O líder trabalhista Leonel Brizola, em comício de encerramento na campanha pelo governo do Rio de Janeiro em 1990, enfrentando e derrotando a mídia golpista. (Vídeo citado em artigo do jornalista Rodrigo Vianna, editor do Blog Escrevinhador).
Qualquer cidadão um pouco mais atento, um pouco menos manipulado e teleguiado pelas estratégias dos de cima, já pode perceber qual é a jogada da mídia golpista, do tucanato e de seus seguidores de direita e até alguns desavisados da esquerda. Eles querem detonar o Brasil, para depois justificar as chamadas medidas "impopulares".
A qualquer hora do dia ou da noite que você liga o rádio, ou a TV ou pega um jornal na banca de revista, o que você mais vê? A mídia atacando o governo Dilma, o PT, o ex-presidente Lula, o Brasil, enfim, como se estivesse mal, descendo ladeira abaixo. As previsões da Rita Fim-de-Mundo, da Itatiaia, ou da economista Urubulóloga, da Globo, são sempre pessimistas: a economia vai mal, o mercado está anunciando que o desemprego vai aumentar, a inflação vai subir, ninguém mais quer investir no país, enfim, o Brasil está acabando, ou até já acabou.
Quando você analisa os índices reais, é tudo ao contrário do que eles dizem: a economia do Brasil cresce nos últimos 11 anos, o desemprego está no seu índice mais baixo, por volta de 5%; a inflação está sob controle, com aumentos provocados pela entressafra, ou por mera especulação injustificada dos empresários; existem políticas sociais de amparo às famílias de baixa renda como nunca se viu no país. Enfim, claro que ainda não vivemos o paraíso, mas o Brasil está muito melhor do que antes. Muito mesmo.
Mas a mídia golpista, tucana, insiste em dizer que vai tudo muito mal. E o pior é que para eles a culpa é sempre do governo federal, apenas. Se há um problema de violência urbana, que cresce no mundo, a culpa é da Dilma. Nunca é dos governos estaduais do PSDB, que governa dois dos maiores estados do Brasil - SP e Minas -, e que, por não investirem adequadamente no social, na Educação e na Saúde, entre outras áreas, contribuem e muito para este clima de insegurança e violência urbana.
Sem perspectiva de presente e de futuro, muitos jovens apelam para o tráfico ou para o crime organizado. Isto se resolve com políticas sociais, com mais Educação pública de qualidade, com mais programas de artes e cultura; com mais apoio e incentivo aos artesãos, aos pequenos produtores, enfim, com projetos de vida que alcancem estes cidadãos. Mas, o que fazem os governos estaduais? Muito pouco mesmo. Minas, por exemplo, desenvolve um programa chamado Fica Vivo, que é bom, por sinal - atenção mídia, aprenda comigo, saiba elogiar os programas do Governo Dilma, como estou fazendo agora com um program do governo do estado de Minas. Mas é insuficiente. O Fica Vivo tem o mérito de abrir as escolas nos finais de semana, contratar oficineiros, e permitir que jovens e adolescentes usem a quadra de futebol, brinquem, enfim, ao invés de ficarem nas ruas consumindo alguma droga, pelo menos ocupam o tempo de forma sadia. Mas, convenhamos, ainda é pouco.
O governo federal, por sua vez, tem realizado vários programas voltados para os jovens e adolescentes. Entre eles, o Projovem, que remunera os estudantes de uma certa faixa etária para frequentarem as escolas e aprenderem algum ofício. Outro programa interessante é o Pronatec, voltado para a profissionalização de jovens e adultos, oferecendo dezenas de ofícios em nível técnico, para que as pessoas se qualifiquem para trabalhar. Ocupam o tempo com aprendizado e constroem projetos de vida para si e para seus familiares. Cito ainda o ENEM, que foi todo reformulado e hoje abre as portas para as famílias de baixa renda acessarem o ensino superior. As políticas de cotas também contribuem para reduzir os preconceitos e as injustiças seculares.
Quem contribui muito pouco com a redução da violência é a própria mídia, que cria um clima de terror baseado em fatos isolados. Acontece um crime qualquer numa esquina de BH ou de qualquer outra cidade, e pronto, aquele fato ganha uma dimensão nacional, como se em todas as esquinas do Brasil acontecesse algo semelhante. Todos os dias eu saio de casa para trabalhar nas periferias de BH - antes era na periferia de Vespasiano. Sempre em áreas consideradas de risco, em comunidades pobres, e até hoje, com meus 52 anos, nunca me senti inseguro, nunca fui assaltado, nem ameaçado. Claro que várias pessoas já foram, a gente houve testemunhas as mais diferentes. Mas, é preciso contextualizar isto, para não criar um clima que não existe realmente.
A mídia dá um foco muito grande no que é negativo apenas. Não mostra os muitos trabalhos positivos, as muitas ações solidárias que acontecem nas cidades, nos bairros, por conta dos próprios moradores, independentemente de governos. Como temos uma mídia golpista, ligada aos tucanos, cujo objetivo é mostrar que o Brasil está afundando, para depois justificar as medidas "impopulares" que eles apoiam, o foco todo fica mirado nas coisas negativas. Tanta coisa boa no Brasil: nas ruas, nas praças, nas casas; os encontros das pessoas, as comidas típicas, os pontos turísticos ao alcance de todos, enfim, um universo de coisas boas que não são mostradas.
Temos coisas negativas na nossa vida e no dia a dia? Claro que temos. Querem alguns exemplos: o salário dos educadores de Minas, por exemplo, é algo negativo, que os governos tucanos legaram para o povo de Minas, que é a grande vítima das políticas de destruição das carreiras dos educadores. Outro exemplo: a péssima distribuição de renda no Brasil, um legado do capitalismo somado às políticas públicas - de todos os governos, sem exceção - voltadas para beneficiar os de cima. Querem os dados? As 15 famílias mais ricas do Brasil, segundo a revista Forbes, com a família de Roberto Marinho à frente, têm o patrimônio de R$ 270 bilhões de reais, que equivale a 5% do PIB brasileiro. Esta gigante renda de poucas famílias é igual a 10 vezes a renda acumulada das 14 milhões de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família do Governo Federal. Vamos repetir: 15 famílias mais ricas do Brasil têm renda igual a 10 vezes a soma acumulada da renda de 14 milhões de famílias de baixa renda.
Traduzindo mais no detalhe: a renda destes 15 bilionários - a família Marinho, da Globo, encabeçando a lista, e claramente a favor dos tucanos - é exatamente o equivalente a 37 milhões de salários mínimos. Daria para pagar um salário mínimo por mês durante todo o ano para cerca de 3 milhões de famílias. É este o quadro de total injunstiça e má distribuição de renda do Brasil, que não é culpa apenas do Governo Dilma, senhores da mídia tucana. Vocês, da mídia, talvez sejam os principais culpados por isto, pois torcem todos os dias para que se privatize tudo, em benefício deste mesmo grupo reduzido de pessoas ricas.
Se dependesse das "medidas impopulares" que a mídia tucana defende, junto com seu candidato - maior desemprego, juros mais alto, privatização de tudo, sobretudo da Petrobras, a qual atacam 24 horas por dia, etc - se dependesse dessas medidas, o Brasil já teria oficializado a condição de neocolônia dos EUA. Aliás, na era FHC foi assim. O Brasil quebrou três vezes, pelo menos, e vivia de pires nas mãos atrás do FMI pedindo dinheiro emprestado para financiar a burguesia nacional e estrangeira.
Os mais jovens talvez não se lembrem da era FHC. Foi um período em que até greve era perigoso de se fazer, tal o desemprego existente. Aumento real de salário, acima da inflação? Nem pensar! Nos últimos 40 anos, pelo menos que eu me lembre, isto só aconteceu durante os 11 anos dos governos Lula e Dilma, que, contrariando a receita de gestão econômica indicada pela mídia tucana, investiu na geração de emprego, na política de valorização do salário mínimo e isto acabou forçando reajustes salariais com aumentos reais para todas as categorias.
Mas, disto a mídia tucana não fala. O que ela não cansa de falar é dos "mensaleiros do PT", os únicos da história republicana brasileira que foram presos, mesmo sem prova alguma - caso de José Dirceu. E os mensaleiros tucanos, cujo esquema de caixa dois é muito anterior ao do PT e continuam impunes até hoje? E os muitos escândalos envolvendo os tucanos, desde a compra de votos para a reeleição de FHC, passando pelo Trensalão em SP e tantos outros envolvendo os demos e tucanos e troianos de todas as cores ideológicas? Nada disso interessa para a mídia tucana.
O Brasil deve ser a única democracia que sobrevive com uma ditadura midiática de um partido único, de uma voz única. Leiam todos os jornais, escutem todos os noticiários de TVs e rádios e vocês verão que não há diferenças substanciais. É o pensamento único, fruto do monopólio da mídia sob controle de meia dúzia de famílias - a dos Marinho à frente, por que será, heim? Todos eles atacam o governo Dilma 24 horas. Conseguiram colocar o Brasil do futebol contra a Copa do Mundo realizada aqui, no país. Conseguem detonar as coisas boas para o povo pobre, como por exemplo o Programa Mais Médicos, que leva médicos cubanos para a periferia das grandes cidades e do Interior do Brasil, locais onde a maioria dos médicos brasileiros se recusa a atender. A mídia fica atrás das coisas negativas, de algum médico dissidente, de algum paciente que tenha sido mal atendido, para generalizar, como se aquela fosse a situação dos 14 mil médicos do programa.
Para combater esta tragédia nacional que é o monopólio da mídia, penso que teremos todos que lutar pela democratização dos meios de comunicação. Uma luta difícil já que os barões da mídia pressionam e chantageiam deputados, ministros do STF, governadores e até presidentes da república. Não vou negar: nem Lula, nem Dilma tiveram coragem de enfrentar esta mídia. Isto era coisa para gente de muita coragem, como o ex-líder Leonel Brizola, um dos poucos que encararam a toda poderosa Rede Globo, que por isso teve sua carreira política prejudicada.
Mas, penso que o governo federal da Dilma, sob a pressão dos de baixo, pode pelo menos aprovar um decreto, uma resolução, ou uma medida provisória voltada para a valorização da imprensa alternativa. Em nome da pluralidade, em nome da diversidade cultural - atacada pelo monopólio da mídia -, em nome, enfim, do apoio ao pequeno ou médio produtor de comunicação. Bastaria dar o exemplo de cima, estabelecendo que pelo menos 60% das verbas publicitárias estatais e do governo federal seriam direcionadas de forma republicana para este fim. Isto daria para criar um milhão ou mais de novos meios de comunicação (criar ou apoiar os existentes): as rádios comunitárias, os blogs, os jornais de bairro e do Interior. Seria uma verdadeira revolução nas comunicações e ninguém poderia acusar o governo de estar censurando a imprensa. Hoje, no Brasil, quem faz censura é a mídia tucana - Globo, Itatiaia, Folha de São Paulo, revista Veja, Band, Estado de Minas, etc. É esta mídia que atenta contra a democracia brasileira, contra a pluralidade de ideias, contra a diversidade cultural tão rica existente no Brasil.
Para esta mídia, é preciso que o Brasil afunde para se justificar as medidas "impopulares" defendidas pelo tucanato. Simples assim.
Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!
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Sugestões de consulta na Internet:
- Blog Viomundo
- Jornal GGN
- Diário do Centro do Mundo
- Blog Escrevinhador
- Blog do Miro
- Blog do Mello
- Revista Forum
- Blog O Cafezinho
- Blog Cloaca News
- Blog Conversa Afiada
- Blog Tijolaço
- Blog Socialista Morena
- Blog Maria Fro
- Blog da Cidadania
- Carta Capital
- Telesur ao vivo
- TV NBR (do governo Federal)
- Portal EBC