Atualização em 09/01/2015: Piso dos educadores é reajustado em 13%... Mas, não em Minas, outro país: A presidenta Dilma e o novo ministro da Educação deram reajuste de 13% no piso salarial dos profissionais do magistério para 2015, que passou para R$ 1.917,00. Ainda é pouco, mas o índice foi o dobro da inflação de 2014. Isso para uma jornada de até 40h, para o profissional com formação em ensino médio. Se Anastasia e Aécio não tivessem destruído a carreira dos educadores de Minas, este reajuste seria muito bem vindo. Vejamos. Mesmo aplicando a proporcionalidade para a jornada de trabalho de 24h, um professor com formação em ensino médio e início de carreira teria direito a um salário de R$ 1.150,00. Como a grande maioria dos professores tem curso superior, pelo antigo plano de carreira, destruído pelos tucanos, o salário inicial seria de R$ 1.712,00. Isto somente como valor do vencimento básico. Sobre este valor inicial seriam aplicadas as gratificações, como quinquênios e biênios, além das progressões (3% a cada dois anos). Muito provavelmente, um professor que tivesse entre 10 e 15 anos de carreira receberia, por um cargo apenas, entre R$ 2.400,00 e 3.500,00. Mas, pela regra atual, do subsídio, o governo pode até alegar que já paga o piso, como faziam os tucanos, cinicamente, e ainda diziam que pagavam até mais que o piso. Isto depois de haver burlado descaradamente a Lei do Piso, nas barbas de um ministério público omisso e de um legislativo totalmente conivente com o golpe contra os educadores. E uma mídia absolutamente comprada. Espera-se, a partir de agora, que o novo governo dê início a um processo de valorização dos educadores. Na minha opinião pessoal, uma medida saneadora e a curto prazo, seria aplicar o reajuste de 13% nos valores atuais dos subsídios. Mas, a médio prazo, a maior conquista seria restabelecer um vencimento básico decente (talvez o valor do piso nacional cheio) e os percentuais da antiga tabela - 22% para cada promoção na carreira e 3% para cada progressão, reajustes que o governo tucano tirou apenas dos educadores. Já seria uma grande conquista para os próximos anos.
P.S.: A notícia publicada no jornal O Tempo, neste link aqui, mostra que o governador Pimentel está disposto a negociar melhores condições para os educadores de Minas. E que o compromisso de pagar o piso, feito em campanha, permanece de pé. Vamos acompanhar e cobrar, mas sem esse discurso de oposição tucana derrotada, que torce para que tudo dê errado.
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Um 2015 com lutas e conquistas para todos... os de baixo
Nas últimas horas de 2014, não pretendemos aqui fazer um balanço geral do ano que se encerra. Soa meio pretensioso, até, querer resumir 365 dias num único texto, ainda mais considerando as diferentes realidades de cada pessoa, de cada grupo, de cada estado, de cada país, enfim. Mas, alguns acontecimentos marcaram mais fortemente o ano de 2014. Vamos conferir?
O ano começou – quase como os contos infantis, rs: “Era uma vez, tudo começou assim...” - mas, dizia, o ano começou com a ressaca das grandes mobilizações de junho de 2013. Dois acontecimentos marcantes estavam previstos para 2014: a Copa do Mundo e as eleições para os governos estaduais, deputados, senadores e sobretudo para a presidência da República.
As elites brasileiras se prepararam para transformar estes dois acontecimentos num só. Usando a sua mídia golpista, era para dar tudo errado na Copa do Mundo, para que a população chegasse às eleições disposta a eleger qualquer tirano que se apresentasse como salvador da Pátria – desde que expulsasse o PT do governo.
Além disso, era para a economia ter dado tudo errado: a inflação tinha que ultrapassar os 10%, o desemprego tinha que aumentar, os salários tinham que parecer defasados com a inflação em alta e o Brasil tinha que ter a cara do discurso da mídia: um fiasco total.
Se alguém tivesse tido o trabalho de gravar as previsões de economia de Rita Mundim da Itatiaia, de Carlos Viana também da Itatiaia, da Urubóloga da TV Globo também conhecida como Miriam Leitão, ou dos colonistas – assim mesmo C-O-L-O-N-I-S-T-A-S como: Merval Pereira, Willian Waack, Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, entre tantos outros, veria que o Brasil acabou. Fechou para balanço. Na previsão da mídia golpista brasileira, há 12 anos que o Brasil encontra-se no abismo.
O problema é que os números reais não batem com a previsões catastróficas dessa mídia. O desemprego tem sido mantido nos mais baixos índices do mundo; o salário mínimo tem tido aumentos reais – alô mídia, para 2015 o salário mínimo será de R$ 788, com reajuste acima, portanto, da inflação! –, os programas sociais retiraram milhões de pessoas da miséria e da fome; as políticas públicas possibilitaram que milhões de pessoas tivessem acesso à casa própria, ao sistema de saúde, aos cursos superiores e ao ensino técnico. Claro que precisa melhorar mais e mais em todas as áreas, mas, o Brasil está muito longe de ser o desastre anunciado a cada minuto por jornalistas muito bem pagos para detonar o país e os interesses da maioria da população.
Portanto, na agenda das elites, a Copa tinha que ter sido um fiasco. Não foi. Foi um sucesso em termos de organização e de apoio da população, que apesar do bombardeio midiático, soube separar o que é política e o que é esporte. O único fiasco foi a Seleção Brasileira, que perdeu de 7 a 1 para a Alemanha, mas aí por culpa dos esquemas mafiosos que existem no futebol brasileiro – e dos quais a mídia se beneficia largamente. O Brasil deve ser o único país do mundo que muda os horários dos jogos por causa das novelas de uma TV.
A elite esperava que houvessem novas manifestações de rua durante a Copa do Mundo, como acontecera em junho de 2013. Contudo, o cenário já era outro. Em parte, porque o governo federal teve uma atitude de diálogo com lideranças das manifestações. Foi desse diálogo que nasceu o programa Mais Médicos. Além disso, os manifestantes traziam demandas muito diferenciadas, e muitas delas estavam ligadas aos problemas regionais. Problemas de segurança, de saúde pública, de moradia, de mobilidade urbana, denúncias de corrupção, que a mídia tentou colocar tudo na conta do governo federal. Não colou. O povo não é idiota.
Em 2014 as manifestações não se repetiram. Ficou evidente que o legítimo movimento, nas tintas da mídia, tinha ganhado ares de manipulação golpista de direita. Mesmo havendo a participação da esquerda, era evidente que a aposta das elites era a de criar um país fragmentado, dividido e pedindo socorro a qualquer um. Foi num clima de aparente desastre e fragmentação interna que os países do Oriente Médio e da África (alguns) foram praticamente reduzidos a pó. Com o apoio da CIA, da OTAN, de mercenários e de grupos de rapina do Ocidente, que querem isso mesmo, que os povos dos países ditos emergentes vivam em guerra interna, para que elas, as elites dos países ricos, com seus aliados colonizados de cada país neocolônia, continuem usufruindo das nossas riquezas humanas e materiais.
Se dependesse da mídia brasileira, o Brasil já teria se tornado uma colônia dos EUA, assim como acontece hoje com o México, “tão longe de Deus e tão perto dos EUA”. Se dependesse do tucanato, que representa a direita, e de sua mídia, herdeira dos piores interesses, o Brasil já teria privatizado tudo e colocado os trabalhadores brasileiros como escravos assalariados, sem direito algum, a não ser o de trabalhar para enriquecer alguns poucos, e de morrer, claro.
Felizmente, o Brasil com o governo Dilma e com a capacidade crítica da maioria do nosso povo, continuou avançando nas políticas sociais, sem cortar os direitos trabalhistas fundamentais: férias, 13º salário, direito à aposentadoria, direito à greve e a aumentos reais de salários, direito à jornada de trabalho de 8h – podendo reduzir, com luta, claro -, direito, enfim, a sonhar com um mundo diferente, mais igual, menos voltado para o egoísmo consumista próprio do capitalismo.
Isto significa que estamos no paraíso? Claro que não. Há muito o que conquistar. O Brasil continua sendo um dos países mais desiguais em matéria de distribuição de renda. A Educação pública e a saúde precisam melhorar. As políticas voltadas para a mobilidade urbana precisam mudar radicalmente, com foco num transporte público de qualidade e barato. Mas, apesar desses e de outros problemas, houve grandes avanços, como já dissemos antes aqui. Nos limites do capital, é difícil sonhar com o paraíso.
Os governos do PT pecam terrivelmente pela incapacidade de se comunicar diretamente com a população brasileira. A mídia golpista nada de braçada durante o ano todo, pois não existe contraponto às baboseiras que eles dizem. A não ser através da Internet, em blogs como este e outros tantos, onde demarcamos o terreno e procuramos apresentar outras versões para os fatos que se apresentam ou que são apresentados como verdades absolutas.
Como a Copa deu certo, e tudo indicava que Dilma seria facilmente reeleita, as elites já tinham nas mangas das mãos e dos pés uma nova cartada. Ou mais de uma. Ou a combinação de várias. Mal começou o processo eleitoral, e a Globo lançou uma novela das 9h da noite. Uma novela que poderia ter sido intitulada desde o começo assim: “Eles sabiam...”. Mas, a Globo preferiu manter o suspense, com capítulos da novela de horror sendo exibidos a cada dia com uma nova revelação seletiva – sempre contra o PT, Dilma e Lula. Começava ali a chamada Operação Lava Jato, pronta para transformar a principal empresa do país, símbolo da resistência, da nacionalidade e da luta de muitas gerações, em foco de corrupções e bandalheiras.
Ardilosamente, a mídia brasileira detonou a Petrobras como se tudo ali fosse um antro de bandidos. Na prática sabemos que o que aconteceu na Petrobras, e que vem de longe, de longa data, é a reprodução das práticas corriqueiras da grande maioria das empresas e dos governos brasileiros, de todas as esferas. O suborno, o superfaturamento, a corrupção estão presentes no nosso dia a dia, infelizmente. E já começa com a forma privatizada de financiamento das campanhas eleitorais. Para fazer uma obra, a empresa privada tem que garantir o caixa dois que financiará os políticos que intermediaram aquela obra. E aí aparecem os diretores, os técnicos mais envolvidos, o aparato policial e judicial, enfim, há muita gente envolvida em milhares de esquemas ilícitos em todo o país, de cima a baixo.
Corrigir toda essa podridão leva tempo. É preciso mudar a cultura de um país. É preciso mudar sobretudo essa desigualdade social, que está na raiz das práticas do levar vantagem, do tirar proveito, do aceitar o suborno, enfim, coisas que têm a ver com a ética, com a moral, mas que têm também uma raiz social. Nada disso tem a ver com o nosso povo ou com qualquer outro povo. Tem a ver com o sistema capitalista, egoísta, parasitário, que estimula a esperteza, a safadeza, e pune os honestos. Quem é honesto no nosso mundo geralmente é punido. Quem é esperto, costuma se “dar bem”, segundo a ótica capitalista. É isso que queremos para nós e para nossos irmãos e filhos e netos e sobrinhos?
Mas, a mídia não está preocupada com as futuras gerações. Eles pensam somente neles e nos seus (deles). E por isso eles vivem dizendo que vão se mudar para Miami. Ora, façam-nos este favor! Mudem-se para Miami, ou para Paris ou para a P.Q.P – com o perdão dos nossos poucos e civilizados leitores. O ex-cantor Lobão, por exemplo, fez essa ameaça e depois das eleições, com a vitória da Dilma, desistiu e ficou aí desfilando em SP e pedindo o Impeachment da nossa presidenta. Nada mais ridículo. Até Aécio, que teria marcado um ato de protesto em SP, se deu conta do ridículo e preferiu curtir as praias de Santa Catarina. Este ambiente de festas, praias, noitadas, é literalmente a praia dele.
Assim, chegamos ao final de 2014 com as seguintes definições: Copa do Mundo bem organizada, Dilma reeleita, apesar de Marina Silva, morte de Eduardo Campos (outra novela da Globo), escândalo da Petrobras, capas da Veja; e, o mais importante para Minas: os tucanos derrotados nas terras de Tiradentes, Drummond e Guimarães Rosa. Enquanto isso, a mídia continua desejando o fim do mundo para o país. Incluindo a privatização da Petrobras e do pré-sal, que é o sonho da mídia e da elite que ela representa. Ou seja: muita coisa boa e essa coisa negativa que é a mídia golpista, desagregadora do nosso povo. Construir uma outra mídia deveria ser o principal sonho de TODOS o brasileiros, pois esta mídia que está aí tem sido a principal causa de todos os problemas do Brasil – da violência cotidiana às crises setoriais e acredito que até pessoais. Muita gente se deprime só de ouvir essa mídia. Muitos empresários, depois de ouvirem os comentários dessa mídia, simplesmente desistem de investir aqui. Ora, quem quer investir num país que a mídia diz que está cada vez pior, que tudo vai dar errado, que já estamos no abismo e só mostra coisas negativas?
E olha que os índices reais – não aqueles apontados pelos urubólogos da mídia – estão muito bem, obrigado. O desemprego em baixa, a inflação está sob controle, os salários não estão congelados – a não ser os dos educadores de Minas, graças ao choque de gestão tucano. Temos fortes reservas em dólares e grande capacidade de investimentos, além das nossas enormes riquezas humanas e minerais.
E a mídia é muito cara de pau para falar em crise, pois ela tem recebido, de todos os governos, inclusive o federal, a maior BOLSA-MÍDIA do país. Só o governo federal e suas estatais repassam mais de R$ 1 bilhão por ano em publicidade para sustentar uma mídia que ataca o Brasil e o povo brasileiro todos os dias. Em Minas, no apagar das luzes, o governo tucano liberou parcialmente os gastos com publicidade nos últimos 12 anos – em números atualizados daria em torno de meio bilhão de reais, pelo menos, excluídos os gastos da Copasa, Cemig e outros. Os maiores beneficiários desses gastos publicitários foram: a TV Globo, claro, a Rádio Itatiaia, claro, também, e o jornal Estado de Minas, obviamente, mais do que claro. A diferença é que, no plano federal, a mídia recebe publicidade e maltrata o governo que lhe paga. Esta mídia deveria assumir que o governo federal do PT é o mais democrático do mundo, pois apanha calado, sem reação, e ainda paga para isso. Já em Minas e SP com os tucanos é totalmente diferente. Eles pagam caro, com o nosso dinheiro, mas exigem uma fidelidade canina por parte da mídia. Que segue essa exigência de bom grado, já que seus proprietários e diretores e editores, na sua maioria, pelo menos, comungam com os ideais neoliberais dos tucanos. Além do golpismo, que está no DNA da mídia brasileira, apoiadora do golpe de 1964, e omissa em relação às práticas lesivas aos interesses da população brasileira naquele período.
Enfim, desejamos aos nossos queridos e queridas leitores um 2015 com muitas conquistas e muitas lutas. Especialmente para os de baixo. Não toquei em temas internacionais, mas posso adiantar que o cenário não é dos melhores. Contudo, a humanidade dos de baixo está viva, e pronta para resistir, para lutar e buscar novos caminhos para o mundo. No Brasil e na América Latina, pelo menos, as forças progressistas têm obtido conquistas importantes. Apesar do crescimento da direita golpista no Brasil e na região, é fato que houve um período de muitas conquistas sociais graças aos governos mais ligados aos movimentos sociais e às demandas sociais.
Que em 2015 os de baixo se organizem mais e melhor para conquistar seus (nossos) direitos. E que possamos construir uma outra mídia, independente, popular e de esquerda. E que os educadores de Minas obtenham importantes conquistas salariais e na carreira, já que o novo governo estadual assumiu compromissos com a categoria durante as eleições. E que o governo Dilma cumpra também as linhas gerais do seu programa. Nada de pessimismo antecipado, pessoal. O jogo a partir de 2015 ainda nem começou e já tem gente cantando derrota. É gostar de sofrer. É ser tão masoquista quanto a mídia que intoxica a mente dos brasileiros. Nós somos otimistas. E acreditamos que haverá sim muitas conquistas nos próximos anos, e não podemos achar que tudo se resolverá de uma hora para outra, no primeiro dia do ano.
Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!
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Sugestões de consulta na Internet:
- Blog Viomundo
- Jornal GGN
- Diário do Centro do Mundo
- Blog Tijolaço
- Blog O Cafezinho
- Revista Forum
- Blog da Cidadania
- Blog Escrevinhador
- Blog Conversa Afiada
- Blog do Miro
- Blog Maria Fro
- Carta Capital
- Blog do Mello
- Blog Socialista Morena
- Blog Cloaca News
- Mauro Santayana
- Blog Viomundo
- Jornal GGN
- Diário do Centro do Mundo
- Blog Tijolaço
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- Mauro Santayana
- Muda Mais
- Mais Mudanças
- TV Megacidadania (Internet - a partir das 21h)(Novo)
- TV Postv (Internet) (Novo)
- TV Brasil Internacional
- TVT - sindicato metalúrgicos ABC paulista
- Telesur ao vivo
- TV NBR (do governo Federal)
- TV do Governo Venezuelano
- Press TV do Irã
- RT - Russia Today - em espanhol
- Portal EBC
- Mais Mudanças
- TV Megacidadania (Internet - a partir das 21h)(Novo)
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- TV Brasil Internacional
- TVT - sindicato metalúrgicos ABC paulista
- Telesur ao vivo
- TV NBR (do governo Federal)
- TV do Governo Venezuelano
- Press TV do Irã
- RT - Russia Today - em espanhol
- Portal EBC