídia não tem culpa se há problemas na economia brasileira, ou na vida política. Mas, tem sim. E muita culpa. Boa parte da nossa população se desinforma através do noticiário e dos comentaristas dessa mídia corporativa e partidária, disfarçada de imparcial. Diariamente essa mídia provoca os piores instintos do nosso povo; prevê o abismo na economia; culpa sempre o governo federal - desde que o PT chegou ao poder - por todos os problemas da humanidade. Realiza um sensacionalismo barato através de programas policiais de baixa qualidade, sempre apelativo, universalizando recortes do cotidiano, sempre culpando os pobres que são as vítimas da desigualdade social existente no Brasil.

A mídia brasileira intoxica as mentes do nosso povo, com noticiário negativo. O Brasil é uma grande potência em vários sentidos, e não apenas econômico, tem um povo criativo e generoso, mas a mídia faz questão de focalizar apenas as coisas negativas, e com isso contribui para envenenar o ambiente em que vivemos. A ideia que muita gente tem do Brasil é a de que todos os políticos são ladrões e corruptos - menos os tucanos, claro, protegidos da mídia. A mídia presta um desserviço à democracia brasileira quando iguala por baixo, quando cria narrativas sem provas, apenas para atingir objetivos políticos, como faz agora contra a presidenta Dilma, ou contra Lula, que são, junto com Getúlio Vargas, os melhores presidentes da história do Brasil. Jango, se não tivesse sido sabotado do primeiro ao último dia de governo, até sua derrubada no golpe de 1964, talvez fosse o melhor de todos.

Todos os dias um batalhão de comentaristas muito bem pagos propagam coisas negativas contra o Brasil, contra o PT, contra Dilma, contra Lula e contra as políticas sociais. Cinicamente, combatem a corrupção ou o mau uso do dinheiro público de forma seletiva. Vou dar dois exemplos recentes para ilustrar o que estou dizendo. Há poucos dias o ex-governador Aécio Neves foi acusado de usar avião do governo de Minas para viajar para o Rio de Janeiro nos finais de semana. Foram mais de 120 viagens às custas do dinheiro público. Um dos poucos jornalistas independentes da mídia corporativa, Jânio de Freitas, chegou a calcular que o ex-governador de Minas, somados estes dias, teria passado mais de um ano fora de Minas nessas viagens.

Qual foi o destaque que a imprensa brasileira deu para esta denúncia? Nenhum. Não houve qualquer repercussão. Não vimos nenhuma matéria jornalística com repórteres entrevistando os envolvidos, provocando o MP ou a PF, mostrando imagens de aviões e o quanto em dólares isso teria custado aos bolsos do povo mineiro. Nada. Zero.

Agora imaginem se isso tivesse acontecido contra um governante do PT? Seria o fim do mundo, chamadas em capas de jornais e revistas o ano inteiro, repercussão nas TVs e rádios diariamente. Mais ou menos como aconteceu com os dois mensalões, o do PSDB aqui de Minas e o do PT, com os mesmos personagens, o mesmo banco, a mesma praça. A diferença é que o chamado mensalão do PT virou notícia da mídia durante vários anos diariamente, até que os personagens fossem julgados e presos. Já o mensalão do PSDB, anterior ao do PT, continua sem julgamento final, seus personagens estão livres e soltos. E a mídia nem toca neste assunto.

Mas, o maior descaramento mesmo está acontecendo agora, com o escândalo envolvendo o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que era ou é ainda a esperança do golpe do impeachment contra Dilma no Congresso Nacional. Enquanto a Operação Lava Jato atingia somente aos petistas, a mídia dava total destaque, mobilizava repórteres, trazia imagens diariamente dos envolvidos, mesmo sem prova alguma contra eles, apenas com base em delações premiadas.

Agora que o governo da Suíça praticamente confirmou de forma documentada que o presidente da Câmara manteve contas não declaradas nos bancos suíços, e com valores semelhantes aos cinco milhões de dólares de propinas que os delatores apontaram, a mídia simplesmente blinda o personagem e finge que nada aconteceu. Imaginem se se tratasse de um deputado do PT que presidisse o parlamento? O mundo cairia na cabeça deste infeliz. A mídia exigiria a renúncia ou a cassação imediata dele, provocaria a justiça e o MP e a Polícia Federal para destruir a imagem do deputado. Colocaria dezenas de pessoas a bater panelas nas varandas gourmet, como faz contra a presidenta Dilma, sem que contra ela haja qualquer indício de corrupção.

Ao invés de dar destaque a este fato novo, bombástico, de um presidente da Câmara dos Deputados, terceiro homem na linha da sucessão presidencial, estar envolvido, segundo o MPF, dois delatores da Lava Jato e os documentos do governo suíço, em esquemas de propinas, a mídia prefere atacar a quem? Claro: o PT, Lula, Dilma, a Petrobras.

É esta a postura, a régua moral dessa mídia que detém 100% do monopólio das comunicações via rádio, TVs, jornais impressos e revistas. Não fosse a Internet, com os blogs e sites independentes, que pontuam diariamente o contraponto ao golpismo dessa mídia corporativa, a população brasileira praticamente estaria entregue à vontade de grupos empresariais que não estão nem aí para o povo brasileiro.

Quem ouve o noticiário de qualquer um desses veículos de comunicação ou de desinformação, tem a impressão de que o Brasil acabou, que vivemos uma guerra diária, a economia está afundando de forma irrecuperável, que tudo conspira contra o Brasil. Um horror. Quando a gente sai nas ruas o cenário é bem diferente. Existe violência, mas nem tanto quanto a noticiada. A maioria do nosso povo é generoso, quer o bem do próximo. Os supermercados continuam cheios, ainda que alguns preços tenham subido; o desemprego aumentou, mas ainda está longe de se comparar com realidades dramáticas como na Grécia, Portugal, Espanha, ou outros países. Isto sem falar que há políticas sociais, como o Bolsa Família, o seguro desemprego, entre outras formas de políticas compensatórias, que aliviam e muito a situação de desemprego. Não resolve, mas pelo menos garante o mínimo para a sobrevivência digna de milhões de pessoas.

Quando o Brasil estava bem, ou seja, com quase pleno emprego, aumentos reais nos salários e grande expansão do mercado interno, esta mídia torcia contra e todo dia desejava um "Mau dia!", em nome de um bom dia falso e canalha. Agora que a situação piorou um pouco, e grande parte por culpa desta mídia, os comentaristas despejam a culpa nos bons tempos de crescimento econômico, como se tivesse havido gastos exagerados. Ora, o que se investiu foi na construção civil, que gerou emprego; foi na desoneração de impostos que barateou o preço de produtos como geladeira, fogão, máquina de lavar roupa, etc. Isso gerou mais consumo, mais emprego, mais inclusão social. Mas, para esta mídia cínica e golpista, incluir os pobres é sinônimo de gasto exagerado. Pagar altíssimos juros aos bancos, para eles, é normal. Sonegar impostos, como acontece no Brasil principalmente por parte dos ricos, é super normal e para eles até justificável. Agora, criar um impostinho como a CPMF para ajudar a financiar a previdência, isso não pode, é um absurdo, segundo estes serviçais dos piores interesses.

A verdade é que essa gente está a serviço da Casa Grande, ou seja, dos ricos, incluindo os grupos estrangeiros, aos quais eles servem de forma acrítica. Compram as teorias desses grupos, repetem os enfoques da mídia estrangeira e enganam o nosso povo com previsões catastróficas que estão muito longe da realidade. Mas, isso acaba formando um exército de gente sem capacidade de pensar criticamente, que passa a repetir nas redes sociais a mesma ladainha anti-PT, anti-bolivarianos, anti-sem-terra, com discurso homofóbico e preconceituoso de várias formas.

Notícias boas sobre a Petrobras, por exemplo, eles nunca dão. A Petrobras vem batendo recorde de exploração de petróleo do pré-sal todos os meses. Emprega 80 mil brasileiros, incentiva a construção civil, a indústria naval, e é considerada uma empresa que domina tecnologia de ponta, com produtividade altíssima. Mas, eles sempre associam a Petrobras à corrupção, quando apenas alguns agentes estiveram envolvidos em esquemas políticos, esquemas estes que existem há décadas e que beneficiaram TODOS os partidos, mas que a mídia, e a operação Lava Jato, e a PF do Paraná, e o MP do Paraná, e o complô enfim do Paraná só atribuem ao PT. Das empresas envolvidas no escândalo da Petrobras, TODAS contribuíram com as campanhas eleitorais do PT, do PSDB, do PMDB, do PPS, do PSB, do PDT, etc. Mas, somente o tesoureiro do PT, que declarou legalmente todas as doações que recebeu, é que foi preso. Os demais, nem investigados foram. As mesmas empresas da Lava Jato - as principais, pelo menos - atuaram aqui em Minas na gestão tucana, construíram obras como a Cidade Administrativa e a Linha Verde e doaram milhões de reais para Aécio e Anastasia, mas, claro, essas doações estão fora de qualquer dúvida. Fizeram o mesmo em SP nos governos tucanos. Claro que aqui em Minas e em São Paulo NUNCA se praticou qualquer ato de propina, de troca de favores, de toma-lá-dá-cá. Foi o PT quem inventou a pólvora.

Não estamos aqui para justificar os erros de alguns integrantes do PT ou de qualquer outro partido. E que devem ser investigados sim e punidos, a bem da coisa pública. O que indigna as pessoas de caráter é essa falta de caráter da mídia brasileira, que faz denúncias seletivas, blindando alguns e denunciando outros por crimes semelhantes. Isto não é bom para a democracia brasileira. Isto forma pessoas levianas. Isto deseduca as pessoas.

Vejam esse movimento contra Dilma, que sai às ruas carregando boneco inflado do Lula como se fosse prisioneiro. Não têm qualquer acusação formal, qualquer prova contra Lula e Dilma, mas eles insistem em bater na tecla da corrupção, do mau uso do dinheiro público como pano de fundo das suas supostas revoltas. Ora, por que não fazem protestos contra Eduardo Cunha? Ou contra Aécio Neves? Ou contra José Serra? Ou contra Alckmin, já que os tucanos de SP estão claramente envolvidos no chamado Trensalão, outro escândalo que a mídia abafou, já que não aparecem petistas nas denúncias.

Ou seja, esta postura de indignação seletiva da mídia e de seus seguidores, aos quais chamamos de lobotomizados, deseduca a população brasileira. As pessoas passam a construir critérios morais ao sabor dos seus interesses egoísticos. Se o adversário rouba, é bandido; se um amigo rouba, é normal? É este o critério moral e ético que a mídia reproduz diariamente para a população brasileira? Que tipo de sociedade se quer construir a partir desses critérios?

Isto sem falar no mau caratismo dessa mídia, que se sustenta de verba publicitária estatal e governamental e adora arrotar lições em favor de medidas neoliberais como estado mínimo e eficiência privada em oposição a uma suposta ineficiência estatal. Ora, se essa mídia, que é empresa privada - embora receba concessão pública - sobrevive agarrada às tetas do dinheiro público, que moral ela tem para falar em menos impostos, em capacidade superior de empresas privadas, etc.?

Portanto, não dá para levar a sério essa mídia, que é golpista, que tenta desestabilizar a economia do país, e tenta derrubar governos populares, enquanto blinda personagens, partidos e governos de direita. A democratização brasileira foi interrompida com a manutenção do monopólio da mídia, que considero criminoso para os interesses do povo brasileiro. Este foi, aliás, um dos pecados capitais dos governos do PT, que não só não lutaram pela quebra do monopólio da mídia golpista, como alimentaram esse monopólio financeiramente com generosas verbas publicitárias. Hoje, o PT colhe o que plantou, o ovo da serpente que chocou, e agora recebe picadas venenosas diariamente.

O nosso conselho é um só para as pessoas que leem o nosso blog: não levem a sério a mídia golpista e seus comentaristas bem pagos para detonar os interesses do povo brasileiro. Criem e valorizem a mídia alternativa, que cresce na Internet. Construam mecanismos próprios de comunicação. E acima de tudo, desenvolvam uma leitura crítica da realidade brasileira e mundial, sempre mais rica e mais complexa do que essa leitura pobre e hipócrita que a mídia brasileira oferece aos cidadãos. Uma boa referência, na política por exemplo, é começar a ver com bons olhos aqueles que são diariamente atacados pela mídia. Pois, se não prestam para os donos dessa mídia é porque devem ser bons para a maioria do povo brasileiro.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!


***

Assista a TV NBR - a TV do Governo Federal:




***

Sugestões de consulta na Internet:
 
Blog Viomundo
Jornal GGN
Diário do Centro do Mundo 

Blog Tijolaço 
Blog O Cafezinho 
Revista Forum 
Blog da Cidadania
Blog Escrevinhador
Blog Conversa Afiada
Blog do Miro 
Blog Maria Fro 
Carta Capital

Rede Brasil Atual  
Blog Socialista Morena 
Blog do Mello
Blog Cloaca News 

Mauro Santayana

Leonardo Boff 
MST
MTST
Muda Mais 
Mais Mudanças 
Megacidadania 
TV Postv (Internet) (Novo)
TV Brasil Internacional
TVT - sindicato metalúrgicos ABC paulista
Telesur ao vivo

TV NBR (do governo Federal)
TV do Governo Venezuelano
Press TV do Irã
RT - Russia Today - em espanhol 
Portal EBC

Rádio Brasil Atual (Novo)



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dilma me representa, apesar de não concordar com algumas medidas adotadas neste segundo mandato. Mas, ainda há tempo de mudar os rumos do governo


Dilma me representa, apesar de não concordar com algumas medidas adotadas neste segundo mandato. Mas, ainda há tempo de mudar os rumos do governo.




Fiz questão de abrir este novo post com o discurso da nossa presidenta Dilma, eleita legitimamente em dois turnos, e que alguns imbecis querem derrubá-la através de golpe. Não passarão! Ou, como diria o poeta Mário Quintana:

"Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!"

A presidenta Dilma está cercada de maus conselheiros, é fato, gente despreparada para lidar com os desafios do momento. Além da turma fisiológica dos partidos de aluguel. É a consequência do governo de coalizão, formado desde os tempos do ex-presidente Lula, e que o PT não conseguiu romper. 

Hoje existe um esforço para se formar um movimento que transcenda este aprisionamento do governo federal às forças fisiológicas e de direita. Aqui mesmo em BH, pelo que ficamos sabendo através de alguns blogs, foi criada, no último sábado, a Frente Brasil Popular, que conta com a participação de vários movimentos sociais e partidos e grupos, entre os quais, CUT, UNE, MST, FUP, PT, PCdoB, PSB e PDT. Houve lançamento de Manifesto ao povo brasileiro, que pode ser lido aqui.

Um outro esforço de formação de movimento pela base tem sido encabeçado pelo MTST, que pretende lançar outra Frente em outubro. Segundo nota oficial do MTST participarão dessa segunda frente alguns movimentos, como: CUT, UNE e CTB, além de outros coletivos. Não vejo nenhum problema em relação a isso. A esquerda pode e deve se unir, ainda que mantenha seus diferentes focos.

Alguns pontos, contudo, são comuns: a defesa das conquistas dos trabalhadores, hoje ameaçadas pela direita que domina o Congresso Nacional; a luta por mais conquistas e por políticas geradoras de emprego e mais investimentos nas áreas sociais - o que se choca com as políticas do ministro Levy, claramente neoliberal, e que de certa forma é mantido no governo para agradar ao chamado mercado, que nada mais é do que um grupo de grandes banqueiros e empresários que são os donos do PIB brasileiro.

A presidenta Dilma, mais cedo ou mais tarde vai compreender que para fazer o Brasil voltar a crescer terá que atacar os interesses dos setores mais ricos do país. Reduzir os juros, por exemplo, para estancar em parte a sangria da dívida pública, que beneficia pouquíssimas famílias, em detrimento do bem geral do povo brasileiro.

Uma outra fonte de sangria são os sonegadores de impostos, que essa direita bandida e sua mídia golpista odeiam fazer qualquer referência ao tema. São bilhões de dólares sonegados, principalmente pelos mais ricos. E ficam nesta ladainha de dizer que já pagamos muitos impostos. Quem realmente paga os maiores impostos são os trabalhadores, especialmente os de baixa renda, que pagam impostos indiretos através do consumo. 

Para os ricos, estes impostos atingem pequena margem de suas rendas. Os impostos diretos, para eles, são baixíssimos. E mesmo assim sonegam impostos.

Um dos impostos mais justos era o CPMF, que os tucanos, os demos e outros tipos acabaram derrubando no Senado. Este imposto atingia principalmente quem fazia grande movimentação financeira através dos bancos. Ele representaria hoje algo como R$ 80 bilhões anualmente para aliviar as crescentes demandas da Saúde Pública. Mas, foi derrubado pela direita brasileira.

Dilma deveria articular com os governadores e prefeitos a volta deste imposto, assumindo o compromisso de repassar parte do dinheiro arrecadado para os entes federados - estados e municípios.

Muita gente, por ignorância ou má fé, reclama de impostos e ao mesmo tempo cobra melhores serviços públicos. Como se o governo tivesse uma maquininha de produzir dinheiro próprio. Ora, pode-se criticar o mau uso do dinheiro público; mas, não esqueçamos que para que haja maiores investimentos na Educação e na Saúde, por exemplo, é preciso que haja fontes de financiamento. Uma dessas fontes, a principal, aliás, são os impostos arrecadados. Os 3 milhões de profissionais da Educação pública do Brasil, os milhares de médicos, enfermeiros e demais profissionais da Saúde pública, os serviços de segurança, os investimentos na moradia, saneamento, etc., são bancados com recursos oriundos dos impostos.

O que deveríamos discutir é quem paga estes impostos hoje no Brasil, ao invés dessa ladainha furada de comentaristas mal informados da mídia golpista, que vivem a repetir que passamos cinco meses do ano a pagar impostos. Conversa fiada, gente. Por que eles não falam nada, mas nada mesmo, sobre a sonegação de impostos? Porque estão comprometidos com os de cima, e não com os interesses do povo brasileiro.

Mas, voltemos ao discurso da nossa presidenta. Vejo na fala dela um sincero desejo de acertar, de investir no social, de manter as políticas iniciadas no primeiro mandato de Lula, e que ela deu continuidade. As políticas sociais que beneficiam grande parte do nosso povo - Bolsa Família, Mais Médicos, Pronatec, Luz para todos, Ciência sem Fronteiras, Minha casa minha vida, políticas de cotas, o combate à seca no Nordeste, entre tantos outros programas - fazem parte da realidade de milhões de brasileiros.

Somente a mídia golpista e suas hordas de lobotomizados, que se desinformam através dos meios de comunicação que ela controla, não conseguem ver os grandes avanços e as grandes conquistas do povo brasileiro, especialmente os mais pobres, durante os últimos 12 anos. Cerca de 40 milhões de pessoas foram arrancadas da fome e da miséria. Isto já bastaria para inscrever os governos Lula e Dilma como os melhores da história do Brasil.

Mas, este período inaugurado no primeiro mandato do ex-presidente Lula está se esgotando. Pelo menos a forma de gestão em coalizão com a direita e o fisiologismo está chegando a um limite de difícil superação. Até porque, diante da crise mundial do capitalismo, a direita só tem um receituário: cortar direitos, reduzir salários, usar o estado como instrumento de enriquecimento ainda maior de poucos. Eles não querem que haja continuidade nas conquistas sociais, com aumentos reais nos salários e maiores oportunidades de consumo para todos.

Vejam o que estão fazendo com os migrantes da África e do Oriente Médio para a Europa. As políticas imperialistas dos países ricos europeus e dos EUA são responsáveis pela ruína desses países. E não querem - Europa e EUA - dar a devida ajuda humanitária aos povos desses países, e nem tampouco aceitar o ingresso de milhares de pessoas na Europa. Pessoas que antes viviam razoavelmente bem nos seus países de origem, mas que, em função das guerras promovidas e alimentadas pelos interesses geopolíticos do imperialismo, ficaram sem chance de sobreviver.

Aqui no Brasil, ao contrário, 40 milhões de pessoas foram retiradas da miséria e da fome. E a mídia tem a cretinice de dizer que a crise atual foi causada pelos governos de Lula e Dilma.

Por isso tentam derrubar o governo Dilma. Ou pelo menos mantê-lo enfraquecido, para que as hienas possam partilhar a carne e o sangue do povo brasileiro. Querem destruir a Petrobras, mas não conseguirão. Querem se apropriar do pré-sal e entregá-lo para grupos estrangeiros. Usam mecanismos judiciais e policialescos, como a Operação Lava Jato, que focou seu ataque apenas contra o PT e contra a Petrobras e o grupo de empresas, que, juntas, geram milhares de empregos e são responsáveis por quase 20% do PIB brasileiro. A Lava Jato não pegou nenhum cacique tucano, quando se sabe que todos eles receberam altas somas das mesmas empresas que doaram recursos legais para o PT. Mas, só o PT é atacado pela PF da Lava Jato, pelo delegado-juiz Moro, pela justiça e pelo congresso nacional, principalmente na Câmara dos deputados, que tem na presidência ninguém menos do que o achacador-mor e denunciado pelo MPF Eduardo Cunha.

É algo surreal. A pessoa mais honesta deste grupo, quase uma classe separada, ou uma claque política, talvez seja a presidenta Dilma. E é a mais massacrada, a mais xingada, a mais agredida e perseguida por essa turma de lobotomizados.

Aliás, agora começaram a atacar mais fortemente ao ex-presidente Lula, de forma desesperada. Temem que ele volte em 2018 e retome o processo de fortalecimento do mercado interno e investimentos no social. Será o desespero total dessa direita que perdeu as últimas 6 eleições presidenciais (dois turnos cada eleição), apesar de todo apoio da mídia, todo descaramento da campanha antipetista. O povo sabe, até por instinto, quem realmente representa os seus interesses.

Por isso, não é permitido às pessoas de bem, honestas, que não tenham sido enganadas pela mídia, baixarem a guarda. É preciso lutar, participar dos diálogos e das construções de alternativas em favor dos de baixo. O PT está muito enfraquecido, mas ainda representa uma parcela expressiva da população brasileira. Contudo, há hoje grupos e coletivos que querem mudanças que transcendem a liderança de um único partido e este esquema vinculado aos grupos fisiológicos e de direita. Por isso a ideia de frente ou movimento popular encarna melhor o desejo de formar uma força social e política capaz de arrancar maiores conquistas para o povo brasileiro e estancar os ataques da direita golpista.

A presidenta Dilma, ao mesmo tempo que precisa negociar com os de cima para continuar o seu governo, deve cada vez mais se apoiar neste movimento social dos de baixo, pois é aqui, no chão da fábrica, que vamos garantir a continuação do governo dela e a manutenção dos direitos e conquistas dos de baixo. Além de conquistar novos direitos. Nada menos do que isso. 

Neste Sete de Setembro, a palavra da nossa presidenta deve ser ouvida e discutida para que possamos apresentar ao governo as nossas - dos de baixo - alternativas para a crise do momento.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!


***

Sugestões de consulta na Internet:
 
Blog Viomundo
Jornal GGN
Diário do Centro do Mundo 

Blog Tijolaço 
Blog O Cafezinho 
Revista Forum 
Blog da Cidadania
Blog Escrevinhador
Blog Conversa Afiada
Blog do Miro 
Blog Maria Fro 
Carta Capital

Rede Brasil Atual  
Blog Socialista Morena 
Blog do Mello
Blog Cloaca News 

Mauro Santayana

Leonardo Boff 
MST
MTST
Muda Mais 
Mais Mudanças 
Megacidadania 
TV Postv (Internet) (Novo)
TV Brasil Internacional
TVT - sindicato metalúrgicos ABC paulista
Telesur ao vivo

TV NBR (do governo Federal)
TV do Governo Venezuelano
Press TV do Irã
RT - Russia Today - em espanhol 
Portal EBC

Rádio Brasil Atual (Novo)

***

Assista a TV NBR - a TV do Governo Federal:




***


Greve dos Educadores de Ibirité

Renan Mendes

   Em greve desde o último dia 24, os trabalhadores da Educação de Ibirité decidiram, nesta quarta-feira (28), permanecer de braços cruzados após a Câmara Municipal aprovar, em segundo turno, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 005/2015 que amplia a jornada de trabalho e reduz os salários da categoria. Segundo a prefeitura, a  medida visa economizar recursos para enfrentar a “grave” crise financeira do município. “Decidimos manter a greve porque esse projeto é claramente inconstitucional. Isso de aumentar a carga horária sem o correspondente aumento de salário não existe, é contra a lei. Vamos seguir mobilizados, denunciando as ilegalidades do prefeito e, ao mesmo tempo, também recorreremos à Justiça. O Ministério Público (MP), inclusive, já foi acionado. Esperamos que o órgão se posicione o mais breve possível, impedindo que essa lei absurda entre em vigor”, diz Rafael Calado, coordenador do Sind-UTE Ibirité.

OUTRAS INFORMAÇÕES:


Rafael Calado, coordenador geral: 8287-8636/8532-2112

Edson Lula, diretor executivo: 8287-8637
Flávio do Carmo, diretor executivo: 9621-4053
Camila Oiko, diretora executiva: 8568-3745
Adilson Dumont, diretor executivo: 8287-8620


Leiam mais sobre a greve dos professores de Ibirité clicando aqui.